Nuno de Matos: Alto Minho artigo de 18-04-2008

22-01-2012
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Chutar para cantoÉ inegável que a vila de Ponte de Lima tem assistido, nos últimos tempos, a uma vaga de assaltos. Com ela veio a moda de apontar o dedo sempre na mesma direcção, a da Santa Casa da Misericórdia.Infelizmente essa moda parece ter chegado ao nosso mais alto representante autárquico. Daniel Campelo, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, na última Assembleia Municipal não se coibiu de fazer acusações generalistas sobre os responsáveis da vaga de assaltos. Afirmações no mínimo lamentáveis.E por quê lamentáveis? Primeiro porque generalizar a responsabilidade da vaga de assaltos, imputando-a aos “rapazes da Santa Casa”, é carimbar de forma genérica crianças com um passado familiar e pessoal desfavorecido, sendo que em nada essa simplificação argumentativa ajudará na melhoria da sua situação. Antes pelo contrário, apenas contribui para aumentar a estigmatização social. Em segundo lugar, porque essa generalização é injusta também para as pessoas e a instituição envolvidas e que diariamente contribuem para que essas crianças tenham a melhor integração social possível.Por vezes esquecem-se as várias crianças que por lá passaram, que hoje são detentoras de formação pessoal, de formação académica, sendo adultos completamente integrados na sociedade.É lamentável quando o poder político, quando a escola, quando a sociedade não ajudam na missão de integração, tornando-a até mais complicada. A guetização, como a história nos mostra, nunca produziu bons resultados.Será que o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima ao generalizar, como fez na Assembleia Municipal, pensou realmente nas implicações que as suas afirmações teriam para as crianças visadas? Ainda bem que o presidente da Assembleia Municipal, Abel Baptista, teve o discernimento da gravidade de tamanhas afirmações demarcando-se das mesmas.Ah, já agora, não considero esta atitude de Abel Baptista como mais uma demarcação da gestão de Daniel Campelo, esta seria aliás uma análise simplória e enviesada da situação. Esta atitude apenas demonstrou que Abel Baptista teve bom senso e Daniel Campelo não.


Chutar para cantoÉ inegável que a vila de Ponte de Lima tem assistido, nos últimos tempos, a uma vaga de assaltos. Com ela veio a moda de apontar o dedo sempre na mesma direcção, a da Santa Casa da Misericórdia.Infelizmente essa moda parece ter chegado ao nosso mais alto representante autárquico. Daniel Campelo, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, na última Assembleia Municipal não se coibiu de fazer acusações generalistas sobre os responsáveis da vaga de assaltos. Afirmações no mínimo lamentáveis.E por quê lamentáveis? Primeiro porque generalizar a responsabilidade da vaga de assaltos, imputando-a aos “rapazes da Santa Casa”, é carimbar de forma genérica crianças com um passado familiar e pessoal desfavorecido, sendo que em nada essa simplificação argumentativa ajudará na melhoria da sua situação. Antes pelo contrário, apenas contribui para aumentar a estigmatização social. Em segundo lugar, porque essa generalização é injusta também para as pessoas e a instituição envolvidas e que diariamente contribuem para que essas crianças tenham a melhor integração social possível.Por vezes esquecem-se as várias crianças que por lá passaram, que hoje são detentoras de formação pessoal, de formação académica, sendo adultos completamente integrados na sociedade.É lamentável quando o poder político, quando a escola, quando a sociedade não ajudam na missão de integração, tornando-a até mais complicada. A guetização, como a história nos mostra, nunca produziu bons resultados.Será que o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima ao generalizar, como fez na Assembleia Municipal, pensou realmente nas implicações que as suas afirmações teriam para as crianças visadas? Ainda bem que o presidente da Assembleia Municipal, Abel Baptista, teve o discernimento da gravidade de tamanhas afirmações demarcando-se das mesmas.Ah, já agora, não considero esta atitude de Abel Baptista como mais uma demarcação da gestão de Daniel Campelo, esta seria aliás uma análise simplória e enviesada da situação. Esta atitude apenas demonstrou que Abel Baptista teve bom senso e Daniel Campelo não.

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