Arganilense Blogspot: EXCLUSIVO: Entrevista ao Candidato do PS no Barril de Alva. (Parte I)

16-10-2009
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Doze anos depois, volta a encabeçar uma lista do Partido Socialista, à Junta de Freguesia do Barril de Alva. O lema é fazer mais e melhor. Em que áreas querem fazer mais e melhor? O grupo de trabalho entendeu que, em caso de vitória, se deve pautar o mandato com coerência. Tudo o que possa ser dito em abono de qualquer tipo de garantia, soa a falso: ninguém pode prometer o que, à partida, sabe ser impossível cumprir. A freguesia tem carências que só poderão ser atenuadas ou resolvidas se houver intervenção exterior ao poder local, a começar pelos proprietários das casas devolutas. Procurar resolver algumas dessas situações, é uma prioridade. Não basta criar infra-estruturas, sejam elas quais forem, e depois não garantir a sua utilidade e manutenção. Estaremos atentos aos pormenores que envolvem o “Parque de Merendas”, onde se inclui o aproveitamento do rio, e será a partir daí que tentaremos desenvolver ideias (que existem!) e futuros projectos relacionados com o Turismo – essa é a nossa maior aposta! Há que dar dignidade à sede da Autarquia e criar condições para que o povo possa assistir, se assim o desejar, às Assembleias de Freguesia. Além disso, a Junta deve ter a “sua casa da cultura”, onde se possam realizar acções de várias tendências, incluindo Cursos e “Workshops” sem fins lucrativos. A responsabilidade de qualquer Junta de Freguesia, a meu ver, também passa pela cultura das minorias. A salubridade e o ambiente merecem e justificam atenção e cuidados. Falar das ruas e caminhos, dos arranjos e limpeza, nem vale a pena porque tudo isso está implícito nas competências da Junta; não se pode, nem deve, usar essa obrigação autárquica como bandeira eleitoral, porque arredonda o ridículo da questão, como é redondo propagandear obras e acções de carácter privado. “Fazer mais e melhor” do que tem sido feito (refiro-me a iniciativas patrocinadas pela Junta de Freguesia e não pela Câmara Municipal) é, de facto, extremamente fácil: basta ter sensibilidade e gosto pela estética do belo, alindando e dinamizando alguns espaços naturais, como é o caso do Urtigal, para justificar o slogan. Não somos utópicos nas promessas, mas tentaremos realizar, de forma abrangente, os doze pontos que constam da nossa carta de intenções, a ser distribuída em breve aos barrilenses. Como dizia Fernando Vale, citando Miguel Torga: “quem faz o que pode, faz o que deve”. Conscientes de todas as nossas limitações, subscrevemos a frase por inteiro! A equipa que leva consigo a sufrágio popular em Outubro, é a equipa de recurso ou a equipa que melhor pode servir o Barril de Alva? Equipa de recurso? Pelo contrário: TODAS as pessoas que integram a lista conhecem os traços primários dos objectivos da nossa candidatura, ninguém foi ao engano de qualquer tipo de chantagem emocional, promessas e/ou garantias para si ou familiares de complementos de reforma, subsídios de inserção, etc. Há um projecto, e para o levarmos a “bom porto”, convidei pessoas de qualidade; além disso, estamos empenhados na mudança de estilos e competências. Nem uma pessoa, das que desejei para os sete primeiros lugares da lista, recusou o convite. Portanto, são a “primeira escolha” e nunca alternativas. Devo referir um pormenor: depois da anuência do João Luís Gouveia e do Constantino Moura (2º e 3º da lista), todas as decisões passaram a ser consensuais, incluindo a escolha dos restantes membros. Não sei trabalhar de outro modo, que não este: aprecio e procuro a companhia de pessoas inteligentes, capazes, livres e independentes nas ideias, solidárias e fraternas. Foi assim durante os dez anos em que presidi aos destinos da Filarmónica, com os resultados que estão presentes na memória dos meus conterrâneos, agora….não podia ser diferente! Após uma luta eleitoral perdida por um voto há 12 anos, com contornos um pouco estranhos pelo meio, contra o agora também candidato pelo PSD, Rogério Leal, vai novamente travar uma batalha, um pouco "dejá-vu", contra a mesma pessoa. É uma desforra pessoal? Numa eleição democrática, o povo é soberano, logo não há lugar a desforras. Perdi essas eleições de forma estranha e duvidosa, de facto… Desta vez, o que volta a estar em jogo são as estratégias assumidas pelos candidatos, em nome dos dois partidos mais votados no concelho. Por mim, assumo a verticalidade com que o PS se apresenta a votos, mas reconheço que é uma “luta pessoal”, entre duas pessoas que têm trajectos pessoais diferentes, a vários níveis, formas diferentes de estar na sociedade, personalidades diferentes, gostos culturais diferentes, enfim…mental e fisicamente nada nos aproxima. O actual presidente da Junta de Freguesia e novamente candidato pelo PSD, prescindiu da secretária e do tesoureiro que o acompanharam nas últimas "gerências". Entende isso como uma fraqueza da lista, ou uma revitalização do PSD no Barril de Alva? Um conceituado advogado da nossa praça, que faz o favor de ser meu amigo, emprega bastante esta frase: “mais vale um mau acordo do que uma boa demanda”! Deve residir aqui a génese da sua pergunta. O candidato do PSD saberá porque agiu dessa forma. É uma excelente questão a merecer melhor resposta; o povo do Barril de Alva espera entender, neste caso, a “teoria do chiclete”! Todos sabemos que a militância partidária nas nossas aldeias é quase nula; nas freguesias como o Barril de Alva, os eleitores votam (para as Juntas de Freguesia) nas pessoas e muito pouco, quase nunca, nos partidos políticos. Mais do que ser militante de um partido, por vezes dá “um certo jeito” aos candidatos liderar uma instituição, sobretudo se for de carácter social, ou ser empregador. Sempre foi assim. O tempo dos partidos se revitalizarem, no mundo rural, pertence ao passado. De há uns anos a esta parte, o que se nota, em algumas situações, é o regresso de um certo tipo de caciquismo disfarçado em representação democrática. Voltou a “cultura do medo”, fazem-se ameaças veladas “à boca pequena”, promete-se o que é de Lei junto dos mais idosos – logo, mais sensíveis – como se tratasse de uma benesse pessoal, garantem-se empregos “invisíveis”… e fico por aqui!


Doze anos depois, volta a encabeçar uma lista do Partido Socialista, à Junta de Freguesia do Barril de Alva. O lema é fazer mais e melhor. Em que áreas querem fazer mais e melhor? O grupo de trabalho entendeu que, em caso de vitória, se deve pautar o mandato com coerência. Tudo o que possa ser dito em abono de qualquer tipo de garantia, soa a falso: ninguém pode prometer o que, à partida, sabe ser impossível cumprir. A freguesia tem carências que só poderão ser atenuadas ou resolvidas se houver intervenção exterior ao poder local, a começar pelos proprietários das casas devolutas. Procurar resolver algumas dessas situações, é uma prioridade. Não basta criar infra-estruturas, sejam elas quais forem, e depois não garantir a sua utilidade e manutenção. Estaremos atentos aos pormenores que envolvem o “Parque de Merendas”, onde se inclui o aproveitamento do rio, e será a partir daí que tentaremos desenvolver ideias (que existem!) e futuros projectos relacionados com o Turismo – essa é a nossa maior aposta! Há que dar dignidade à sede da Autarquia e criar condições para que o povo possa assistir, se assim o desejar, às Assembleias de Freguesia. Além disso, a Junta deve ter a “sua casa da cultura”, onde se possam realizar acções de várias tendências, incluindo Cursos e “Workshops” sem fins lucrativos. A responsabilidade de qualquer Junta de Freguesia, a meu ver, também passa pela cultura das minorias. A salubridade e o ambiente merecem e justificam atenção e cuidados. Falar das ruas e caminhos, dos arranjos e limpeza, nem vale a pena porque tudo isso está implícito nas competências da Junta; não se pode, nem deve, usar essa obrigação autárquica como bandeira eleitoral, porque arredonda o ridículo da questão, como é redondo propagandear obras e acções de carácter privado. “Fazer mais e melhor” do que tem sido feito (refiro-me a iniciativas patrocinadas pela Junta de Freguesia e não pela Câmara Municipal) é, de facto, extremamente fácil: basta ter sensibilidade e gosto pela estética do belo, alindando e dinamizando alguns espaços naturais, como é o caso do Urtigal, para justificar o slogan. Não somos utópicos nas promessas, mas tentaremos realizar, de forma abrangente, os doze pontos que constam da nossa carta de intenções, a ser distribuída em breve aos barrilenses. Como dizia Fernando Vale, citando Miguel Torga: “quem faz o que pode, faz o que deve”. Conscientes de todas as nossas limitações, subscrevemos a frase por inteiro! A equipa que leva consigo a sufrágio popular em Outubro, é a equipa de recurso ou a equipa que melhor pode servir o Barril de Alva? Equipa de recurso? Pelo contrário: TODAS as pessoas que integram a lista conhecem os traços primários dos objectivos da nossa candidatura, ninguém foi ao engano de qualquer tipo de chantagem emocional, promessas e/ou garantias para si ou familiares de complementos de reforma, subsídios de inserção, etc. Há um projecto, e para o levarmos a “bom porto”, convidei pessoas de qualidade; além disso, estamos empenhados na mudança de estilos e competências. Nem uma pessoa, das que desejei para os sete primeiros lugares da lista, recusou o convite. Portanto, são a “primeira escolha” e nunca alternativas. Devo referir um pormenor: depois da anuência do João Luís Gouveia e do Constantino Moura (2º e 3º da lista), todas as decisões passaram a ser consensuais, incluindo a escolha dos restantes membros. Não sei trabalhar de outro modo, que não este: aprecio e procuro a companhia de pessoas inteligentes, capazes, livres e independentes nas ideias, solidárias e fraternas. Foi assim durante os dez anos em que presidi aos destinos da Filarmónica, com os resultados que estão presentes na memória dos meus conterrâneos, agora….não podia ser diferente! Após uma luta eleitoral perdida por um voto há 12 anos, com contornos um pouco estranhos pelo meio, contra o agora também candidato pelo PSD, Rogério Leal, vai novamente travar uma batalha, um pouco "dejá-vu", contra a mesma pessoa. É uma desforra pessoal? Numa eleição democrática, o povo é soberano, logo não há lugar a desforras. Perdi essas eleições de forma estranha e duvidosa, de facto… Desta vez, o que volta a estar em jogo são as estratégias assumidas pelos candidatos, em nome dos dois partidos mais votados no concelho. Por mim, assumo a verticalidade com que o PS se apresenta a votos, mas reconheço que é uma “luta pessoal”, entre duas pessoas que têm trajectos pessoais diferentes, a vários níveis, formas diferentes de estar na sociedade, personalidades diferentes, gostos culturais diferentes, enfim…mental e fisicamente nada nos aproxima. O actual presidente da Junta de Freguesia e novamente candidato pelo PSD, prescindiu da secretária e do tesoureiro que o acompanharam nas últimas "gerências". Entende isso como uma fraqueza da lista, ou uma revitalização do PSD no Barril de Alva? Um conceituado advogado da nossa praça, que faz o favor de ser meu amigo, emprega bastante esta frase: “mais vale um mau acordo do que uma boa demanda”! Deve residir aqui a génese da sua pergunta. O candidato do PSD saberá porque agiu dessa forma. É uma excelente questão a merecer melhor resposta; o povo do Barril de Alva espera entender, neste caso, a “teoria do chiclete”! Todos sabemos que a militância partidária nas nossas aldeias é quase nula; nas freguesias como o Barril de Alva, os eleitores votam (para as Juntas de Freguesia) nas pessoas e muito pouco, quase nunca, nos partidos políticos. Mais do que ser militante de um partido, por vezes dá “um certo jeito” aos candidatos liderar uma instituição, sobretudo se for de carácter social, ou ser empregador. Sempre foi assim. O tempo dos partidos se revitalizarem, no mundo rural, pertence ao passado. De há uns anos a esta parte, o que se nota, em algumas situações, é o regresso de um certo tipo de caciquismo disfarçado em representação democrática. Voltou a “cultura do medo”, fazem-se ameaças veladas “à boca pequena”, promete-se o que é de Lei junto dos mais idosos – logo, mais sensíveis – como se tratasse de uma benesse pessoal, garantem-se empregos “invisíveis”… e fico por aqui!

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