Bloco de Esquerda fez Tridente "navegar" no Chiado

09-09-2010
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O ministro dos Assuntos Profundos acredita que este negócio pode levar Portugal ainda mais fundo Manuel de Almeida/Lusa

"Venham conhecer o submarino que o Governo acaba de comprar com os nossos impostos. Foi uma pechincha, só custou mil milhões de euros" anunciava um militante do Bloco de Esquerda para chamar a atenção dos que passeavam na baixa lisboeta.

Enquanto na margem sul, na base do Alfeite, o submarino Tridente era recebido numa cerimónia oficial que contou com a presença do ministro da Defesa e do chefe do Estado Maior da Armada, o líder parlamentar do Bloco, José Manuel Pureza, anunciava aos jornalistas, enquanto o submarino feito de espuma "navegava"ali perto, que "se alguma vez se justificasse", este negócio "não se justificaria neste momento da vida social e económica" de Portugal.

Pureza referiu ainda a polémica das compras dos submarinos à empresa alemã Ferrostaal, que envolveu o então ministro da Defesa Paulo Portas. Segundo este, "o dossiê das contrapartidas para a aquisição de equipamentos militares" é "um dos mais obscuros" de sempre.

"Portugal ao Fundo"

Esta ação do partido de Francisco Louçã intitulou-se "Portugal ao Fundo" e no site, o partido convidava todos a aderirem a este protesto: "Por não aceitar a aposta em material militar, apoio a guerras de interesses económicos que provocam catástrofes humanitárias a reboque da NATO, o Bloco sai à rua em protesto e convida todos e todas a juntarem-se à festa."

A travessia começou no Largo de São Domingos, no Rossio, e continuou a sua viagem até ao Chiado, atraindo vários turistas e curiosos que iam tirando fotos ao movimento. No fim da viagem do Tridente bloquista, o submarino foi inaugurado por aquele que foi identificado como o "ministro dos Assuntos Profundos".

As palavras do "ministro"

O "ministro" referiu, no seu discurso, o elevado preço dos dois submarinos e agradeceu "a todos os portugueses que, neste momento difícil de crise, contribuíram com os seus subsídios sociais", mostrando que a criação de emprego e o investimento na saúde e na educação não são prioridades no país e dirigiu uma palavra especial ao PSD e CDS, "que com grande sentido patriótico iniciaram e abençoaram este negócio".

"Com este investimento, portuguesas e portugueses, poderemos levar Portugal ainda mais fundo. Viva Portugal nas profundezas" concluiu o representante dos "Assuntos Profundos".

O ministro dos Assuntos Profundos acredita que este negócio pode levar Portugal ainda mais fundo Manuel de Almeida/Lusa

"Venham conhecer o submarino que o Governo acaba de comprar com os nossos impostos. Foi uma pechincha, só custou mil milhões de euros" anunciava um militante do Bloco de Esquerda para chamar a atenção dos que passeavam na baixa lisboeta.

Enquanto na margem sul, na base do Alfeite, o submarino Tridente era recebido numa cerimónia oficial que contou com a presença do ministro da Defesa e do chefe do Estado Maior da Armada, o líder parlamentar do Bloco, José Manuel Pureza, anunciava aos jornalistas, enquanto o submarino feito de espuma "navegava"ali perto, que "se alguma vez se justificasse", este negócio "não se justificaria neste momento da vida social e económica" de Portugal.

Pureza referiu ainda a polémica das compras dos submarinos à empresa alemã Ferrostaal, que envolveu o então ministro da Defesa Paulo Portas. Segundo este, "o dossiê das contrapartidas para a aquisição de equipamentos militares" é "um dos mais obscuros" de sempre.

"Portugal ao Fundo"

Esta ação do partido de Francisco Louçã intitulou-se "Portugal ao Fundo" e no site, o partido convidava todos a aderirem a este protesto: "Por não aceitar a aposta em material militar, apoio a guerras de interesses económicos que provocam catástrofes humanitárias a reboque da NATO, o Bloco sai à rua em protesto e convida todos e todas a juntarem-se à festa."

A travessia começou no Largo de São Domingos, no Rossio, e continuou a sua viagem até ao Chiado, atraindo vários turistas e curiosos que iam tirando fotos ao movimento. No fim da viagem do Tridente bloquista, o submarino foi inaugurado por aquele que foi identificado como o "ministro dos Assuntos Profundos".

As palavras do "ministro"

O "ministro" referiu, no seu discurso, o elevado preço dos dois submarinos e agradeceu "a todos os portugueses que, neste momento difícil de crise, contribuíram com os seus subsídios sociais", mostrando que a criação de emprego e o investimento na saúde e na educação não são prioridades no país e dirigiu uma palavra especial ao PSD e CDS, "que com grande sentido patriótico iniciaram e abençoaram este negócio".

"Com este investimento, portuguesas e portugueses, poderemos levar Portugal ainda mais fundo. Viva Portugal nas profundezas" concluiu o representante dos "Assuntos Profundos".

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