Campanha de Manuel Alegre a Belém vai apostar numa segunda volta das eleições

31-08-2010
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Candidatura do socialista, apoiada pelo Bloco de Esquerda, acredita que os restantes candidatos da esquerda só prejudicam Cavaco Silva

Manuel Alegre quer dar continuidade ao espírito de independência que marcou a sua candidatura nas eleições presidenciais, em 2006, embora desta vez a tarefa seja bem mais difícil devido ao apoio do PS e do Bloco de Esquerda (BE). A tentativa de se demarcar dos dois partidos começou logo no início do ano, em Janeiro, quando Alegre, prevendo que a sua candidatura poderia ser sustentada por socialistas e bloquistas, afirmou não ser candidato "em nome de nenhum partido". Mais tarde, na apresentação dos seus mandatários e coordenadores distritais, verificou-se que muitos deles eram já repetentes. Entretanto os directores de campanha têm feito um esforço para integrar nas comissões locais da candidatura representantes do PS, do BE, da Refundação Comunista, do Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC) e independentes.

Jorge Costa, dirigente bloquista, afasta qualquer "disputa partidária" nesta candidatura, garantindo que existe "convergência nos princípios essenciais". "Não temos de nos entender sobre disputas partidárias", diz, sublinhando que o objectivo da candidatura é "assegurar uma segunda volta". Toda a campanha, aliás, será centrada nas diferenças entre Alegre e Cavaco: o trajecto político do candidato "da direita e da elite económica" em contraste com o "percurso" de Alegre. "O povo de esquerda poderá mobilizar-se em torno de Alegre e obrigar a uma segunda volta das eleições", afirma Costa, notando que PS e BE não estão muito preocupados com a multiplicação de candidaturas à esquerda - a distribuição de votos à esquerda poderá, acreditam, gorar a intenção de Cavaco de ser eleito à primeira volta. A "mobilização da esquerda" está já em marcha nesta pré-campanha. Ontem, Alegre esteve em Braga, reunido com autarcas e dirigentes socialistas, e esta noite fará o mesmo em Lisboa. A 11 de Setembro, reunir-se-á, também na capital, com os mandatários e coordenadores nacionais e distritais, prevendo-se uma intervenção pública no final do encontro.

Candidatura do socialista, apoiada pelo Bloco de Esquerda, acredita que os restantes candidatos da esquerda só prejudicam Cavaco Silva

Manuel Alegre quer dar continuidade ao espírito de independência que marcou a sua candidatura nas eleições presidenciais, em 2006, embora desta vez a tarefa seja bem mais difícil devido ao apoio do PS e do Bloco de Esquerda (BE). A tentativa de se demarcar dos dois partidos começou logo no início do ano, em Janeiro, quando Alegre, prevendo que a sua candidatura poderia ser sustentada por socialistas e bloquistas, afirmou não ser candidato "em nome de nenhum partido". Mais tarde, na apresentação dos seus mandatários e coordenadores distritais, verificou-se que muitos deles eram já repetentes. Entretanto os directores de campanha têm feito um esforço para integrar nas comissões locais da candidatura representantes do PS, do BE, da Refundação Comunista, do Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC) e independentes.

Jorge Costa, dirigente bloquista, afasta qualquer "disputa partidária" nesta candidatura, garantindo que existe "convergência nos princípios essenciais". "Não temos de nos entender sobre disputas partidárias", diz, sublinhando que o objectivo da candidatura é "assegurar uma segunda volta". Toda a campanha, aliás, será centrada nas diferenças entre Alegre e Cavaco: o trajecto político do candidato "da direita e da elite económica" em contraste com o "percurso" de Alegre. "O povo de esquerda poderá mobilizar-se em torno de Alegre e obrigar a uma segunda volta das eleições", afirma Costa, notando que PS e BE não estão muito preocupados com a multiplicação de candidaturas à esquerda - a distribuição de votos à esquerda poderá, acreditam, gorar a intenção de Cavaco de ser eleito à primeira volta. A "mobilização da esquerda" está já em marcha nesta pré-campanha. Ontem, Alegre esteve em Braga, reunido com autarcas e dirigentes socialistas, e esta noite fará o mesmo em Lisboa. A 11 de Setembro, reunir-se-á, também na capital, com os mandatários e coordenadores nacionais e distritais, prevendo-se uma intervenção pública no final do encontro.

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