repensando: desafio "12 palavras"

20-05-2011
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continuação do Página trinta e oito AQUIE agora o desafio que me fez o lfm
Ele pede que lhe diga das palavras. Das que gosto. Que o faça com número tal qual o dos Apóstolos: doze palavras seleccionadas!
E eu cogito: se as palavras todas me são gostosas, como dizer-lhe eu apenas doze?! Como pará-las se elas saltam, se entrelaçam, revoam?! Se elas se me embaraçam pela pele, a boca, as pernas, todo o meu eu gostoso delas todas?! Se elas me levam voando…
Não me peçam tal coisa!
Não posso escolher, assim de modo brusco, doze de entre tantas e tão por mim amadas!
Combino então com as palavras. Coloco-lhes o meu problema. Proponho:
que façam comigo um pequeno jogo. Que de um repente se soltem, num à toa: uma palavra e mais outra e outra até que sejam quase treze. Precisamente doze.
Com essas eu farei com muito gosto o que ele me pede.
Ficaram as palavras bem contentes. Partiram de aqui rindo, mas avisaram: agora somos nós quem faz o post!
E deixaram-me no processador de texto, o que aqui mostro.
(Os sublinhados são delas bem como a lista dos que a seguir farão, caso desejem, um outro jogo.)
Margarida resumida a um local do corpo, abre as pernas a mais umas moedas, uns trocados.
Um desaforo. Nem já uma nota, nem rentabilidade: uma vulva triste a um qualquer energúmeno por míseros trocados.
Filha de deus, andou nas mãos do padre que veio do continente abençoar a guerra em terras de Angola. Foi no que deu: puta de estrada.
Coitada da Margarida! Coitada!
Isso que diria minha mãe se fosse viva e a soubesse!
Que minha mãe se morreu cedo: nem conheceu democracia, nem soube de Abril nem nunca teve outro sentir a palavra madrugada que não fosse o de esperar marido "até tão tarde": até que a baía, espraiada a seus pés, ficasse num vermelho de começar o dia e Margarida se dormisse enrolada no pano entre as suas mamas lambusadas. E ela esperando num meio triste, meio marafada.

N.
2+2=1
bettips
Gi
Legível
manuelinho
mateso
mena
romasi
teresa c.
v.caladodestaque em blorganaizer


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Ele pede que lhe diga das palavras. Das que gosto. Que o faça com número tal qual o dos Apóstolos: doze palavras seleccionadas!
E eu cogito: se as palavras todas me são gostosas, como dizer-lhe eu apenas doze?! Como pará-las se elas saltam, se entrelaçam, revoam?! Se elas se me embaraçam pela pele, a boca, as pernas, todo o meu eu gostoso delas todas?! Se elas me levam voando…
Não me peçam tal coisa!
Não posso escolher, assim de modo brusco, doze de entre tantas e tão por mim amadas!
Combino então com as palavras. Coloco-lhes o meu problema. Proponho:
que façam comigo um pequeno jogo. Que de um repente se soltem, num à toa: uma palavra e mais outra e outra até que sejam quase treze. Precisamente doze.
Com essas eu farei com muito gosto o que ele me pede.
Ficaram as palavras bem contentes. Partiram de aqui rindo, mas avisaram: agora somos nós quem faz o post!
E deixaram-me no processador de texto, o que aqui mostro.
(Os sublinhados são delas bem como a lista dos que a seguir farão, caso desejem, um outro jogo.)
Margarida resumida a um local do corpo, abre as pernas a mais umas moedas, uns trocados.
Um desaforo. Nem já uma nota, nem rentabilidade: uma vulva triste a um qualquer energúmeno por míseros trocados.
Filha de deus, andou nas mãos do padre que veio do continente abençoar a guerra em terras de Angola. Foi no que deu: puta de estrada.
Coitada da Margarida! Coitada!
Isso que diria minha mãe se fosse viva e a soubesse!
Que minha mãe se morreu cedo: nem conheceu democracia, nem soube de Abril nem nunca teve outro sentir a palavra madrugada que não fosse o de esperar marido "até tão tarde": até que a baía, espraiada a seus pés, ficasse num vermelho de começar o dia e Margarida se dormisse enrolada no pano entre as suas mamas lambusadas. E ela esperando num meio triste, meio marafada.

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