Portas: “Portugueses não perdoariam que a sua vontade fosse desrespeitada”

06-10-2015
marcar artigo

Na hora da vitória da coligação, Paulo Portas sublinhou esta noite que "os portugueses escolheram com total clareza o PSD e o CDS para serem governo nos próximos quatro anos" e "não perdoariam que a sua vontade expressa nas urnas fosse desrespeitada". E deixou farpas ao PS, já depois de António Costa ter feito a sua declaração de derrota e promessa de continuidade.

Voltando a assumir a função (que cumpriu durante a campanha eleitoral) de disparar sobre a oposição, Portas frisou que o país recusou as vozes da "obstrução" e derrotou o PS. Mas para os socialistas mostrou língua afiada: "A derrota do PS é inapelável. O resultado do PS fica na casa do que obteve nas eleições europeias, cujas consequências foram as que se conhecem"... Um enorme aplauso interrompeu a frase de Portas, que só depois a concluiu: "... mas isso não são contas do nosso rosário".

Em todo o caso, o número dois da coligação lembrou que o resultado do PS de Costa foi o "oposto das expetativas que se anunciavam há poucos meses", assim como ficou muito aquém "do pedido expresso de maioria absoluta" feito pelo líder socialista. E concluiu que "não é possível tentar transformar uma derrota nas urnas numa espécie de vitória de secretaria".

Governar em crescimento económico

Falando antes de Pedro Passos Coelho, que estava ao seu lado durante a declaração conjunta de vitória, e perante boa parte dos ainda ministros e uma sala cheia de apoiantes, o líder do CDS começou por sublinhar que "a coligação Portugal à Frente venceu as eleições com clareza e significativa distância em relação ao segundo classificado". Lembrando a evolução eleitoral da coligação desde as europeias, notou que "progredimos significativamente, embora não totalmente, na reconciliação com o nosso eleitorado".

Portas apontou o erro dos que "nos deram precipitadamente como acabados", e deixou uma pista sobre o dado que poderá ser determinante na legislatura que agora começa: é certo que a coligação já não terá maioria absoluta, mas também já não estará a governar "em estado de emergência". Pelo contrário, agradeceu aos portugueses terem dado à direita "a possibilidade de governar em tempo de crescimento".

Portas prometeu saber "ler e respeitar" a mudança que decorre da maioria de esquerda em termos de lugares no Parlamento, mas avisou que "não vale a pena apelar a qualquer insurreição" ou fomentar "qualquer espécie de guerrilha a crédito".

O líder do CDS deixou ainda uma palavra ao seu partido, para fazer as contas e moderar o entusiasmo que invadiu o Bloco de Esquerda. Reconheceu que o BE superou o PCP no campeonato da esquerda, mas puxou dos seus galões em termos de lugares em São Bento. "O CDS estará em condições, por si ou ex-aqueo, de ser o terceiro grupo parlamentar".

Na hora da vitória da coligação, Paulo Portas sublinhou esta noite que "os portugueses escolheram com total clareza o PSD e o CDS para serem governo nos próximos quatro anos" e "não perdoariam que a sua vontade expressa nas urnas fosse desrespeitada". E deixou farpas ao PS, já depois de António Costa ter feito a sua declaração de derrota e promessa de continuidade.

Voltando a assumir a função (que cumpriu durante a campanha eleitoral) de disparar sobre a oposição, Portas frisou que o país recusou as vozes da "obstrução" e derrotou o PS. Mas para os socialistas mostrou língua afiada: "A derrota do PS é inapelável. O resultado do PS fica na casa do que obteve nas eleições europeias, cujas consequências foram as que se conhecem"... Um enorme aplauso interrompeu a frase de Portas, que só depois a concluiu: "... mas isso não são contas do nosso rosário".

Em todo o caso, o número dois da coligação lembrou que o resultado do PS de Costa foi o "oposto das expetativas que se anunciavam há poucos meses", assim como ficou muito aquém "do pedido expresso de maioria absoluta" feito pelo líder socialista. E concluiu que "não é possível tentar transformar uma derrota nas urnas numa espécie de vitória de secretaria".

Governar em crescimento económico

Falando antes de Pedro Passos Coelho, que estava ao seu lado durante a declaração conjunta de vitória, e perante boa parte dos ainda ministros e uma sala cheia de apoiantes, o líder do CDS começou por sublinhar que "a coligação Portugal à Frente venceu as eleições com clareza e significativa distância em relação ao segundo classificado". Lembrando a evolução eleitoral da coligação desde as europeias, notou que "progredimos significativamente, embora não totalmente, na reconciliação com o nosso eleitorado".

Portas apontou o erro dos que "nos deram precipitadamente como acabados", e deixou uma pista sobre o dado que poderá ser determinante na legislatura que agora começa: é certo que a coligação já não terá maioria absoluta, mas também já não estará a governar "em estado de emergência". Pelo contrário, agradeceu aos portugueses terem dado à direita "a possibilidade de governar em tempo de crescimento".

Portas prometeu saber "ler e respeitar" a mudança que decorre da maioria de esquerda em termos de lugares no Parlamento, mas avisou que "não vale a pena apelar a qualquer insurreição" ou fomentar "qualquer espécie de guerrilha a crédito".

O líder do CDS deixou ainda uma palavra ao seu partido, para fazer as contas e moderar o entusiasmo que invadiu o Bloco de Esquerda. Reconheceu que o BE superou o PCP no campeonato da esquerda, mas puxou dos seus galões em termos de lugares em São Bento. "O CDS estará em condições, por si ou ex-aqueo, de ser o terceiro grupo parlamentar".

marcar artigo