As taxas Euribor estão a subir, o que poderá ser um bom prenúncio para a remuneração dos depósitos.
Os investidores avessos ao risco não tiveram muitas razões para sorrir no último ano. A queda das taxas interbancárias levou a uma redução drástica dos juros associados aos depósitos, contas poupança e certificados de aforro, chegando mesmo a bater os níveis mínimos de sempre. No entanto, esta tendência está a começar a inverter-se. A subida que as taxas Euribor têm protagonizado nos últimos dois meses fazem crer que brevemente a remuneração destas aplicações irá subir.
Os certificados de aforro, por exemplo, já mostram essa inversão. Depois de terem registado um mínimo histórico em Abril (0,794%), os juros destes tradicionais instrumentos de poupança estão a subir há dois meses. Para as subscrições feitas em Junho, os aforradores já vão beneficiar de uma taxa de 0,826%.
A mesma tendência deverá ser sentida também nos depósitos. Apesar dos bancos demorarem a reflectir na remuneração dos depósitos a subida das taxas euribor, as actuais dificuldades que a banca enfrenta para obter financiamento, poderão levar os bancos a reflectirem mais depressa a subida dos juros, como forma de captação de recursos. Esta é a convicção de António Ribeiro, da Deco. Também Paulo João, da direcção de marketing do Banco Best, acredita nesta possibilidade: "É admissível que tal possa ocorrer embora não existam ainda sinais concretos/relevantes dessa possibilidade".
No entanto, o primeiro alerta neste sentido foi dado esta semana pelo presidente do BES. Ricardo Salgado afirmou, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, que com a paralisação dos mercados de crédito, os bancos vão ter de financiar-se através da captação de depósitos e recorrendo à liquidez do BCE. Perante estes dados, o presidente do BES, considerou "natural que a concorrência se possa intensificar no mercado doméstico" no segmento dos depósitos. Ou seja, à semelhança do que acontece já em Espanha em que os bancos se batem pelos depósitos dos clientes oferecendo taxas atractivas, o mesmo poderá acontecer no mercado português.
A Euribor a três meses está a negociar aos níveis mais elevados desde Janeiro.
Acompanhe todas as notícias:
Categorias
Entidades
As taxas Euribor estão a subir, o que poderá ser um bom prenúncio para a remuneração dos depósitos.
Os investidores avessos ao risco não tiveram muitas razões para sorrir no último ano. A queda das taxas interbancárias levou a uma redução drástica dos juros associados aos depósitos, contas poupança e certificados de aforro, chegando mesmo a bater os níveis mínimos de sempre. No entanto, esta tendência está a começar a inverter-se. A subida que as taxas Euribor têm protagonizado nos últimos dois meses fazem crer que brevemente a remuneração destas aplicações irá subir.
Os certificados de aforro, por exemplo, já mostram essa inversão. Depois de terem registado um mínimo histórico em Abril (0,794%), os juros destes tradicionais instrumentos de poupança estão a subir há dois meses. Para as subscrições feitas em Junho, os aforradores já vão beneficiar de uma taxa de 0,826%.
A mesma tendência deverá ser sentida também nos depósitos. Apesar dos bancos demorarem a reflectir na remuneração dos depósitos a subida das taxas euribor, as actuais dificuldades que a banca enfrenta para obter financiamento, poderão levar os bancos a reflectirem mais depressa a subida dos juros, como forma de captação de recursos. Esta é a convicção de António Ribeiro, da Deco. Também Paulo João, da direcção de marketing do Banco Best, acredita nesta possibilidade: "É admissível que tal possa ocorrer embora não existam ainda sinais concretos/relevantes dessa possibilidade".
No entanto, o primeiro alerta neste sentido foi dado esta semana pelo presidente do BES. Ricardo Salgado afirmou, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, que com a paralisação dos mercados de crédito, os bancos vão ter de financiar-se através da captação de depósitos e recorrendo à liquidez do BCE. Perante estes dados, o presidente do BES, considerou "natural que a concorrência se possa intensificar no mercado doméstico" no segmento dos depósitos. Ou seja, à semelhança do que acontece já em Espanha em que os bancos se batem pelos depósitos dos clientes oferecendo taxas atractivas, o mesmo poderá acontecer no mercado português.
A Euribor a três meses está a negociar aos níveis mais elevados desde Janeiro.
Acompanhe todas as notícias: