Foco foi eleito a ?"supervedeta" do centro

20-06-2010
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A maioria dos 16 animais com os quais se tenta criar uma população viável em Portugal tem menos de dois anos de idade e nasceu em cativeiro. Azahar é a mais velha (nasceu em 2004 na serra Morena, em Andújar), seguida de Calabacín (2006) e de Drago (2007). Sete animais nasceram em 2008 - Eucalipto, Ébano, Enebro, Espiga, Era, Erica e Éon - e cinco no ano passado - Fado, Fresco, Fresa, Fauno e Foco.

Apenas Azahar, Calabacín, Daman e Era nasceram em liberdade, na serra Morena, em Espanha; os outros já nasceram em cativeiro, fruto de um programa espanhol que arrancou em 2003. As primeiras crias - Brezo, Brisa e Brezina - nasceram a 28 de Março de 2005, em Doñana. Brezina acabou por morrer numa luta entre irmãos, habitual na espécie.

A maioria dos animais (doze) veio do centro de reprodução de La Olivilla; três de El Acebuche e um do Zoológico Jerez de la Frontera, no âmbito de um protocolo de cedência assinado a 28 de Julho de 2009 em Penamacor entre o então ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, e a sua homóloga espanhola, Elena Espinosa.

Astrid Vargas, responsável pelo programa espanhol de criação em cativeiro, explicou em Outubro do ano passado, quando a Azahar chegou a Silves, que os animais cedidos a Portugal foram escolhidos por critérios genéticos. "Mas também é muito importante a compatibilidade química entre eles", notou na altura. Segundo o programa espanhol de reprodução do lince-ibérico, "as transferências ocorrem todos os anos para poder estabelecer os casais reprodutores mais adequados do ponto de vista genético". Além disso, "ajuda o processo de "emancipação" dos jovens nascidos nesse ano".

Mas não há um lince-ibérico igual ao outro no Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI). "Cada um tem a sua personalidade. E se nem todos se dão bem, há muitas interacções positivas", diz Rodrigo Serra. O contacto entre os cinco tratadores e os linces são limitados ao essencial, nomeadamente à alimentação e a melhorias dos cercados. Mas há cinco câmaras por cercado a vigiar os linces 24 horas por dia, sob o olhar atento dos técnicos.

"O Fado e o Ébano dão-se bem", explicou Rodrigo Serra, que deu conta das "picardias" entre Drago e Calabacín. "O Eucalipto provoca o Foco e, em jeito de brincadeira, come o seu coelho mesmo junto à rede do cercado do Foco, para o desafiar". A Espiga é curiosa e talvez a mais comunicativa com os tratadores. Daman e Erica são os mais "selvagens". Mas a "super-vedeta" do centro de Silves é o Foco, com as suas brincadeiras. "Parece uma criança", conta Rodrigo Serra. E quando um tratador, que nunca é o mesmo, entra nos cercados, os linces vocalizam por comida e sentem que aquela é uma presença "benéfica para eles", conta o responsável.

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De momento, os linces de Silves encontram-se de boa saúde. O único percalço foi a detecção de insuficiência renal crónica num dos animais. "A Espiga já está tratada e deixou de ter sintomas", garantiu o responsável. Actualmente, foram testados onze animais e prevê-se para breve fazer o mesmo aos restantes cinco.

O objectivo do programa ibérico de reprodução em cativeiro é conservar 85 por cento da variabilidade genética existente na natureza, durante um período de 30 anos. Para tal será preciso um núcleo de 60 linces reprodutores.

A fase seguinte será fazer uma reintrodução gradual dos animais em determinadas áreas consideradas prioritárias. Até ao final de 2012, Portugal deverá implementar um programa detalhado para a reintrodução dos animais na natureza, compromisso assumido na assinatura do protocolo de cedência dos linces.

A maioria dos 16 animais com os quais se tenta criar uma população viável em Portugal tem menos de dois anos de idade e nasceu em cativeiro. Azahar é a mais velha (nasceu em 2004 na serra Morena, em Andújar), seguida de Calabacín (2006) e de Drago (2007). Sete animais nasceram em 2008 - Eucalipto, Ébano, Enebro, Espiga, Era, Erica e Éon - e cinco no ano passado - Fado, Fresco, Fresa, Fauno e Foco.

Apenas Azahar, Calabacín, Daman e Era nasceram em liberdade, na serra Morena, em Espanha; os outros já nasceram em cativeiro, fruto de um programa espanhol que arrancou em 2003. As primeiras crias - Brezo, Brisa e Brezina - nasceram a 28 de Março de 2005, em Doñana. Brezina acabou por morrer numa luta entre irmãos, habitual na espécie.

A maioria dos animais (doze) veio do centro de reprodução de La Olivilla; três de El Acebuche e um do Zoológico Jerez de la Frontera, no âmbito de um protocolo de cedência assinado a 28 de Julho de 2009 em Penamacor entre o então ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, e a sua homóloga espanhola, Elena Espinosa.

Astrid Vargas, responsável pelo programa espanhol de criação em cativeiro, explicou em Outubro do ano passado, quando a Azahar chegou a Silves, que os animais cedidos a Portugal foram escolhidos por critérios genéticos. "Mas também é muito importante a compatibilidade química entre eles", notou na altura. Segundo o programa espanhol de reprodução do lince-ibérico, "as transferências ocorrem todos os anos para poder estabelecer os casais reprodutores mais adequados do ponto de vista genético". Além disso, "ajuda o processo de "emancipação" dos jovens nascidos nesse ano".

Mas não há um lince-ibérico igual ao outro no Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI). "Cada um tem a sua personalidade. E se nem todos se dão bem, há muitas interacções positivas", diz Rodrigo Serra. O contacto entre os cinco tratadores e os linces são limitados ao essencial, nomeadamente à alimentação e a melhorias dos cercados. Mas há cinco câmaras por cercado a vigiar os linces 24 horas por dia, sob o olhar atento dos técnicos.

"O Fado e o Ébano dão-se bem", explicou Rodrigo Serra, que deu conta das "picardias" entre Drago e Calabacín. "O Eucalipto provoca o Foco e, em jeito de brincadeira, come o seu coelho mesmo junto à rede do cercado do Foco, para o desafiar". A Espiga é curiosa e talvez a mais comunicativa com os tratadores. Daman e Erica são os mais "selvagens". Mas a "super-vedeta" do centro de Silves é o Foco, com as suas brincadeiras. "Parece uma criança", conta Rodrigo Serra. E quando um tratador, que nunca é o mesmo, entra nos cercados, os linces vocalizam por comida e sentem que aquela é uma presença "benéfica para eles", conta o responsável.

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De momento, os linces de Silves encontram-se de boa saúde. O único percalço foi a detecção de insuficiência renal crónica num dos animais. "A Espiga já está tratada e deixou de ter sintomas", garantiu o responsável. Actualmente, foram testados onze animais e prevê-se para breve fazer o mesmo aos restantes cinco.

O objectivo do programa ibérico de reprodução em cativeiro é conservar 85 por cento da variabilidade genética existente na natureza, durante um período de 30 anos. Para tal será preciso um núcleo de 60 linces reprodutores.

A fase seguinte será fazer uma reintrodução gradual dos animais em determinadas áreas consideradas prioritárias. Até ao final de 2012, Portugal deverá implementar um programa detalhado para a reintrodução dos animais na natureza, compromisso assumido na assinatura do protocolo de cedência dos linces.

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