Santana Nunca! Por Portugal!: PCP II

16-10-2009
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Por estranho que pareça, o Bloco de Esquerda, que se define pelas suas propostas fracturantes e pela sua posição anti-sistémica, teve o sentido de responsabilidade de fazer algo que nem o PP fez, em 2002, em relação ao PSD: assumir que viabilizará um governo e um orçamento do Partido Socialista. Enquanto isso, o Partido Comunista continua a impor condições e a dar provas de que não vai conseguir digerir uma potencial vitória socialista. O PCP insiste em atacar tanto o PS como a direita, mostrando uma atitude arrogante de quem, ao fim de trinta anos, ainda não compreendeu porque é que o PS tem uma dimensão eleitoral, em média, cerca de sete vezes superior à sua. A 25 de Abril de 2005, farão trinta anos as primeiras eleições do pós-25 de Abril. Desde aí, raramente o PCP cresceu eleitoralmente. Olhando numa perspectiva de longo prazo, um partido que chegou a contar com mais de um milhão de eleitores, em 1983, nem chegou aos 400.000, em 2002. Quando se aguardava uma resposta a esta "sangria eleitoral", elegeu, há cerca de um mês, um secretário-geral próximo da chamada “ala dura” do partido, ao mesmo tempo que ataca o PS e o BE, num discurso que mostra mais de ressabiamento do que reflecte uma maturação acerca do que é melhor para a esquerda e para Portugal.

Por estranho que pareça, o Bloco de Esquerda, que se define pelas suas propostas fracturantes e pela sua posição anti-sistémica, teve o sentido de responsabilidade de fazer algo que nem o PP fez, em 2002, em relação ao PSD: assumir que viabilizará um governo e um orçamento do Partido Socialista. Enquanto isso, o Partido Comunista continua a impor condições e a dar provas de que não vai conseguir digerir uma potencial vitória socialista. O PCP insiste em atacar tanto o PS como a direita, mostrando uma atitude arrogante de quem, ao fim de trinta anos, ainda não compreendeu porque é que o PS tem uma dimensão eleitoral, em média, cerca de sete vezes superior à sua. A 25 de Abril de 2005, farão trinta anos as primeiras eleições do pós-25 de Abril. Desde aí, raramente o PCP cresceu eleitoralmente. Olhando numa perspectiva de longo prazo, um partido que chegou a contar com mais de um milhão de eleitores, em 1983, nem chegou aos 400.000, em 2002. Quando se aguardava uma resposta a esta "sangria eleitoral", elegeu, há cerca de um mês, um secretário-geral próximo da chamada “ala dura” do partido, ao mesmo tempo que ataca o PS e o BE, num discurso que mostra mais de ressabiamento do que reflecte uma maturação acerca do que é melhor para a esquerda e para Portugal.

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