Da Literatura: SEM TAPETE

25-01-2011
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Sejamos claros: o governo tirou o tapete ao PSD. Propondo reduzir entre 3,5% e 10% a massa salarial de funcionários públicos, trabalhadores de entidades reguladoras, institutos e empresas públicas, governantes, deputados, pessoal dos gabinetes, etc.; congelando pensões; propondo cortes no SNS e na ADSE; cortando 20% ao rendimento social de inserção; diminuindo as transferências para as autarquias; idem para os Açores e a Madeira; proibindo acumulação de pensões; congelando admissões e progressões na função pública; pondo fim ao abono de família extraordinário; aumentando o IVA para 23% e onerando a banca com um imposto especial, entre outras medidas aqui elencadas, qual a margem do PSD? Não foi o que Medinas, Catrogas e Bagões andaram a exigir? Ou não chega? Será preciso cortar 15% a todos, incluindo os que ganham o salário mínimo? Propor de vez o fim do subsídio de desemprego e do rendimento social de inserção? Só se for isso! Ontem foi visível o embaraço do porta-voz da São Caetano, habitualmente tão loquaz.

Verdade que não foi só ao PSD que o governo tirou o tapete. Foi também ao CDS-PP. E, naturalmente, a Manuel Alegre. Estribado no BE  —  que vai, como lhe compete, arrancar as vestes  —, Alegre fica entalado entre o dever de apoiar as medidas patrióticas do partido que ajudou a fundar e a necessidade de não descartar a lógica frentista. Quem é que está a gozar que nem um macaco, quem é?

[Na imagem, Happy Butterfly Day, 1955, de Andy Warhol.]Etiquetas: OE 2011

Sejamos claros: o governo tirou o tapete ao PSD. Propondo reduzir entre 3,5% e 10% a massa salarial de funcionários públicos, trabalhadores de entidades reguladoras, institutos e empresas públicas, governantes, deputados, pessoal dos gabinetes, etc.; congelando pensões; propondo cortes no SNS e na ADSE; cortando 20% ao rendimento social de inserção; diminuindo as transferências para as autarquias; idem para os Açores e a Madeira; proibindo acumulação de pensões; congelando admissões e progressões na função pública; pondo fim ao abono de família extraordinário; aumentando o IVA para 23% e onerando a banca com um imposto especial, entre outras medidas aqui elencadas, qual a margem do PSD? Não foi o que Medinas, Catrogas e Bagões andaram a exigir? Ou não chega? Será preciso cortar 15% a todos, incluindo os que ganham o salário mínimo? Propor de vez o fim do subsídio de desemprego e do rendimento social de inserção? Só se for isso! Ontem foi visível o embaraço do porta-voz da São Caetano, habitualmente tão loquaz.

Verdade que não foi só ao PSD que o governo tirou o tapete. Foi também ao CDS-PP. E, naturalmente, a Manuel Alegre. Estribado no BE  —  que vai, como lhe compete, arrancar as vestes  —, Alegre fica entalado entre o dever de apoiar as medidas patrióticas do partido que ajudou a fundar e a necessidade de não descartar a lógica frentista. Quem é que está a gozar que nem um macaco, quem é?

[Na imagem, Happy Butterfly Day, 1955, de Andy Warhol.]Etiquetas: OE 2011

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