A Arte da Fuga: Maio de 68

26-01-2012
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Já tive oportunidade de destacar aqui a nova edição da Revista Obscena, que se encontra à venda em livrarias um pouco por todo o país. Retorno a ela porque contém um interessante e amplo dossier sobre o Maio de 68. Desde a entrevista ao sociólogo François Cusset passando pelos testemunhos de João Fiadeiro, Raquel Freire e José Maria Vieira Mendes.Desse dossier consta, como então referi, um excerto de um debate organizado pela revista em que eu próprio e o José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, reflectimos sobre a efeméride que agora se evoca. São excertos desse debate que agora cito. O resto pode ser lido integralmente na edição impressa. A lista de locais de venda pode ser consultado aqui.Recusando ambos a ideia de geração, José Soeiro porque “a própria ideia de geração é complicada porque nem todos viveram a mesma experiência histórica”, Adolfo Mesquita Nunes porque “não vemos projectos próprios, nem uma geração que os tenha criado”, refere.No caso do Maio de 68, diz Mesquita Nunes: o “choque efectivo - mas não político - entre duas gerações” dá-se porque “de um lado estão os traumatizados de guerra que conhecem as limitações económicas,[são uma população] muito moralizada, habituada à autoridade, [que acredita] num Estado centralista, e do outro uma nova geração que tem acesso à cultura, tem uma outra forma de vida e aspira mais. [Reconhece-se] o tédio de uma geração que não quer viver com os espartilhos da geração anterior”.Aquilo que este dirigente do CDS-PP não encontra no Maio de 68 é “a negação de um regime capitalista do qual aliás a França nunca se libertou” e foi isso, acredita, que faz com que a manifestação “seja um momento de rua que só pode acontecer num país que estava a enriquecer”.“É aliás essa rua que meses mais tarde vai dar a vitória ao partido do governo, do General De Gaulle [de direita]. Aliás, momentos como o Maio de 68, se acaso se eternizam, derivam sempre em ditadura, porque um estado não consegue cristalizar permanentemente essas reivindicações, e [estas] quando se colam a um regime, morrem, confundindo-se com ele e perdendo a sua razão de ser”.

Já tive oportunidade de destacar aqui a nova edição da Revista Obscena, que se encontra à venda em livrarias um pouco por todo o país. Retorno a ela porque contém um interessante e amplo dossier sobre o Maio de 68. Desde a entrevista ao sociólogo François Cusset passando pelos testemunhos de João Fiadeiro, Raquel Freire e José Maria Vieira Mendes.Desse dossier consta, como então referi, um excerto de um debate organizado pela revista em que eu próprio e o José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, reflectimos sobre a efeméride que agora se evoca. São excertos desse debate que agora cito. O resto pode ser lido integralmente na edição impressa. A lista de locais de venda pode ser consultado aqui.Recusando ambos a ideia de geração, José Soeiro porque “a própria ideia de geração é complicada porque nem todos viveram a mesma experiência histórica”, Adolfo Mesquita Nunes porque “não vemos projectos próprios, nem uma geração que os tenha criado”, refere.No caso do Maio de 68, diz Mesquita Nunes: o “choque efectivo - mas não político - entre duas gerações” dá-se porque “de um lado estão os traumatizados de guerra que conhecem as limitações económicas,[são uma população] muito moralizada, habituada à autoridade, [que acredita] num Estado centralista, e do outro uma nova geração que tem acesso à cultura, tem uma outra forma de vida e aspira mais. [Reconhece-se] o tédio de uma geração que não quer viver com os espartilhos da geração anterior”.Aquilo que este dirigente do CDS-PP não encontra no Maio de 68 é “a negação de um regime capitalista do qual aliás a França nunca se libertou” e foi isso, acredita, que faz com que a manifestação “seja um momento de rua que só pode acontecer num país que estava a enriquecer”.“É aliás essa rua que meses mais tarde vai dar a vitória ao partido do governo, do General De Gaulle [de direita]. Aliás, momentos como o Maio de 68, se acaso se eternizam, derivam sempre em ditadura, porque um estado não consegue cristalizar permanentemente essas reivindicações, e [estas] quando se colam a um regime, morrem, confundindo-se com ele e perdendo a sua razão de ser”.

Já tive oportunidade de destacar aqui a nova edição da Revista Obscena, que se encontra à venda em livrarias um pouco por todo o país. Retorno a ela porque contém um interessante e amplo dossier sobre o Maio de 68. Desde a entrevista ao sociólogo François Cusset passando pelos testemunhos de João Fiadeiro, Raquel Freire e José Maria Vieira Mendes.Desse dossier consta, como então referi, um excerto de um debate organizado pela revista em que eu próprio e o José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, reflectimos sobre a efeméride que agora se evoca. São excertos desse debate que agora cito. O resto pode ser lido integralmente na edição impressa. A lista de locais de venda pode ser consultado aqui.Recusando ambos a ideia de geração, José Soeiro porque “a própria ideia de geração é complicada porque nem todos viveram a mesma experiência histórica”, Adolfo Mesquita Nunes porque “não vemos projectos próprios, nem uma geração que os tenha criado”, refere.No caso do Maio de 68, diz Mesquita Nunes: o “choque efectivo - mas não político - entre duas gerações” dá-se porque “de um lado estão os traumatizados de guerra que conhecem as limitações económicas,[são uma população] muito moralizada, habituada à autoridade, [que acredita] num Estado centralista, e do outro uma nova geração que tem acesso à cultura, tem uma outra forma de vida e aspira mais. [Reconhece-se] o tédio de uma geração que não quer viver com os espartilhos da geração anterior”.Aquilo que este dirigente do CDS-PP não encontra no Maio de 68 é “a negação de um regime capitalista do qual aliás a França nunca se libertou” e foi isso, acredita, que faz com que a manifestação “seja um momento de rua que só pode acontecer num país que estava a enriquecer”.“É aliás essa rua que meses mais tarde vai dar a vitória ao partido do governo, do General De Gaulle [de direita]. Aliás, momentos como o Maio de 68, se acaso se eternizam, derivam sempre em ditadura, porque um estado não consegue cristalizar permanentemente essas reivindicações, e [estas] quando se colam a um regime, morrem, confundindo-se com ele e perdendo a sua razão de ser”.

Já tive oportunidade de destacar aqui a nova edição da Revista Obscena, que se encontra à venda em livrarias um pouco por todo o país. Retorno a ela porque contém um interessante e amplo dossier sobre o Maio de 68. Desde a entrevista ao sociólogo François Cusset passando pelos testemunhos de João Fiadeiro, Raquel Freire e José Maria Vieira Mendes.Desse dossier consta, como então referi, um excerto de um debate organizado pela revista em que eu próprio e o José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, reflectimos sobre a efeméride que agora se evoca. São excertos desse debate que agora cito. O resto pode ser lido integralmente na edição impressa. A lista de locais de venda pode ser consultado aqui.Recusando ambos a ideia de geração, José Soeiro porque “a própria ideia de geração é complicada porque nem todos viveram a mesma experiência histórica”, Adolfo Mesquita Nunes porque “não vemos projectos próprios, nem uma geração que os tenha criado”, refere.No caso do Maio de 68, diz Mesquita Nunes: o “choque efectivo - mas não político - entre duas gerações” dá-se porque “de um lado estão os traumatizados de guerra que conhecem as limitações económicas,[são uma população] muito moralizada, habituada à autoridade, [que acredita] num Estado centralista, e do outro uma nova geração que tem acesso à cultura, tem uma outra forma de vida e aspira mais. [Reconhece-se] o tédio de uma geração que não quer viver com os espartilhos da geração anterior”.Aquilo que este dirigente do CDS-PP não encontra no Maio de 68 é “a negação de um regime capitalista do qual aliás a França nunca se libertou” e foi isso, acredita, que faz com que a manifestação “seja um momento de rua que só pode acontecer num país que estava a enriquecer”.“É aliás essa rua que meses mais tarde vai dar a vitória ao partido do governo, do General De Gaulle [de direita]. Aliás, momentos como o Maio de 68, se acaso se eternizam, derivam sempre em ditadura, porque um estado não consegue cristalizar permanentemente essas reivindicações, e [estas] quando se colam a um regime, morrem, confundindo-se com ele e perdendo a sua razão de ser”.

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