portugal dos pequeninos: «FEITOS PALHAÇOS»

19-12-2009
marcar artigo


Sem crescermos mais depressa não recuperamos o que perdemos, pelo que, quando chegarmos ao fim de 2011, estaremos 1,6 por cento menos ricos do que no final de 2007. Um desastre. Neste quadro, não há milagres. Sem criação de riqueza - o nosso principal problema há mais de dez anos -, não há riqueza para distribuir. Sem riqueza para distribuir, quem quiser ganhar eleições terá de continuar a ir buscar lá fora, cada vez mais caro, o dinheiro para ratear entre uma população que começa a ficar desesperada. Quem, em contrapartida, quiser seguir uma política capaz de evitar o colapso grego corre o risco provocar a fúria geral. Sócrates, em minoria, não o fará, e com Sócrates ninguém se juntará ao PS no Governo. Logo... É elevadíssima a probabilidade de tudo acabar muito mal, pois nenhum político fala, e muito menos actua, de acordo com estas verdades elementares. E se Sócrates é cada vez mais parte do problema, o Presidente, que vai entrar não tarda em campanha para a reeleição, não está a ser solução. Já a oposição parece deliciada com a agonia. Vivemos, a par com a crise económica, em ambiente de fim de regime. Cantando e rindo, feitos palhaços.José Manuel Fernandes, Público


Sem crescermos mais depressa não recuperamos o que perdemos, pelo que, quando chegarmos ao fim de 2011, estaremos 1,6 por cento menos ricos do que no final de 2007. Um desastre. Neste quadro, não há milagres. Sem criação de riqueza - o nosso principal problema há mais de dez anos -, não há riqueza para distribuir. Sem riqueza para distribuir, quem quiser ganhar eleições terá de continuar a ir buscar lá fora, cada vez mais caro, o dinheiro para ratear entre uma população que começa a ficar desesperada. Quem, em contrapartida, quiser seguir uma política capaz de evitar o colapso grego corre o risco provocar a fúria geral. Sócrates, em minoria, não o fará, e com Sócrates ninguém se juntará ao PS no Governo. Logo... É elevadíssima a probabilidade de tudo acabar muito mal, pois nenhum político fala, e muito menos actua, de acordo com estas verdades elementares. E se Sócrates é cada vez mais parte do problema, o Presidente, que vai entrar não tarda em campanha para a reeleição, não está a ser solução. Já a oposição parece deliciada com a agonia. Vivemos, a par com a crise económica, em ambiente de fim de regime. Cantando e rindo, feitos palhaços.José Manuel Fernandes, Público

marcar artigo