Shanghai Express

09-07-2011
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Não pude deixar de (sor)rir quando, em Setembro de 2007, li o seguinte post do “ladrão de bicicletas” Nuno Teles [NT]:

No presente período de sobressalto nos mercados financeiros, a China afirma-se como um garante da estabilidade da economia internacional. Não é só o seu continuado crescimento recorde que garante a sanidade mental dos investidores globais. Graças a uma regulação muito apertada dos mercados financeiros, pelo menos dois mecanismos mantêm a China fora da recente instabilidade e tranquilizam os mercados financeiros internacionais [câmbio fixo e barreiras à entrada de capital estrangeiro] (…) A “grande muralha” da regulação financeira mostrou-se, mais uma vez, eficaz.

NT teve, na altura, alguma dificuldade em compreender as consequências da política monetária chinesa. Espero que hoje em dia esteja um pouco mais esclarecido. Senão, sugiro que comece por analisar o seguinte gráfico comparativo (Shanghai Composite vs Dow Jones):

Neste, podemos verificar que a instabilidade na bolsa chinesa foi consideravelmente superior à ocorrida na bolsa americana.

Uma das maiores causas da valorização do Shanghai Composite nos últimos anos? Inflação. Ao manter o câmbio fixo com o dólar, o banco central chinês não só – como afirmou NT – manteve as “exportações competitivas” como, também, importou a inflação criada pelo FED, canalizada para o mercado bolsista.

Nota: semelhante fenómeno ocorreu nas bolsas americanas durante a segunda metade dos anos 90 do século passado (leitura recomendada: “Does ABCT help explain the dot-com boom and bust?” – pdf).

Não pude deixar de (sor)rir quando, em Setembro de 2007, li o seguinte post do “ladrão de bicicletas” Nuno Teles [NT]:

No presente período de sobressalto nos mercados financeiros, a China afirma-se como um garante da estabilidade da economia internacional. Não é só o seu continuado crescimento recorde que garante a sanidade mental dos investidores globais. Graças a uma regulação muito apertada dos mercados financeiros, pelo menos dois mecanismos mantêm a China fora da recente instabilidade e tranquilizam os mercados financeiros internacionais [câmbio fixo e barreiras à entrada de capital estrangeiro] (…) A “grande muralha” da regulação financeira mostrou-se, mais uma vez, eficaz.

NT teve, na altura, alguma dificuldade em compreender as consequências da política monetária chinesa. Espero que hoje em dia esteja um pouco mais esclarecido. Senão, sugiro que comece por analisar o seguinte gráfico comparativo (Shanghai Composite vs Dow Jones):

Neste, podemos verificar que a instabilidade na bolsa chinesa foi consideravelmente superior à ocorrida na bolsa americana.

Uma das maiores causas da valorização do Shanghai Composite nos últimos anos? Inflação. Ao manter o câmbio fixo com o dólar, o banco central chinês não só – como afirmou NT – manteve as “exportações competitivas” como, também, importou a inflação criada pelo FED, canalizada para o mercado bolsista.

Nota: semelhante fenómeno ocorreu nas bolsas americanas durante a segunda metade dos anos 90 do século passado (leitura recomendada: “Does ABCT help explain the dot-com boom and bust?” – pdf).

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