Sócrates nega venda de armas à Líbia

19-03-2011
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José Sócrates falava durante o período de discussão com o PCP, no debate quinzenal no Parlamento, em resposta a declarações do líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que acusara o Governo de ter vendido armas à Líbia, citando um artigo do jornal “Guardian”.

Sobre “as relações entre Portugal e a Líbia no domínio militar”, o primeiro-ministro garantiu que as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) têm “contrato para a manutenção de dois aviões C-130 de transporte da Força Aérea líbia”, um negócio “que as OGMA ganharam legitimamente”, mas que, acrescentou, “está suspenso desde que foram decretadas as sanções internacionais”.

“É isto que o Bloco de Esquerda chama vender armas aos líbios”, afirmou, ironizando: “Se calhar, algum dos membros do Governo andou a passear-se pela Líbia a fazer contratos ilegais e fugindo ao direito internacional. E, da venda de armas, partimos já para o branqueamento de capitais. Aí está a linha política, em todo o seu esplendor, do Bloco de Esquerda”.

José Sócrates acrescentou que “o desejo de Portugal é defender o cessar-fogo e que haja um diálogo político”, afirmando que a resolução do Conselho de Segurança da ONU que autoriza o recurso à força – adoptada esta quinta-feira - “honra todos os países que se opõem à matança de civis, que lutam pelo diálogo e pelas soluções pacíficas para os conflitos internos”.

“Face ao que está a acontecer na Líbia e à matança de civis, o dever da comunidade internacional é não descartar nenhum instrumento para defender as pessoas, e não refugiarmo-nos na velha canção que embala muita gente de que é melhor não utilizar nada. Só a retórica não chega.

O primeiro-ministro atacou ainda o Bloco de Esquerda lembrando que um dos deputados bloquistas no Parlamento Europeu, Rui Tavares, “fez o que devia fazer” ao votar favoravelmente uma resolução que abre caminho à intervenção na Líbia, estipulando que “a União Europeia e os seus Estados-membros devem honrar o seu dever de protecção, de modo a salvar a população da Líbia de ataques armados”.

A posição de Rui Tavares não mereceu comentários de Francisco Louçã, que pediu para ser distribuída uma cópia da notícia do jornal “Guardian”, que coloca Portugal como o sétimo país na lista de negócios de armamento com a Líbia, com um volume de 21,4 milhões de euros.

Já após o debate, o Governo distribuiu os jornalistas um quadro com as exportações portuguesas para a Líbia, entre 2007 e 2010, que figura “zero” na rubrica “armas e munições, suas partes e acessórios”.

José Sócrates falava durante o período de discussão com o PCP, no debate quinzenal no Parlamento, em resposta a declarações do líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que acusara o Governo de ter vendido armas à Líbia, citando um artigo do jornal “Guardian”.

Sobre “as relações entre Portugal e a Líbia no domínio militar”, o primeiro-ministro garantiu que as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) têm “contrato para a manutenção de dois aviões C-130 de transporte da Força Aérea líbia”, um negócio “que as OGMA ganharam legitimamente”, mas que, acrescentou, “está suspenso desde que foram decretadas as sanções internacionais”.

“É isto que o Bloco de Esquerda chama vender armas aos líbios”, afirmou, ironizando: “Se calhar, algum dos membros do Governo andou a passear-se pela Líbia a fazer contratos ilegais e fugindo ao direito internacional. E, da venda de armas, partimos já para o branqueamento de capitais. Aí está a linha política, em todo o seu esplendor, do Bloco de Esquerda”.

José Sócrates acrescentou que “o desejo de Portugal é defender o cessar-fogo e que haja um diálogo político”, afirmando que a resolução do Conselho de Segurança da ONU que autoriza o recurso à força – adoptada esta quinta-feira - “honra todos os países que se opõem à matança de civis, que lutam pelo diálogo e pelas soluções pacíficas para os conflitos internos”.

“Face ao que está a acontecer na Líbia e à matança de civis, o dever da comunidade internacional é não descartar nenhum instrumento para defender as pessoas, e não refugiarmo-nos na velha canção que embala muita gente de que é melhor não utilizar nada. Só a retórica não chega.

O primeiro-ministro atacou ainda o Bloco de Esquerda lembrando que um dos deputados bloquistas no Parlamento Europeu, Rui Tavares, “fez o que devia fazer” ao votar favoravelmente uma resolução que abre caminho à intervenção na Líbia, estipulando que “a União Europeia e os seus Estados-membros devem honrar o seu dever de protecção, de modo a salvar a população da Líbia de ataques armados”.

A posição de Rui Tavares não mereceu comentários de Francisco Louçã, que pediu para ser distribuída uma cópia da notícia do jornal “Guardian”, que coloca Portugal como o sétimo país na lista de negócios de armamento com a Líbia, com um volume de 21,4 milhões de euros.

Já após o debate, o Governo distribuiu os jornalistas um quadro com as exportações portuguesas para a Líbia, entre 2007 e 2010, que figura “zero” na rubrica “armas e munições, suas partes e acessórios”.

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