MARGEM ESQUERDA: Mecenato paga dívidas da Câmara!

18-12-2009
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Numa notícia publicada hoje no Jornal de Notícias sob o título "Mecenato paga dívidas da Câmara" a Câmara de Aveiro veio levantar um pouco o sombrio véu que encobre a situação que aqui tornámos pública, através da qual Élio Maia "arranjou uma forma de liquidar os subsídios prometidos a associações, pedindo a empresas para, ao abrigo do mecenato, ajudarem financeiramente essas instituições, anulando assim os compromissos assumidos pela autarquia".Trata-se, obviamente, de (mais) um "negócio" do consulado de Élio Maia de contornos pouco claros, que nos suscita as maiores reservas e que achamos dever ser minuciosamente investigado por quem de direito.E é necessário, à partida, esclarecer o seguinte: Qual a verdadeira razão que levou a SUMA, a 1 mês das eleições, a conceder donativos no valor de 500.000€ (quinhentos mil euros), OU SEJA UM VALOR SUPERIOR A 18% (DEZOITO POR CENTO) DA SUA FACTURAÇÃO ANUAL À CMA, a associações do concelho de Aveiro?E como é possível que alguém se permita afirmar que estes valores possam ser deduzidos nos compromissos que a Câmara tinha assumido com as associações? O que é que está por detrás de tudo isto? Existem outras implicações?Como todos certamente compreenderão estes donativos não surgem por acaso. E como as empresas são criadas para gerar lucros e não propriamente para praticar filantropia, resta saber quantos porcos terão os aveirenses de pagar (ou já pagaram) à SUMA em retribuição do "presunto" que esta empresa distribuiu pelas associações do concelho?Um outro aspecto que ressalta da notícia é o facto da resposta da Câmara não ter sido feita pelo vereador responsável pelo pelouro do ambiente (que apresentou e defendeu junto do executivo a renegociação do contrato com a SUMA) e também responsável pelo pelouro dos assuntos sociais, Miguel Capão Filipe. E, por favor, não me venham mais uma vez dizer que, tal qual no negócio das piscinas, também, neste caso, não sabia de nada ou que, no mínimo, não esteve por dentro dos meandros do "negócio", estando por isso incapacitado para responder às questões postas pelo jornalista.De facto quem respondeu às questões colocadas pelo JN foi Pedro Ferreira que, como sabemos, é Administrador (e recebe remunerações) da ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro, SA., (empresa de que a SUMA é accionista e onde deposita os lixos resultantes dos contratos que celebrou com municípios da nossa região), que acumula com as de vereador da Câmara Municipal de Aveiro.E, pelo seu discurso, temos muita dificuldade em discernir em qual das suas qualidades (de difícil conciliação neste caso), é que concedeu os esclarecimentos.Pedro Ferreira adiantou ainda ao JN "que há contactos adiantados com mais três ou quatro empresas para apoiarem associações culturais e desportivas num quadro idêntico ao efectuado com a SUMA".Já o adivinhávamos. E até é, para nós, fácil imaginar quais são as empresas que estão tão "desejosas" de apoiar as associações desportivas e culturais do nosso concelho, num "QUADRO IDÊNTICO ao da SUMA".E todos os aveirenses também poderão, com alguma facilidade, adivinhar quem são.Basta descobrirem os parceiros dos "negócios" feitos pela CMA durante o consulado de Élio Maia que o Partido Socialista contestou (e eu próprio aqui denunciei e refutei) e estão encontrados os seus nomes.Mas, tudo o que agora foi finalmente assumido pelo executivo camarário, só vem confirmar que tínhamos toda a razão quando desconfiámos e contestámos algumas tomadas de posição, acordos, negócios e negociatas que, em devido tempo, considerámos lesivas dos interesses municipais.Os aveirenses devem pensar (e depressa) nestas coisas pois é já no próximo fim-de-semana que têm de escolher se querem ou não manter esta escandalosa forma de gerir os nossos interesses municipais.E nós gostaríamos que o fizessem (e assumissem) conscientemente.

Numa notícia publicada hoje no Jornal de Notícias sob o título "Mecenato paga dívidas da Câmara" a Câmara de Aveiro veio levantar um pouco o sombrio véu que encobre a situação que aqui tornámos pública, através da qual Élio Maia "arranjou uma forma de liquidar os subsídios prometidos a associações, pedindo a empresas para, ao abrigo do mecenato, ajudarem financeiramente essas instituições, anulando assim os compromissos assumidos pela autarquia".Trata-se, obviamente, de (mais) um "negócio" do consulado de Élio Maia de contornos pouco claros, que nos suscita as maiores reservas e que achamos dever ser minuciosamente investigado por quem de direito.E é necessário, à partida, esclarecer o seguinte: Qual a verdadeira razão que levou a SUMA, a 1 mês das eleições, a conceder donativos no valor de 500.000€ (quinhentos mil euros), OU SEJA UM VALOR SUPERIOR A 18% (DEZOITO POR CENTO) DA SUA FACTURAÇÃO ANUAL À CMA, a associações do concelho de Aveiro?E como é possível que alguém se permita afirmar que estes valores possam ser deduzidos nos compromissos que a Câmara tinha assumido com as associações? O que é que está por detrás de tudo isto? Existem outras implicações?Como todos certamente compreenderão estes donativos não surgem por acaso. E como as empresas são criadas para gerar lucros e não propriamente para praticar filantropia, resta saber quantos porcos terão os aveirenses de pagar (ou já pagaram) à SUMA em retribuição do "presunto" que esta empresa distribuiu pelas associações do concelho?Um outro aspecto que ressalta da notícia é o facto da resposta da Câmara não ter sido feita pelo vereador responsável pelo pelouro do ambiente (que apresentou e defendeu junto do executivo a renegociação do contrato com a SUMA) e também responsável pelo pelouro dos assuntos sociais, Miguel Capão Filipe. E, por favor, não me venham mais uma vez dizer que, tal qual no negócio das piscinas, também, neste caso, não sabia de nada ou que, no mínimo, não esteve por dentro dos meandros do "negócio", estando por isso incapacitado para responder às questões postas pelo jornalista.De facto quem respondeu às questões colocadas pelo JN foi Pedro Ferreira que, como sabemos, é Administrador (e recebe remunerações) da ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro, SA., (empresa de que a SUMA é accionista e onde deposita os lixos resultantes dos contratos que celebrou com municípios da nossa região), que acumula com as de vereador da Câmara Municipal de Aveiro.E, pelo seu discurso, temos muita dificuldade em discernir em qual das suas qualidades (de difícil conciliação neste caso), é que concedeu os esclarecimentos.Pedro Ferreira adiantou ainda ao JN "que há contactos adiantados com mais três ou quatro empresas para apoiarem associações culturais e desportivas num quadro idêntico ao efectuado com a SUMA".Já o adivinhávamos. E até é, para nós, fácil imaginar quais são as empresas que estão tão "desejosas" de apoiar as associações desportivas e culturais do nosso concelho, num "QUADRO IDÊNTICO ao da SUMA".E todos os aveirenses também poderão, com alguma facilidade, adivinhar quem são.Basta descobrirem os parceiros dos "negócios" feitos pela CMA durante o consulado de Élio Maia que o Partido Socialista contestou (e eu próprio aqui denunciei e refutei) e estão encontrados os seus nomes.Mas, tudo o que agora foi finalmente assumido pelo executivo camarário, só vem confirmar que tínhamos toda a razão quando desconfiámos e contestámos algumas tomadas de posição, acordos, negócios e negociatas que, em devido tempo, considerámos lesivas dos interesses municipais.Os aveirenses devem pensar (e depressa) nestas coisas pois é já no próximo fim-de-semana que têm de escolher se querem ou não manter esta escandalosa forma de gerir os nossos interesses municipais.E nós gostaríamos que o fizessem (e assumissem) conscientemente.

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