Sérgio Sousa Pinto diz que o PCP se aproximou do PS apenas devido à ameaça do Bloco

14-10-2015
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O PCP não está verdadeiramente interessado em formar Governo e apenas se move por “objetivos mesquinhos” - escreve Sérgio Sousa Pinto, naquela que é a sua primeira declaração pública após ter-se demitido do secretariado nacional do PS no sábado, devido à sua discordância com a hipótese da formação de um Governo de coligação com comunistas e bloquistas

Sérgio Sousa Pinto escreve que o PCP está apenas a “improvisar para sobreviver” e que a súbita aproximação ao PS nas negociações para a formação de um Governo à esquerda apenas se deve a ter sido ultrapassado nas eleições pelo Bloco de Esquerda. Defende que os comunistas, na verdade não estão interessados no “fardo de governar”.

A mensagem, publicada esta quarta-feira na sua página no Facebook, surge como a sua primeira declaração pública, após o ex-líder da JS se ter demitido do Secretariado Nacional socialista por discordar das negociações para o partido formar Governo, considerando que o Executivo deveria ser assumido pela coligação Portugal à Frente.

“O Partido Comunista Português combateu o PS, sem desfalecimento, de 1974 até à semana passada. Censurou e derrubou governos socialistas e não votou a favor de um único orçamento apresentado pelo PS, em quatro décadas (…) Depois de uma campanha em que o PS foi, pela milionésima vez, acusado de ser igual à direita, a chama do sectarismo comunista, uma espécie de tocha olímpica, subitamente apagou-se! Porquê?”, questiona Sousa Pinto, para explicar logo de seguida que o motivo se deve a que tenha saído das eleições “uma ameaça que punha em causa a aconchegada inutilidade do PCP”. Para Sousa Pinto, a ultrapassagem pelo Bloco de Esquerda, tanto em número de votos como de mandatos, levou o PCP a ter de “improvisar para sobreviver”.

"Num dos mais inesperados golpes de rins da sua história, o PCP ultrapassou o Bloco no desejo irreprimível de viabilizar um governo PS, orçamento e tudo. Desconcertado, o Bloco, adiou a reunião prevista com o PS e, entalado pelo PCP, foi, muito contrariado, estudar compromissos possíveis com o PS”, acrescenta.

Sousa Pinto considera que tanto o PCP como o Bloco não estão interessados no “fardo de governar”: “Querem um governo fraco do PS, para derrubarem quando for oportuno. Quando o Bloco descer e o PCP subir? Quando o Bloco subir e superar o PS nas sondagens? Não sei. Talvez um destes mesquinhos objetivos tácticos seja alcançado”.

Uma estratégia que diz ir acabar por conduzir a que a direita venha a ter uma maioria absoluta, que irá manter “enquanto o país se lembrar dos dias que estamos a viver”.

O PCP não está verdadeiramente interessado em formar Governo e apenas se move por “objetivos mesquinhos” - escreve Sérgio Sousa Pinto, naquela que é a sua primeira declaração pública após ter-se demitido do secretariado nacional do PS no sábado, devido à sua discordância com a hipótese da formação de um Governo de coligação com comunistas e bloquistas

Sérgio Sousa Pinto escreve que o PCP está apenas a “improvisar para sobreviver” e que a súbita aproximação ao PS nas negociações para a formação de um Governo à esquerda apenas se deve a ter sido ultrapassado nas eleições pelo Bloco de Esquerda. Defende que os comunistas, na verdade não estão interessados no “fardo de governar”.

A mensagem, publicada esta quarta-feira na sua página no Facebook, surge como a sua primeira declaração pública, após o ex-líder da JS se ter demitido do Secretariado Nacional socialista por discordar das negociações para o partido formar Governo, considerando que o Executivo deveria ser assumido pela coligação Portugal à Frente.

“O Partido Comunista Português combateu o PS, sem desfalecimento, de 1974 até à semana passada. Censurou e derrubou governos socialistas e não votou a favor de um único orçamento apresentado pelo PS, em quatro décadas (…) Depois de uma campanha em que o PS foi, pela milionésima vez, acusado de ser igual à direita, a chama do sectarismo comunista, uma espécie de tocha olímpica, subitamente apagou-se! Porquê?”, questiona Sousa Pinto, para explicar logo de seguida que o motivo se deve a que tenha saído das eleições “uma ameaça que punha em causa a aconchegada inutilidade do PCP”. Para Sousa Pinto, a ultrapassagem pelo Bloco de Esquerda, tanto em número de votos como de mandatos, levou o PCP a ter de “improvisar para sobreviver”.

"Num dos mais inesperados golpes de rins da sua história, o PCP ultrapassou o Bloco no desejo irreprimível de viabilizar um governo PS, orçamento e tudo. Desconcertado, o Bloco, adiou a reunião prevista com o PS e, entalado pelo PCP, foi, muito contrariado, estudar compromissos possíveis com o PS”, acrescenta.

Sousa Pinto considera que tanto o PCP como o Bloco não estão interessados no “fardo de governar”: “Querem um governo fraco do PS, para derrubarem quando for oportuno. Quando o Bloco descer e o PCP subir? Quando o Bloco subir e superar o PS nas sondagens? Não sei. Talvez um destes mesquinhos objetivos tácticos seja alcançado”.

Uma estratégia que diz ir acabar por conduzir a que a direita venha a ter uma maioria absoluta, que irá manter “enquanto o país se lembrar dos dias que estamos a viver”.

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