Aliança PS/PSD revela "falta de decência"

17-05-2010
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O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou hoje que a aliança entre PS e PSD revela "falta de decência nas decisões económicas" e acusou os dois partidos de estarem a conduzir o país para o "abismo".

"Eu não sei se o doutor Passos Coelho está a fazer uma corrida com o engenheiro José Sócrates para saber quem é que corta mais depressa os salários e quem aumenta mais depressa os impostos", comentou Francisco Louçã que esta tarde escolheu a feira do livro, em Lisboa, como local de contacto com a população para a distribuição de jornais do BE.

Francisco Louçã reagia assim à entrevista de Pedro Passos Coelho hoje divulgada pelo Jornal de Notícias e na qual o líder do PSD dizia não ter dado "a mão ao Governo, mas ao país" e considerava que caso tivesse sido eleito primeiro ministro, há seis meses, "a crise não teria chegado onde chegou".

"O paradoxo da política portuguesa é que tínhamos um Sócrates até estas medidas e passámos a ter dois: os dois [José Sócrates e Passos Coelho] são iguais e estão de acordo no aumento dos impostos e na redução dos salários e acham que o abismo é o caminho para onde Portugal deve caminhar cantando e rindo", disse.

No entender do dirigente bloquista, Portugal precisa "de uma economia que recupere o emprego, que seja séria no combate à corrupção, que seja mobilizadora no combate à precariedade" e não, "o contrário".

"Correr para o abismo não é solução"

"Em toda a Europa estas medidas provocaram um afundamento da bolsa que reconheceu que vem uma nova recessão a caminho e essa é pior notícia de todas", comentou Louçã, reiterando a necessidade de "proteger os salários, criar emprego, diminuir a precariedade, aumentar as qualificações e obter impostos de quem nunca pagou e não aos pobres".

Referiu ainda que "correr para o abismo é a pior das soluções e não vale a pena pedir desculpas, pois quando se cair no abismo não há desculpas possíveis".

"Precisamos de sensatez neste país e não do doutor Passos Coelho a repetir o que o engenheiro Sócrates fez ou a apoiar esta santíssima aliança do aumento dos impostos. Precisamos, pelo contrário, de uma política séria", reiterou o dirigente do BE.

Questionado sobre a anulação do concurso para a terceira travessia do Tejo, Louçã denunciou a "confusão" que reina na cena política atual.

"Ninguém sabe o que o Governo quer e o pior que pode acontecer numa crise financeira é a confusão que depois se torna em medidas duríssimas contra o trabalhador", comentou Louçã, que lançou um apelo aos portugueses para que participem no protesto de 29 de maio onde poderão mostrar "uma resposta sensata e democrática".

"Atacar a segurança social e os salário médios de 700 euros não resolve os problemas do país, piora e nós precisamos de uma economia que se concentre no essencial e o essencial é ter decência nas decisões económicas e é isso que tem faltado a esta aliança entre o PS e o PSD", concluiu Francisco Louçã.

O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou hoje que a aliança entre PS e PSD revela "falta de decência nas decisões económicas" e acusou os dois partidos de estarem a conduzir o país para o "abismo".

"Eu não sei se o doutor Passos Coelho está a fazer uma corrida com o engenheiro José Sócrates para saber quem é que corta mais depressa os salários e quem aumenta mais depressa os impostos", comentou Francisco Louçã que esta tarde escolheu a feira do livro, em Lisboa, como local de contacto com a população para a distribuição de jornais do BE.

Francisco Louçã reagia assim à entrevista de Pedro Passos Coelho hoje divulgada pelo Jornal de Notícias e na qual o líder do PSD dizia não ter dado "a mão ao Governo, mas ao país" e considerava que caso tivesse sido eleito primeiro ministro, há seis meses, "a crise não teria chegado onde chegou".

"O paradoxo da política portuguesa é que tínhamos um Sócrates até estas medidas e passámos a ter dois: os dois [José Sócrates e Passos Coelho] são iguais e estão de acordo no aumento dos impostos e na redução dos salários e acham que o abismo é o caminho para onde Portugal deve caminhar cantando e rindo", disse.

No entender do dirigente bloquista, Portugal precisa "de uma economia que recupere o emprego, que seja séria no combate à corrupção, que seja mobilizadora no combate à precariedade" e não, "o contrário".

"Correr para o abismo não é solução"

"Em toda a Europa estas medidas provocaram um afundamento da bolsa que reconheceu que vem uma nova recessão a caminho e essa é pior notícia de todas", comentou Louçã, reiterando a necessidade de "proteger os salários, criar emprego, diminuir a precariedade, aumentar as qualificações e obter impostos de quem nunca pagou e não aos pobres".

Referiu ainda que "correr para o abismo é a pior das soluções e não vale a pena pedir desculpas, pois quando se cair no abismo não há desculpas possíveis".

"Precisamos de sensatez neste país e não do doutor Passos Coelho a repetir o que o engenheiro Sócrates fez ou a apoiar esta santíssima aliança do aumento dos impostos. Precisamos, pelo contrário, de uma política séria", reiterou o dirigente do BE.

Questionado sobre a anulação do concurso para a terceira travessia do Tejo, Louçã denunciou a "confusão" que reina na cena política atual.

"Ninguém sabe o que o Governo quer e o pior que pode acontecer numa crise financeira é a confusão que depois se torna em medidas duríssimas contra o trabalhador", comentou Louçã, que lançou um apelo aos portugueses para que participem no protesto de 29 de maio onde poderão mostrar "uma resposta sensata e democrática".

"Atacar a segurança social e os salário médios de 700 euros não resolve os problemas do país, piora e nós precisamos de uma economia que se concentre no essencial e o essencial é ter decência nas decisões económicas e é isso que tem faltado a esta aliança entre o PS e o PSD", concluiu Francisco Louçã.

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