Tragédia e bancarrota social são algumas das expressões usadas pelos partidos à esquerda e à direita do PS perante os últimos dados sobre a perda de postos de trabalho em Portugal. Uma nova metodologia levou a uma atualização da taxa de desemprego para os 12,4 por cento. José Sócrates apoia-se na nova forma de fazer as contas e insiste no impacto da crise internacional. Os adversários culpam-no pela escalada dos números.
“Quebra de série”
De acordo com os números do INE, a taxa de desemprego em Portugal atingiu, no primeiro trimestre de 2011, os 12,4 por cento. O Instituto refere, no entanto, que a taxa teria sido de 11,4 por cento, caso se tivesse mantido “o modo de recolha anterior” – nos últimos três meses do ano passado, a taxa foi de 10,6 por cento.
A realização de entrevistas por telefone, em vez do modo presencial, é a principal mudança introduzida pela nova metodologia de recolha de informação para as Estatísticas do Emprego. Ao abrigo das novas regras, a primeira entrevista ao alojamento é realizada presencialmente. As cinco entrevistas seguintes realizam-se ao telefone, a não ser que o agregado familiar não concorde com este modo. Há também “adaptações do questionário à inquirição telefónica e a adoção de novas tecnologias no processo de desenvolvimento e supervisão do trabalho de campo”.
"Face à introdução destas alterações, os resultados agora publicados não permitem uma comparação direta com os dados anteriores, configurando, assim, uma quebra de série", sublinha o INE nas Estatísticas do Emprego.
Os dados revelam que a taxa de desemprego mais elevada pertence ao Algarve, com 17 por cento, seguindo-se a Madeira, com 13,9 por cento, e Lisboa, com 13,6 por cento da população ativa sem trabalho.
Na distribuição etária, são ainda os trabalhadores mais velhos que mais engrossam a taxa de desemprego do país: 30,3 por cento dos desempregados têm 45 ou mais anos; entre os grupos etários dos 25 aos 34 anos e dos 35 aos 44 anos, as taxas são de 28,5 e de 23,3 por cento, respetivamente; os jovens dos 15 aos 24 anos representam 18 por cento do desemprego total.
Quanto às habilitações literárias, de janeiro a março deste ano 67,4 por cento dos desempregados tinham, no máximo, o 3.º ciclo do Ensino Básico, 20,3 por cento tinham completado o Secundário ou pós-Secundário e 12,3 por cento tinham formação superior.
“Bancarrota social”
“Deve-se à nova metodologia”
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Tragédia e bancarrota social são algumas das expressões usadas pelos partidos à esquerda e à direita do PS perante os últimos dados sobre a perda de postos de trabalho em Portugal. Uma nova metodologia levou a uma atualização da taxa de desemprego para os 12,4 por cento. José Sócrates apoia-se na nova forma de fazer as contas e insiste no impacto da crise internacional. Os adversários culpam-no pela escalada dos números.
“Quebra de série”
De acordo com os números do INE, a taxa de desemprego em Portugal atingiu, no primeiro trimestre de 2011, os 12,4 por cento. O Instituto refere, no entanto, que a taxa teria sido de 11,4 por cento, caso se tivesse mantido “o modo de recolha anterior” – nos últimos três meses do ano passado, a taxa foi de 10,6 por cento.
A realização de entrevistas por telefone, em vez do modo presencial, é a principal mudança introduzida pela nova metodologia de recolha de informação para as Estatísticas do Emprego. Ao abrigo das novas regras, a primeira entrevista ao alojamento é realizada presencialmente. As cinco entrevistas seguintes realizam-se ao telefone, a não ser que o agregado familiar não concorde com este modo. Há também “adaptações do questionário à inquirição telefónica e a adoção de novas tecnologias no processo de desenvolvimento e supervisão do trabalho de campo”.
"Face à introdução destas alterações, os resultados agora publicados não permitem uma comparação direta com os dados anteriores, configurando, assim, uma quebra de série", sublinha o INE nas Estatísticas do Emprego.
Os dados revelam que a taxa de desemprego mais elevada pertence ao Algarve, com 17 por cento, seguindo-se a Madeira, com 13,9 por cento, e Lisboa, com 13,6 por cento da população ativa sem trabalho.
Na distribuição etária, são ainda os trabalhadores mais velhos que mais engrossam a taxa de desemprego do país: 30,3 por cento dos desempregados têm 45 ou mais anos; entre os grupos etários dos 25 aos 34 anos e dos 35 aos 44 anos, as taxas são de 28,5 e de 23,3 por cento, respetivamente; os jovens dos 15 aos 24 anos representam 18 por cento do desemprego total.
Quanto às habilitações literárias, de janeiro a março deste ano 67,4 por cento dos desempregados tinham, no máximo, o 3.º ciclo do Ensino Básico, 20,3 por cento tinham completado o Secundário ou pós-Secundário e 12,3 por cento tinham formação superior.
“Bancarrota social”
“Deve-se à nova metodologia”