PS suspeita de que NEI foi criado para competir com BIC

19-07-2012
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Após a audição do NEI, a deputada Ana Catarina Mendes concluiu que grupo só foi criado para competir com o BIC.

As respostas de Jaime Pereira dos Santos, coordenador do NEI, na audição de hoje na comissão de inquérito ao BPN, levaram a deputada socialista Ana Catarina Mendes a concluir que o grupo só foi criado para competir com o BIC.

"Se não esclarecer as perguntas que lhe foram feitas, a minha conclusão, face à impossibilidade de se perceber quem é o NEI [Núcleo Estratégico de Investidores] e as contradições sobre as propostas feitas, levam-me a dizer que a suspeita que eu tenho é de que o NEI foi criado para que houvesse um concorrente directo com o BIC nas negociações com o Estado", afirmou a deputada do PS.

"Esta é a minha suspeita e responsabiliza-me apenas a mim. O que aqui aparece são peças muito soltas, de quem não ia ao concurso de privatização com a intenção de comprar o BPN", reforçou Ana Catarina Mendes. O deputado do PSD, Afonso Oliveira, considerou que esta conclusão "é uma teoria da conspiração terrível", realçando que "a suspeição da deputada do PS é muito grave".

Afonso Oliveira fez questão de sublinhar que, de acordo com as informações que a comissão dispõe, "não houve nenhuma proposta formal do NEI para comprar o BPN por 100 milhões de euros". Afirmando que nunca percebeu a estratégia que o NEI tinha para o BPN, o deputado social-democrata salientou, acerca das afirmações de Pereira dos Santos sobre uma proposta verbal de 100 milhões de euros a pronto pagamento para a compra do BPN que disse ter sido feita por Vítor Pinto da Costa, outro elemento do NEI, que "isto não é um negócio feito na mesa do café".

Segundo Afonso Oliveira, a proposta feita pelo NEI, que consta nos documentos a que a comissão de inquérito teve acesso, é distinta e é a única formalizada. Questionado pelo deputado do PCP, Honório Novo, sobre se conhecia o presidente do Banco BIC Angola, Fernando Teles, Pereira dos Santos disse que não.

"Eu não conheço o Dr. Fernando Teles. Nunca fomos apresentados", afirmou o porta-voz do NEI, depois de já ter afirmado que o grupo só se formou com o propósito de concorrer ao concurso de privatização do BPN.

Sobre o seu envolvimento no NEI, Pereira dos Santos disse que já tinha feito alguns trabalhos para Vítor Pinto da Costa e que foi convidado para liderar o grupo de investidores por José Manuel Marques Fernandes, empresário que conhecia o presidente do BIC Angola. "José Manuel Marques Fernandes foi colega de Fernando Teles (Banco BIC). Pedi uma vez para que ele ligasse à minha frente para o Dr. Fernando Teles, e ele tentou ligar várias vezes. Mas ele nunca atendeu. Só se o José Manuel estivesse a ligar para outro número, mas não acredito que ele me fizesse isso", disse Pereira dos Santos.

Já João Almeida, deputado do CDS-PP, apontou para várias incongruências nas informações prestadas pelo representante do NEI na comissão parlamentar. "Os senhores ofereciam determinadas condições para comprar uma coisa que não estava à venda. Mas tinham toda a informação para saber qual era o perímetro", afirmou, em referência a entidades como o BPN Brasil, que não constavam do 'dossier' relativo à privatização, mas que foram referidas por Pereira dos Santos para justificar o interesse do NEI no BPN.

Após a audição do NEI, a deputada Ana Catarina Mendes concluiu que grupo só foi criado para competir com o BIC.

As respostas de Jaime Pereira dos Santos, coordenador do NEI, na audição de hoje na comissão de inquérito ao BPN, levaram a deputada socialista Ana Catarina Mendes a concluir que o grupo só foi criado para competir com o BIC.

"Se não esclarecer as perguntas que lhe foram feitas, a minha conclusão, face à impossibilidade de se perceber quem é o NEI [Núcleo Estratégico de Investidores] e as contradições sobre as propostas feitas, levam-me a dizer que a suspeita que eu tenho é de que o NEI foi criado para que houvesse um concorrente directo com o BIC nas negociações com o Estado", afirmou a deputada do PS.

"Esta é a minha suspeita e responsabiliza-me apenas a mim. O que aqui aparece são peças muito soltas, de quem não ia ao concurso de privatização com a intenção de comprar o BPN", reforçou Ana Catarina Mendes. O deputado do PSD, Afonso Oliveira, considerou que esta conclusão "é uma teoria da conspiração terrível", realçando que "a suspeição da deputada do PS é muito grave".

Afonso Oliveira fez questão de sublinhar que, de acordo com as informações que a comissão dispõe, "não houve nenhuma proposta formal do NEI para comprar o BPN por 100 milhões de euros". Afirmando que nunca percebeu a estratégia que o NEI tinha para o BPN, o deputado social-democrata salientou, acerca das afirmações de Pereira dos Santos sobre uma proposta verbal de 100 milhões de euros a pronto pagamento para a compra do BPN que disse ter sido feita por Vítor Pinto da Costa, outro elemento do NEI, que "isto não é um negócio feito na mesa do café".

Segundo Afonso Oliveira, a proposta feita pelo NEI, que consta nos documentos a que a comissão de inquérito teve acesso, é distinta e é a única formalizada. Questionado pelo deputado do PCP, Honório Novo, sobre se conhecia o presidente do Banco BIC Angola, Fernando Teles, Pereira dos Santos disse que não.

"Eu não conheço o Dr. Fernando Teles. Nunca fomos apresentados", afirmou o porta-voz do NEI, depois de já ter afirmado que o grupo só se formou com o propósito de concorrer ao concurso de privatização do BPN.

Sobre o seu envolvimento no NEI, Pereira dos Santos disse que já tinha feito alguns trabalhos para Vítor Pinto da Costa e que foi convidado para liderar o grupo de investidores por José Manuel Marques Fernandes, empresário que conhecia o presidente do BIC Angola. "José Manuel Marques Fernandes foi colega de Fernando Teles (Banco BIC). Pedi uma vez para que ele ligasse à minha frente para o Dr. Fernando Teles, e ele tentou ligar várias vezes. Mas ele nunca atendeu. Só se o José Manuel estivesse a ligar para outro número, mas não acredito que ele me fizesse isso", disse Pereira dos Santos.

Já João Almeida, deputado do CDS-PP, apontou para várias incongruências nas informações prestadas pelo representante do NEI na comissão parlamentar. "Os senhores ofereciam determinadas condições para comprar uma coisa que não estava à venda. Mas tinham toda a informação para saber qual era o perímetro", afirmou, em referência a entidades como o BPN Brasil, que não constavam do 'dossier' relativo à privatização, mas que foram referidas por Pereira dos Santos para justificar o interesse do NEI no BPN.

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