Santos da Casa: Nova lei da nacionalidade

22-12-2009
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E lá foi aprovada a nova lei da nacionalidade, com votos favoráveis do Bloco Central e PCP e abstenções por parte de CDS-PP e BE e ainda de três deputados do PSD.Não é muito habitual ver o PCP alinhar com o PSD numa votação, mas, dada a questão em apreço, na verdade tal não surpreende. Já o BE (Bloco Estrangeiro) proclama que "ainda não é suficiente" o avanço no sentido de facilitar (palavra mágica da modernidade) a obtenção da nacionalidade.Todo impante, do alto da sua suficiência característica, o primeiro-ministro não perdeu tempo a comemorar a passagem da lei em conjunto com 12 associações de imigrantes, declarando que o diploma está «na boa tradição universalista de Portugal». Apesar de ficarmos com curiosidade em saber em que poderá consistir a "má tradição universalista de Portugal", não deixa de ser espantoso que um indivíduo que é eleito para governar um país se gabe de passar leis que servem a "universalidade" e não propriamente os interesses nacionais. Claro que para toda uma plêiade de personalidades imbuídas de espírito maçónico, aquela confunde-se com este, ou melhor, este submete-se àquela. Apesar de, como lamentam os exaltados da ponta esquerda do hemiciclo, não se ter ido mais longe: ainda não é desta que qualquer um que nasça em território nacional se torna acto contínuo português. Mas a estratégia dos avanços progressivos e de "mais um passo" não desapareceu das mentes de muitos. É aguardar.Algumas das críticas do CDS-PP são pertinentes mas é sintomático que o partido não tenha votado contra. Se em 1975 quase toda a gente tinha horror de ter alguém à sua esquerda, hoje tem-se horror a que se seja chamado "xenófobo" ou, pior, "racista". E é neste receio que a palavra "abstenção" assume todo o seu significado.

E lá foi aprovada a nova lei da nacionalidade, com votos favoráveis do Bloco Central e PCP e abstenções por parte de CDS-PP e BE e ainda de três deputados do PSD.Não é muito habitual ver o PCP alinhar com o PSD numa votação, mas, dada a questão em apreço, na verdade tal não surpreende. Já o BE (Bloco Estrangeiro) proclama que "ainda não é suficiente" o avanço no sentido de facilitar (palavra mágica da modernidade) a obtenção da nacionalidade.Todo impante, do alto da sua suficiência característica, o primeiro-ministro não perdeu tempo a comemorar a passagem da lei em conjunto com 12 associações de imigrantes, declarando que o diploma está «na boa tradição universalista de Portugal». Apesar de ficarmos com curiosidade em saber em que poderá consistir a "má tradição universalista de Portugal", não deixa de ser espantoso que um indivíduo que é eleito para governar um país se gabe de passar leis que servem a "universalidade" e não propriamente os interesses nacionais. Claro que para toda uma plêiade de personalidades imbuídas de espírito maçónico, aquela confunde-se com este, ou melhor, este submete-se àquela. Apesar de, como lamentam os exaltados da ponta esquerda do hemiciclo, não se ter ido mais longe: ainda não é desta que qualquer um que nasça em território nacional se torna acto contínuo português. Mas a estratégia dos avanços progressivos e de "mais um passo" não desapareceu das mentes de muitos. É aguardar.Algumas das críticas do CDS-PP são pertinentes mas é sintomático que o partido não tenha votado contra. Se em 1975 quase toda a gente tinha horror de ter alguém à sua esquerda, hoje tem-se horror a que se seja chamado "xenófobo" ou, pior, "racista". E é neste receio que a palavra "abstenção" assume todo o seu significado.

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