Aldeia Lusitana: Mesquita por cordas

15-10-2009
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O PCP veio demonstrar o quão bela pode ser a política em Portugal, ao expulsar do partido uma sua militante que, em simultâneo, fazia parte da sua bancada parlamentar.Tivemos ontem a oportunidade de escutar a entrevista concedida por Luísa Mesquita ao Canal 2 da RTP e ficámos a saber que a mesma foi dispensada sem que lhe tivesse sido dada qualquer justificação para tal.Em entrevista concedida igualmente à RTP, Jerónimo de Sousa veio mostrar, indignado, um documento assinado pela militante e deputada no qual se refere, a dado trecho, que a mesma abandonará o exercício das funções no hemiciclo assim que o partido o determine, documento esse que, teve ainda a oportunidade de esclarecer, todos os membros do partido assinam quando são eleitos para o Parlamento.Sem entrar na questiúncula respeitante ao valor do documento, que ontem se debateu, deparamos com uma prática que torna, ao que parece, aquela força partidária num caso exclusivo no panorama político nacional, já que é a única que faz tais exigências.O que, aliado a outras fugas de informação provenientes de outros camaradas, ou ex-camaradas, veio revelar que o partido tem uma máquina interna muito bem estruturada e controladora.No entanto, segundo me lembro (e, confesso, não sei se estarei errado, tantos os exemplos pertubadores a que tenho assistido nos últimos tempos), a génese da democracia radica no povo.É através do sufrágio, universal e directo (vulgo eleições), que os cidadãos de um país democrático procedem à eleição dos seus representantes para, a nível político, assumirem a defesa dos seus interesses, em sua representação (por isso se falam em mandatos), de acordo com as ideologias professadas pelos partidos políticos.Ser o próprio partido a determinar quando é que um dos seus deixa de ser membro validamente eleito, substituindo-o por outro, coloca-nos a eterna questão de saber os motivos para tal actuação e leva-nos até outra questão mais profunda que é o da legitimidade para o fazer, tanto mais que as justificações não esclarecem, penso eu, nem o seu universo de simpatizantes/votantes nem os cidadãos em geral.Mais uma vez fica demonstrado que a política em Portugal continua a ser feita por uns quantos e ao sabor de interesses cada vez mais desconhecidos.Fazendo uma analogia com o futebol, é evidente que, no campo partidário do comunismo, quem não respeita as regras do jogo, fazendo falta grave, no entender da equipa de juízes, em vez de levar com o cartão vermelho... fica sem ele.Ou, trazendo à colação a religião, é caso para se dizer que, no hemiciclo, lugar para esta Mesquita não Alá!Hic Hic Hurra


O PCP veio demonstrar o quão bela pode ser a política em Portugal, ao expulsar do partido uma sua militante que, em simultâneo, fazia parte da sua bancada parlamentar.Tivemos ontem a oportunidade de escutar a entrevista concedida por Luísa Mesquita ao Canal 2 da RTP e ficámos a saber que a mesma foi dispensada sem que lhe tivesse sido dada qualquer justificação para tal.Em entrevista concedida igualmente à RTP, Jerónimo de Sousa veio mostrar, indignado, um documento assinado pela militante e deputada no qual se refere, a dado trecho, que a mesma abandonará o exercício das funções no hemiciclo assim que o partido o determine, documento esse que, teve ainda a oportunidade de esclarecer, todos os membros do partido assinam quando são eleitos para o Parlamento.Sem entrar na questiúncula respeitante ao valor do documento, que ontem se debateu, deparamos com uma prática que torna, ao que parece, aquela força partidária num caso exclusivo no panorama político nacional, já que é a única que faz tais exigências.O que, aliado a outras fugas de informação provenientes de outros camaradas, ou ex-camaradas, veio revelar que o partido tem uma máquina interna muito bem estruturada e controladora.No entanto, segundo me lembro (e, confesso, não sei se estarei errado, tantos os exemplos pertubadores a que tenho assistido nos últimos tempos), a génese da democracia radica no povo.É através do sufrágio, universal e directo (vulgo eleições), que os cidadãos de um país democrático procedem à eleição dos seus representantes para, a nível político, assumirem a defesa dos seus interesses, em sua representação (por isso se falam em mandatos), de acordo com as ideologias professadas pelos partidos políticos.Ser o próprio partido a determinar quando é que um dos seus deixa de ser membro validamente eleito, substituindo-o por outro, coloca-nos a eterna questão de saber os motivos para tal actuação e leva-nos até outra questão mais profunda que é o da legitimidade para o fazer, tanto mais que as justificações não esclarecem, penso eu, nem o seu universo de simpatizantes/votantes nem os cidadãos em geral.Mais uma vez fica demonstrado que a política em Portugal continua a ser feita por uns quantos e ao sabor de interesses cada vez mais desconhecidos.Fazendo uma analogia com o futebol, é evidente que, no campo partidário do comunismo, quem não respeita as regras do jogo, fazendo falta grave, no entender da equipa de juízes, em vez de levar com o cartão vermelho... fica sem ele.Ou, trazendo à colação a religião, é caso para se dizer que, no hemiciclo, lugar para esta Mesquita não Alá!Hic Hic Hurra

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