As escolhas do Beijokense: Resposta do deputado Acácio Pinto

21-01-2012
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Com a devida autorização, reproduzo na íntegra a resposta (ao post anterior) que o deputado Acácio Pinto teve a gentileza de me enviar.

Meu Caro Amigo,

Antes de mais permita-me que o cumprimente pela interpelação que me faz.
É evidente que as energias renováveis (eólica e hídrica) devem a sua maior ou menor produção às condições meteorológicas. Mas também sabe que há estudos climatológicos que permitem definir um conjunto de normais climáticas que sustentam os investimentos sabendo-se que este desempenho não é uniforme ao longo do ano.
Concordará também, com certeza, que as renováveis tiveram um grande incremento nos últimos cinco anos de Governo do PS e de José Sócrates.
Sabe, de igual modo, que no nosso distrito irão ser construídas três novas barragens (Girabolhos, em Mangualde, no Mondego; Pinhosão, no Vouga, em S. Pedro do Sul; Ribeiradio, no Vouga, em Oliveira de Frades, esta já em construção) e sabe também que o distrito de Viseu é dos principais produtores de energia eólica a nível nacional (Serras do Caramulo, Montemuro, Nave/Leomil, Santa Helena, Meadas...).
Portugal desenvolveu, igualmente, uma fileira industrial em torno destas energias e temos um sector económico organizado em torno destas energias (destaco p.e. a Martifer em O.Frades, onde são produzidos torres eólicas e respectivos equipamentos de produção) entre outras indústrias dispersas pelo país e que, inclusivamente, já exportam torres.
Mas deixe-me também falar-lhe na energia fotovoltaica que se está a disseminar por todo o país, com destaque para o Alentejo onde há muitas grandes centrais de produção de energia a partir da solar e que a Martifer tem, em Oliveira de Frades, um unidade de produção, moderníssima, toda robotizada.
Enfim, esta discussão levar-nos-ia muito longe. Mas parece-me que não restam dúvidas de que esta foi uma boa aposta que dinamizou a economia, criou emprego e acaba por reduzir a importação de energia fóssil.
Quanto aos dados apresentados eles são referentes ao mês de Dezembro de 2009 em que Portugal exportou mais energia para Espanha do aquela que importou.
Quanto aos 75% de energia conseguida a partir da eólica e hídrica refere-se à última semana de Dezembro.
Não há, portanto, nada de errado no que afirmo. A sua análise, que respeito, é feita numa escala de tempo alargada e recua até uma época em que estas energias ainda não estavam tão disseminadas. Creio que nos próximos anos vamos continuar a melhorar o nosso desempenho, sendo que temos também que investir na eficiência energética.
Muito mais haveria a dizer...

Os meus cumprimentos e ao dispor.

Acácio Pinto


Com a devida autorização, reproduzo na íntegra a resposta (ao post anterior) que o deputado Acácio Pinto teve a gentileza de me enviar.

Meu Caro Amigo,

Antes de mais permita-me que o cumprimente pela interpelação que me faz.
É evidente que as energias renováveis (eólica e hídrica) devem a sua maior ou menor produção às condições meteorológicas. Mas também sabe que há estudos climatológicos que permitem definir um conjunto de normais climáticas que sustentam os investimentos sabendo-se que este desempenho não é uniforme ao longo do ano.
Concordará também, com certeza, que as renováveis tiveram um grande incremento nos últimos cinco anos de Governo do PS e de José Sócrates.
Sabe, de igual modo, que no nosso distrito irão ser construídas três novas barragens (Girabolhos, em Mangualde, no Mondego; Pinhosão, no Vouga, em S. Pedro do Sul; Ribeiradio, no Vouga, em Oliveira de Frades, esta já em construção) e sabe também que o distrito de Viseu é dos principais produtores de energia eólica a nível nacional (Serras do Caramulo, Montemuro, Nave/Leomil, Santa Helena, Meadas...).
Portugal desenvolveu, igualmente, uma fileira industrial em torno destas energias e temos um sector económico organizado em torno destas energias (destaco p.e. a Martifer em O.Frades, onde são produzidos torres eólicas e respectivos equipamentos de produção) entre outras indústrias dispersas pelo país e que, inclusivamente, já exportam torres.
Mas deixe-me também falar-lhe na energia fotovoltaica que se está a disseminar por todo o país, com destaque para o Alentejo onde há muitas grandes centrais de produção de energia a partir da solar e que a Martifer tem, em Oliveira de Frades, um unidade de produção, moderníssima, toda robotizada.
Enfim, esta discussão levar-nos-ia muito longe. Mas parece-me que não restam dúvidas de que esta foi uma boa aposta que dinamizou a economia, criou emprego e acaba por reduzir a importação de energia fóssil.
Quanto aos dados apresentados eles são referentes ao mês de Dezembro de 2009 em que Portugal exportou mais energia para Espanha do aquela que importou.
Quanto aos 75% de energia conseguida a partir da eólica e hídrica refere-se à última semana de Dezembro.
Não há, portanto, nada de errado no que afirmo. A sua análise, que respeito, é feita numa escala de tempo alargada e recua até uma época em que estas energias ainda não estavam tão disseminadas. Creio que nos próximos anos vamos continuar a melhorar o nosso desempenho, sendo que temos também que investir na eficiência energética.
Muito mais haveria a dizer...

Os meus cumprimentos e ao dispor.

Acácio Pinto

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