ESPUMADAMENTE: Fica a Intenção

30-05-2010
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[558]Nunca tive uma especial atracção pelo partido do taxi. Da bondade da sua génese resvalou-se sempre para a mediocridade dos seus mentores, pelo que o CDS/PP sempre me passou mais ou menos ao lado. A verdade é que, do meu ponto de vista, atingimos um estádio de diluição total das ideologias que alimentavam os programas dos governos e exaltavam os puristas das ideias dos grandes vultos da história. Se repararmos bem, de há muito que a história parou de produzir grandes vultos, seja porque os grandes vultos se dissiparam numa saudável valorização e alargamento das elites, seja porque as grandes causas políticas e ideológicas se acantonaram na utopia, por força do desenvolvimento da ciência e das tecnologias – hoje por hoje o mais eficaz instrumento para o bem estar dos povos, que dele precisam bem mais do que a já insuportável retórica dos puristas das ideias.Isto para dizer que irei votar em Maria José Nogueira Pinto (Nunca cheguei a recensear-me em Cascais, depositando o meu voto regularmente na freguesia de Santa Maria dos Olivais). Estou farto das tiradas falaciosas de Carrilho, à la PS, recuso-me a ouvir sequer as ideias (????) de um fulano qualquer que faz mister de empatar e complicar a vida aos lisboetas, à la Bloco, simpatizo com a figura de Rubens de Carvalho mas recuso-me a ser governado por um comunista seja em que circunstância for e Carmona Rodrigues tem borbulhas e arregaça muito as mangas para o meu gosto.Eu não conheço bem a Maria José. Mas tenho a percepção de que é uma mulher séria, competente e, aparentemente, desenvolveu um excelente trabalho na Misericórdia, parece-me decidida, culta, sabe falar, veste-se bem, tem presença e oralidade, enfim, não vislumbro uma verdadeira razão para não votar nela, ao contrário do que acontece com todos os outros candidatos. Sinto, até, que poderia ser uma estimável alavanca de mudança em Lisboa.Provavelmente ela não ganhará. As pessoas foram ensinadas a partidarizar tudo o que tenha a ver com o papelinho nas urnas e acredito que esta fidelização ao clube seja ímpar, relativamente aos outros países europeus. Por isso, a coisa vai ser disputada entre a placidez e bonomia de Carmona e a figura circense de Carrilho. Mas… fico de bem com a consciência.Zezinha a Presidente da Câmara Municipal da minha cidade, já.

[558]Nunca tive uma especial atracção pelo partido do taxi. Da bondade da sua génese resvalou-se sempre para a mediocridade dos seus mentores, pelo que o CDS/PP sempre me passou mais ou menos ao lado. A verdade é que, do meu ponto de vista, atingimos um estádio de diluição total das ideologias que alimentavam os programas dos governos e exaltavam os puristas das ideias dos grandes vultos da história. Se repararmos bem, de há muito que a história parou de produzir grandes vultos, seja porque os grandes vultos se dissiparam numa saudável valorização e alargamento das elites, seja porque as grandes causas políticas e ideológicas se acantonaram na utopia, por força do desenvolvimento da ciência e das tecnologias – hoje por hoje o mais eficaz instrumento para o bem estar dos povos, que dele precisam bem mais do que a já insuportável retórica dos puristas das ideias.Isto para dizer que irei votar em Maria José Nogueira Pinto (Nunca cheguei a recensear-me em Cascais, depositando o meu voto regularmente na freguesia de Santa Maria dos Olivais). Estou farto das tiradas falaciosas de Carrilho, à la PS, recuso-me a ouvir sequer as ideias (????) de um fulano qualquer que faz mister de empatar e complicar a vida aos lisboetas, à la Bloco, simpatizo com a figura de Rubens de Carvalho mas recuso-me a ser governado por um comunista seja em que circunstância for e Carmona Rodrigues tem borbulhas e arregaça muito as mangas para o meu gosto.Eu não conheço bem a Maria José. Mas tenho a percepção de que é uma mulher séria, competente e, aparentemente, desenvolveu um excelente trabalho na Misericórdia, parece-me decidida, culta, sabe falar, veste-se bem, tem presença e oralidade, enfim, não vislumbro uma verdadeira razão para não votar nela, ao contrário do que acontece com todos os outros candidatos. Sinto, até, que poderia ser uma estimável alavanca de mudança em Lisboa.Provavelmente ela não ganhará. As pessoas foram ensinadas a partidarizar tudo o que tenha a ver com o papelinho nas urnas e acredito que esta fidelização ao clube seja ímpar, relativamente aos outros países europeus. Por isso, a coisa vai ser disputada entre a placidez e bonomia de Carmona e a figura circense de Carrilho. Mas… fico de bem com a consciência.Zezinha a Presidente da Câmara Municipal da minha cidade, já.

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