O Cachimbo de Magritte: Autofagia política

28-05-2010
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À pergunta "Porque tem Portugal mais intenção de voto à esquerda em toda a Europa Ocidental?", Rui Taveres responde "Porque Portugal é o pais com mais desigualdades em toda a Europa Ocidental" (PÚBLICO 10 de Dezembro 2008). A resposta não é descabida. De qualquer modo, Portugal é desde há muito um país desigual e isso não impediu as maiorias da Aliança Democrática de Sá Carneiro e do PSD de Cavaco Silva. Mais ainda, depois dos governo do PS de Guterres e do actual PS de Sócrates, os portugueses têm boas razões para pensar que as desigualdades não se curam com políticas de esquerda. O problema da direita portuguesa actual é a liderança. Paulo Portas é um líder competente mas dificilmente consegue mobilizar os que ainda não estão mobilizados; a promessa da conquista do espaço à direita no PSD não foi cumprida. Por seu lado, o PSD demora a acertar o passo desde que Durão Barroso assumiu a presidência da Comissão Europeia. O Rui Tavares alerta para o facto da subida da esquerda não ser um mero episódio mas eu continuo convencido que o problema da direita portuguesa ainda radica naquele fatídico ano de 2004 em que o Primeiro-Ministro abandonou o país e nas consequências imediatas dessa decisão, concretamente as sucessivas lideranças que se lhe seguiram, até hoje.


À pergunta "Porque tem Portugal mais intenção de voto à esquerda em toda a Europa Ocidental?", Rui Taveres responde "Porque Portugal é o pais com mais desigualdades em toda a Europa Ocidental" (PÚBLICO 10 de Dezembro 2008). A resposta não é descabida. De qualquer modo, Portugal é desde há muito um país desigual e isso não impediu as maiorias da Aliança Democrática de Sá Carneiro e do PSD de Cavaco Silva. Mais ainda, depois dos governo do PS de Guterres e do actual PS de Sócrates, os portugueses têm boas razões para pensar que as desigualdades não se curam com políticas de esquerda. O problema da direita portuguesa actual é a liderança. Paulo Portas é um líder competente mas dificilmente consegue mobilizar os que ainda não estão mobilizados; a promessa da conquista do espaço à direita no PSD não foi cumprida. Por seu lado, o PSD demora a acertar o passo desde que Durão Barroso assumiu a presidência da Comissão Europeia. O Rui Tavares alerta para o facto da subida da esquerda não ser um mero episódio mas eu continuo convencido que o problema da direita portuguesa ainda radica naquele fatídico ano de 2004 em que o Primeiro-Ministro abandonou o país e nas consequências imediatas dessa decisão, concretamente as sucessivas lideranças que se lhe seguiram, até hoje.

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