Existe em Portugal uma corrente muito centralista e lisboeta na classificação do que é Nacional e Regional ou melhor de Portugal e do Norte. Ainda me lembro quando chegado a Lisboa dava o meu número de telemovel, diziam-me :"claro que tinha que ser 93 é a rede do Norte." Sim porque o 96 e 91 são nacionais pois as sedes estão em Lisboa. Uma outra classificação que me causa alguns arrepios é a distinção entre o Jornal de Noticias ( JN ) e o Diário de Notícias ( DN ). O primeiro é um jornal regional o segundo um jornal nacional. Convém no entanto fazer notar que o JN vende uma média de 120,000 exemplares com cerca de 3% em Lisboa o que dá 3600 e o DN vende uma média de 50,000 com 4,4% no Porto o que dá 2,200. E no que poderiamos considerar Norte, o JN vende 108.000 e o DN 4,500. Ou seja o Norte representa para o JN 90% das suas vendas e o Sul para o DN 83%. Mas o primeiro é regional e o segundo nacional. Isto vem a propósito de uma notícia de hoje no Público, cujo título é: "Governo Convida Grupo do Norte e Fundos Estrangeiros para a Galpenergia. E quem são os grupos nortenhos? BPI, Violas e Arsopi. Sim são três pequenas empresas desse Norte de Portugal. O que me causa arrepios é que esta metodologia de classificação não é apenas feita pelo povo em geral nem por alguns jornalistas. É feito por pessoas com responsabilidades. Basta ver o que sucedeu com a semana da moda. Carlos Tavares ia passear-se pelos ateliers dos estilistas de lisboa, os nacionais, e esquecia os do Norte, os regionais. E cada vez mais este fosso de pensamento terá equivalência na economia se não se colocar um travão no pensamento de alguns senhores.
Categorias
Entidades
Existe em Portugal uma corrente muito centralista e lisboeta na classificação do que é Nacional e Regional ou melhor de Portugal e do Norte. Ainda me lembro quando chegado a Lisboa dava o meu número de telemovel, diziam-me :"claro que tinha que ser 93 é a rede do Norte." Sim porque o 96 e 91 são nacionais pois as sedes estão em Lisboa. Uma outra classificação que me causa alguns arrepios é a distinção entre o Jornal de Noticias ( JN ) e o Diário de Notícias ( DN ). O primeiro é um jornal regional o segundo um jornal nacional. Convém no entanto fazer notar que o JN vende uma média de 120,000 exemplares com cerca de 3% em Lisboa o que dá 3600 e o DN vende uma média de 50,000 com 4,4% no Porto o que dá 2,200. E no que poderiamos considerar Norte, o JN vende 108.000 e o DN 4,500. Ou seja o Norte representa para o JN 90% das suas vendas e o Sul para o DN 83%. Mas o primeiro é regional e o segundo nacional. Isto vem a propósito de uma notícia de hoje no Público, cujo título é: "Governo Convida Grupo do Norte e Fundos Estrangeiros para a Galpenergia. E quem são os grupos nortenhos? BPI, Violas e Arsopi. Sim são três pequenas empresas desse Norte de Portugal. O que me causa arrepios é que esta metodologia de classificação não é apenas feita pelo povo em geral nem por alguns jornalistas. É feito por pessoas com responsabilidades. Basta ver o que sucedeu com a semana da moda. Carlos Tavares ia passear-se pelos ateliers dos estilistas de lisboa, os nacionais, e esquecia os do Norte, os regionais. E cada vez mais este fosso de pensamento terá equivalência na economia se não se colocar um travão no pensamento de alguns senhores.