TGV: BE acusa Governo de escolher submarinos em vez de investir na economia

17-09-2010
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Também o PCP exortou hoje o Governo a avançar com a construção da linha do TGV entre Lisboa e Poceirão, considerando que seria “ridículo que Portugal tivesse uma linha de alta velocidade a acabar” naquela localidade.

Heitor de Sousa, deputado do Bloco de Esquerda, falava aos jornalistas na Assembleia da República, depois de o Governo ter formalizado a decisão de anular o concurso público internacional relativo à construção da linha do Transporte de Grande Velocidade (TGV) no troço Lisboa-Poceirão.

A decisão do Governo, que consta de um despacho hoje publicado em Diário da República, é justificada com a “significativa e progressiva degradação da conjuntura económica e financeira” de Portugal, situação decorrente da “grave e conhecida crise financeira mundial”.

Na perspectiva de Heitor de Sousa, a publicação deste despacho “não surpreende o Bloco de Esquerda, porque confirma uma decisão que já tinha sido anunciada há quatro meses na Comissão Parlamentar de Obras Públicas”. “Estamos também perante a confirmação de que o Governo, relativamente ao investimento público e à dinamização da economia, prefere escolher o despesismo e o investimento inútil - como é o caso dos submarinos, que custarão 1100 milhões de euros – do que o investimento na economia e no emprego”, acusou Heitor de Sousa.

Segundo Heitor de Sousa, em matéria de opções na área das obras públicas, “o Bloco de Esquerda defende uma opção diferente”. “Este Governo não colocou em causa o programa de aquisição de submarinos, mas pôs em causa outros projectos que seriam úteis e dinamizadores do emprego e da actividade económica. O Governo fez uma escolha e nós não estamos de acordo com ela”, frisou o cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo de Leiria.

"Ridículo"

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado comunista Bruno Dias considerou que a ligação Lisboa-Poceirão da linha transporte de grande velocidade (TGV) é “um projecto indispensável”, afirmando ainda que seria “gravíssimo para o desenvolvimento integrado da região e do país que não houvesse a construção da travessia do Tejo Barreiro-Lisboa”.

“É imprescindível que esta obra avance sem mais perdas de tempo. É fundamental que o governo clarifique, nesta altura é muito importante que não haja margem para dúvidas sobre o que quer o Governo fazer”, disse Bruno Dias, sublinhando que, antes do verão, o Governo afirmou, na Assembleia da República, “que esta é uma obra para avançar”. Para o PCP, “é preciso encarar este processo com objectividade e com firmeza, na exigência de que o investimento público se faça, pelo desenvolvimento do país”.

Sobre a oportunidade desta obra na actual conjuntura de crise e da subida dos juros da dívida, Bruno Dias considerou que “tudo depende da estruturação do modelo de financiamento”. “O modelo em parceria público-privada nunca foi bom para o interesse público”, sustentou, defendendo que o modelo de financiamento neste projecto ”salvaguarde o carácter público da gestão, da exploração e da construção, porque depois a própria receita compensará o investimento público”.

“Não pode é servir para compensar lucros privados e interesses de grupos económicos”, referiu. Para o PCP, “a conjuntura internacional é para ter em conta, mas, mais do que isso, o interesse nacional nunca deve ser perdido de vista”.

Notícia actualizada às 13h28

Também o PCP exortou hoje o Governo a avançar com a construção da linha do TGV entre Lisboa e Poceirão, considerando que seria “ridículo que Portugal tivesse uma linha de alta velocidade a acabar” naquela localidade.

Heitor de Sousa, deputado do Bloco de Esquerda, falava aos jornalistas na Assembleia da República, depois de o Governo ter formalizado a decisão de anular o concurso público internacional relativo à construção da linha do Transporte de Grande Velocidade (TGV) no troço Lisboa-Poceirão.

A decisão do Governo, que consta de um despacho hoje publicado em Diário da República, é justificada com a “significativa e progressiva degradação da conjuntura económica e financeira” de Portugal, situação decorrente da “grave e conhecida crise financeira mundial”.

Na perspectiva de Heitor de Sousa, a publicação deste despacho “não surpreende o Bloco de Esquerda, porque confirma uma decisão que já tinha sido anunciada há quatro meses na Comissão Parlamentar de Obras Públicas”. “Estamos também perante a confirmação de que o Governo, relativamente ao investimento público e à dinamização da economia, prefere escolher o despesismo e o investimento inútil - como é o caso dos submarinos, que custarão 1100 milhões de euros – do que o investimento na economia e no emprego”, acusou Heitor de Sousa.

Segundo Heitor de Sousa, em matéria de opções na área das obras públicas, “o Bloco de Esquerda defende uma opção diferente”. “Este Governo não colocou em causa o programa de aquisição de submarinos, mas pôs em causa outros projectos que seriam úteis e dinamizadores do emprego e da actividade económica. O Governo fez uma escolha e nós não estamos de acordo com ela”, frisou o cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo de Leiria.

"Ridículo"

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado comunista Bruno Dias considerou que a ligação Lisboa-Poceirão da linha transporte de grande velocidade (TGV) é “um projecto indispensável”, afirmando ainda que seria “gravíssimo para o desenvolvimento integrado da região e do país que não houvesse a construção da travessia do Tejo Barreiro-Lisboa”.

“É imprescindível que esta obra avance sem mais perdas de tempo. É fundamental que o governo clarifique, nesta altura é muito importante que não haja margem para dúvidas sobre o que quer o Governo fazer”, disse Bruno Dias, sublinhando que, antes do verão, o Governo afirmou, na Assembleia da República, “que esta é uma obra para avançar”. Para o PCP, “é preciso encarar este processo com objectividade e com firmeza, na exigência de que o investimento público se faça, pelo desenvolvimento do país”.

Sobre a oportunidade desta obra na actual conjuntura de crise e da subida dos juros da dívida, Bruno Dias considerou que “tudo depende da estruturação do modelo de financiamento”. “O modelo em parceria público-privada nunca foi bom para o interesse público”, sustentou, defendendo que o modelo de financiamento neste projecto ”salvaguarde o carácter público da gestão, da exploração e da construção, porque depois a própria receita compensará o investimento público”.

“Não pode é servir para compensar lucros privados e interesses de grupos económicos”, referiu. Para o PCP, “a conjuntura internacional é para ter em conta, mas, mais do que isso, o interesse nacional nunca deve ser perdido de vista”.

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