Em declaração à agência Lusa, Ricardo Salgado afirmou haver “vários aspectos nos pressupostos que foram adoptados [nos testes de resistência à banca europeia] que penalizaram o BES”, antecipando a divulgação hoje por parte do Banco de Portugal dos resultados dos testes de resistência feitos ao BES e ao Santander Totta.
De acordo com Ricardo Salgado, ao testar a resistência do banco, não foi tida em conta a baixa taxa de sinistralidade do BES enquanto, por outro lado, o facto de este ter “provisões muito fortes penalizou a projecção das provisões no futuro”.
O presidente do BES disse que “já houve vários analistas e instituições” que referiram que o banco foi penalizado, e que, depois “de ‘refazerem’ os ‘stress tests’ colocaram o BES em primeiro lugar”.
O facto de a maioria da dívida soberana detida pelo BES ser de curto prazo também terá prejudicado a instituição financeira, uma vez que “a dívida pública de longo prazo teve uma penalidade muito menor que a de curto prazo”, afirmou Salgado, acrescentando que, neste caso, considera a medida “conservadora” já que o teste deveria ter em conta o facto de o BES “não estar tão exposto à dívida soberana de longo prazo”.
O banqueiro referiu também que os testes de resistência não reconheceram o facto de o BES ter “uma diversificação de participações financeiras em mercados que não estejam correlacionados com a Europa, como é o caso de participações detidas nos Estados Unidos e Brasil”.
Para o presidente do BES o rácio de resistência do banco sairá melhor em futuros testes de resistência.
“Fomos penalizados por vários itens que, tenho a certeza, serão tidos em consideração no desenvolvimento futuro dos testes de resistência”, considerou Ricardo Salgado que, no entanto, apelidou de “positivo” a elaboração dos testes de resistência ao sistema bancário europeu e que provou que os bancos portugueses “estão acima do que era considerado maior perigo”.
Hoje, após o fecho de mercado, o Banco de Portugal vai divulgar a avaliação aos testes de resistência do BES e do Santander Totta depois de, a 23 de Julho, o Comité de Supervisores Bancários Europeu ter divulgado que tanto a ‘holding’ que controla o BES - a Espírito Santos Financial Group (ESFG) -- como o espanhol Santander terem passado nos testes.
O Jornal de Negócios noticia esta sexta feira que o rácio de resistência do BES melhora em relação ao da ‘holding’ que o controla, mas fica atrás do Santander Totta (o melhor classificado), BPI, BCP e Caixa Geral de Depósitos.
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Em declaração à agência Lusa, Ricardo Salgado afirmou haver “vários aspectos nos pressupostos que foram adoptados [nos testes de resistência à banca europeia] que penalizaram o BES”, antecipando a divulgação hoje por parte do Banco de Portugal dos resultados dos testes de resistência feitos ao BES e ao Santander Totta.
De acordo com Ricardo Salgado, ao testar a resistência do banco, não foi tida em conta a baixa taxa de sinistralidade do BES enquanto, por outro lado, o facto de este ter “provisões muito fortes penalizou a projecção das provisões no futuro”.
O presidente do BES disse que “já houve vários analistas e instituições” que referiram que o banco foi penalizado, e que, depois “de ‘refazerem’ os ‘stress tests’ colocaram o BES em primeiro lugar”.
O facto de a maioria da dívida soberana detida pelo BES ser de curto prazo também terá prejudicado a instituição financeira, uma vez que “a dívida pública de longo prazo teve uma penalidade muito menor que a de curto prazo”, afirmou Salgado, acrescentando que, neste caso, considera a medida “conservadora” já que o teste deveria ter em conta o facto de o BES “não estar tão exposto à dívida soberana de longo prazo”.
O banqueiro referiu também que os testes de resistência não reconheceram o facto de o BES ter “uma diversificação de participações financeiras em mercados que não estejam correlacionados com a Europa, como é o caso de participações detidas nos Estados Unidos e Brasil”.
Para o presidente do BES o rácio de resistência do banco sairá melhor em futuros testes de resistência.
“Fomos penalizados por vários itens que, tenho a certeza, serão tidos em consideração no desenvolvimento futuro dos testes de resistência”, considerou Ricardo Salgado que, no entanto, apelidou de “positivo” a elaboração dos testes de resistência ao sistema bancário europeu e que provou que os bancos portugueses “estão acima do que era considerado maior perigo”.
Hoje, após o fecho de mercado, o Banco de Portugal vai divulgar a avaliação aos testes de resistência do BES e do Santander Totta depois de, a 23 de Julho, o Comité de Supervisores Bancários Europeu ter divulgado que tanto a ‘holding’ que controla o BES - a Espírito Santos Financial Group (ESFG) -- como o espanhol Santander terem passado nos testes.
O Jornal de Negócios noticia esta sexta feira que o rácio de resistência do BES melhora em relação ao da ‘holding’ que o controla, mas fica atrás do Santander Totta (o melhor classificado), BPI, BCP e Caixa Geral de Depósitos.