Sócrates-Passos Coelho: Um debate decisivo

24-05-2011
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Líderes do PS e do PSD encontram-se hoje na televisão para um frente-a-frente em que jogam o "tudo por tudo" que pode ajudar a decidir as eleições legislativas

É o frente-a-frente mais esperado entre dois candidatos a primeiro-ministro: José Sócrates, líder do PS, e Pedro Passos Coelho, presidente do PSD. De um lado estará Sócrates, desgastado por seis anos de Governo, mas experimentado nestas "lutas televisivas". Do outro, Passos Coelho, um estreante e presidente de um partido que não "descola" nas sondagens.

A duas semanas de umas legislativas muito disputadas - as sondagens apontam para um empate técnico entre socialistas e sociais-democratas, com um elevado número de indecisos -, este pode ser um debate determinante. Adelino Maltez, sociólogo e professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), citado ontem pela Lusa, arrisca mesmo dizer que "pode dar maioria absoluta a um dos dois partidos".

De um lado e do outro, os dois candidatos vão preparar-se a fundo. Hoje, vão interromper a campanha "na estrada" para ensaiar argumentos. E a avaliar pelo tom da pré-campanha, este será um debate "quente" entre Passos Coelho, que se diz "obrigado" a ganhar estas eleições, e José Sócrates que, apesar de seis anos de governação, vê o PS muito próximo dos sociais-democratas nas intenções de voto. Há temas incontornáveis, como a redução da taxa social única, ou o "ataque" ao Estado Social, de que o PS acusa o PSD.

Os debates na TV são um ritual nas campanhas para os quais as máquinas e os candidatos se preparam. Dentro da sua Comissão Política, Passos tem até uma especialista neste dossier - Nilza de Sena, vice-presidente do partido e professora de Ciências Políticas, autora da tese de mestrado sobre A interpretação política do debate televisivo. Os debates podem ajudar à decisão, sobretudo, do eleitorado flutuante, além de permitirem uma avaliação das qualidades dos candidatos a primeiro-ministro, defendeu Nilza de Sena, quando, em 2005, foi publicada a sua tese em livro. Uma tese tanto mais actual quando, nestas eleições, PS e PSD estão "amarrados" ao acordo da troika da União Europeia, BCE e FMI, e os eleitores querem conhecer as diferenças e as propostas de um e de outro.

À partida, os dois candidatos vão gerir vantagens e desvantagens.

Sócrates e o PS dão sinais de desgaste por seis anos de governação, embora, entre os socialistas, se confie tanto na combatividade como na experiência de Sócrates neste tipo de debates.

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Do lado de Passos, a estratégia tem sido tentar transformar as legislativas de 5 de Junho numa espécie de plebiscito à governação do PS nos últimos anos, que deverá ter uma tradução no debate. Mas Passos tem essa desvantagem da falta de treino televisivo, apesar do "aquecimento" nos debates com Paulo Portas (CDS), Jerónimo de Sousa (PCP) e Francisco Louçã (Bloco de Esquerda).

À partida, este será um dos debates mais vistos da série de que as televisões organizaram nas últimas duas semanas. Em 2005, o frente-a-frente de Sócrates com Pedro Santana Lopes, líder do PSD derrotado nas legislativas, foi seguido por mais de 2,2 milhões de telespectadores.

Este será um debate único. Dificilmente Passos e Sócrates voltarão a encontrar-se nos próximos tempos. Porque dificilmente um conseguirá sobreviver à vitória do outro. A 5 de Junho, esta é uma questão de "nós ou eles".

Líderes do PS e do PSD encontram-se hoje na televisão para um frente-a-frente em que jogam o "tudo por tudo" que pode ajudar a decidir as eleições legislativas

É o frente-a-frente mais esperado entre dois candidatos a primeiro-ministro: José Sócrates, líder do PS, e Pedro Passos Coelho, presidente do PSD. De um lado estará Sócrates, desgastado por seis anos de Governo, mas experimentado nestas "lutas televisivas". Do outro, Passos Coelho, um estreante e presidente de um partido que não "descola" nas sondagens.

A duas semanas de umas legislativas muito disputadas - as sondagens apontam para um empate técnico entre socialistas e sociais-democratas, com um elevado número de indecisos -, este pode ser um debate determinante. Adelino Maltez, sociólogo e professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), citado ontem pela Lusa, arrisca mesmo dizer que "pode dar maioria absoluta a um dos dois partidos".

De um lado e do outro, os dois candidatos vão preparar-se a fundo. Hoje, vão interromper a campanha "na estrada" para ensaiar argumentos. E a avaliar pelo tom da pré-campanha, este será um debate "quente" entre Passos Coelho, que se diz "obrigado" a ganhar estas eleições, e José Sócrates que, apesar de seis anos de governação, vê o PS muito próximo dos sociais-democratas nas intenções de voto. Há temas incontornáveis, como a redução da taxa social única, ou o "ataque" ao Estado Social, de que o PS acusa o PSD.

Os debates na TV são um ritual nas campanhas para os quais as máquinas e os candidatos se preparam. Dentro da sua Comissão Política, Passos tem até uma especialista neste dossier - Nilza de Sena, vice-presidente do partido e professora de Ciências Políticas, autora da tese de mestrado sobre A interpretação política do debate televisivo. Os debates podem ajudar à decisão, sobretudo, do eleitorado flutuante, além de permitirem uma avaliação das qualidades dos candidatos a primeiro-ministro, defendeu Nilza de Sena, quando, em 2005, foi publicada a sua tese em livro. Uma tese tanto mais actual quando, nestas eleições, PS e PSD estão "amarrados" ao acordo da troika da União Europeia, BCE e FMI, e os eleitores querem conhecer as diferenças e as propostas de um e de outro.

À partida, os dois candidatos vão gerir vantagens e desvantagens.

Sócrates e o PS dão sinais de desgaste por seis anos de governação, embora, entre os socialistas, se confie tanto na combatividade como na experiência de Sócrates neste tipo de debates.

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Do lado de Passos, a estratégia tem sido tentar transformar as legislativas de 5 de Junho numa espécie de plebiscito à governação do PS nos últimos anos, que deverá ter uma tradução no debate. Mas Passos tem essa desvantagem da falta de treino televisivo, apesar do "aquecimento" nos debates com Paulo Portas (CDS), Jerónimo de Sousa (PCP) e Francisco Louçã (Bloco de Esquerda).

À partida, este será um dos debates mais vistos da série de que as televisões organizaram nas últimas duas semanas. Em 2005, o frente-a-frente de Sócrates com Pedro Santana Lopes, líder do PSD derrotado nas legislativas, foi seguido por mais de 2,2 milhões de telespectadores.

Este será um debate único. Dificilmente Passos e Sócrates voltarão a encontrar-se nos próximos tempos. Porque dificilmente um conseguirá sobreviver à vitória do outro. A 5 de Junho, esta é uma questão de "nós ou eles".

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