A Arte da Fuga: Re: very boring (3)

26-01-2012
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5. Diz-se que a informação fiscal já está nas mãos do Estado.A questão imediata é se essa informação específica— relativa aos pormenores salariais da relação laboral privada entre indivíduo e entidades empregadoras— devia ser do conhecimento contínuo das entidades públicas. Se o Estado tem legitimidade para tratar todo o contribuinte como potencial evasor fiscal.O que objecta então que o Estado deixe de ser fazer de despercebido, perca os escrúpulos e comece a utilizar a informação que já dispõe? Afinal, porquê tanta revolta? A "simplificação fiscal" poupa aos cidadãos o preenchimento de meros três campos numéricos, mais indentificação do número de identificação fiscal da entidade empregadora.6. Esta chatice mesmo assim funcionava como "leitura dos direitos". Passará a ser uma mera confirmação, meramente boring, docemente adormecendo o espírito crítico dos contribuintes relativamente à carga fiscal a que estão sujeitos os seus rendimentos— pois aparentará recair sobre as empresas.Mas mais perigosa é a utilização que pode ser feita desta ferramenta. Se um determinado serviço tem um tratamento especial face aos impostos, porque não poderá ser o prestador de serviço a declará-lo directamente ao Fisco, para "simplificação fiscal"?Não será uma "simplificação fiscal" se os nossos médicos, bancos, vendedores de imobiliário, automóveis, computadores, etc, comuniquem directamente com o Estado? Não aumentará a "eficiência fiscal"? Não é útil haver uma supressão de papelada através da economia de escala que a todos beneficia?Mas porquê parar nos bens e serviços com deduções fiscais? Porque não implementar a factura electrónica e pela varinha do Choque Tecnológico instituir a comunicação obrigatória, automática, instantânea e informatizada das transacções comerciais mais importantes? Afinal, as novas tecnologias não deverão servir para aproximar os cidadãos do Estado, e todos unir em seu redor? E quem não deve não teme?O potencial agressor desta medida ultrapassa largamente as vantagens que proporciona à máquina fiscal.(continua)

5. Diz-se que a informação fiscal já está nas mãos do Estado.A questão imediata é se essa informação específica— relativa aos pormenores salariais da relação laboral privada entre indivíduo e entidades empregadoras— devia ser do conhecimento contínuo das entidades públicas. Se o Estado tem legitimidade para tratar todo o contribuinte como potencial evasor fiscal.O que objecta então que o Estado deixe de ser fazer de despercebido, perca os escrúpulos e comece a utilizar a informação que já dispõe? Afinal, porquê tanta revolta? A "simplificação fiscal" poupa aos cidadãos o preenchimento de meros três campos numéricos, mais indentificação do número de identificação fiscal da entidade empregadora.6. Esta chatice mesmo assim funcionava como "leitura dos direitos". Passará a ser uma mera confirmação, meramente boring, docemente adormecendo o espírito crítico dos contribuintes relativamente à carga fiscal a que estão sujeitos os seus rendimentos— pois aparentará recair sobre as empresas.Mas mais perigosa é a utilização que pode ser feita desta ferramenta. Se um determinado serviço tem um tratamento especial face aos impostos, porque não poderá ser o prestador de serviço a declará-lo directamente ao Fisco, para "simplificação fiscal"?Não será uma "simplificação fiscal" se os nossos médicos, bancos, vendedores de imobiliário, automóveis, computadores, etc, comuniquem directamente com o Estado? Não aumentará a "eficiência fiscal"? Não é útil haver uma supressão de papelada através da economia de escala que a todos beneficia?Mas porquê parar nos bens e serviços com deduções fiscais? Porque não implementar a factura electrónica e pela varinha do Choque Tecnológico instituir a comunicação obrigatória, automática, instantânea e informatizada das transacções comerciais mais importantes? Afinal, as novas tecnologias não deverão servir para aproximar os cidadãos do Estado, e todos unir em seu redor? E quem não deve não teme?O potencial agressor desta medida ultrapassa largamente as vantagens que proporciona à máquina fiscal.(continua)

5. Diz-se que a informação fiscal já está nas mãos do Estado.A questão imediata é se essa informação específica— relativa aos pormenores salariais da relação laboral privada entre indivíduo e entidades empregadoras— devia ser do conhecimento contínuo das entidades públicas. Se o Estado tem legitimidade para tratar todo o contribuinte como potencial evasor fiscal.O que objecta então que o Estado deixe de ser fazer de despercebido, perca os escrúpulos e comece a utilizar a informação que já dispõe? Afinal, porquê tanta revolta? A "simplificação fiscal" poupa aos cidadãos o preenchimento de meros três campos numéricos, mais indentificação do número de identificação fiscal da entidade empregadora.6. Esta chatice mesmo assim funcionava como "leitura dos direitos". Passará a ser uma mera confirmação, meramente boring, docemente adormecendo o espírito crítico dos contribuintes relativamente à carga fiscal a que estão sujeitos os seus rendimentos— pois aparentará recair sobre as empresas.Mas mais perigosa é a utilização que pode ser feita desta ferramenta. Se um determinado serviço tem um tratamento especial face aos impostos, porque não poderá ser o prestador de serviço a declará-lo directamente ao Fisco, para "simplificação fiscal"?Não será uma "simplificação fiscal" se os nossos médicos, bancos, vendedores de imobiliário, automóveis, computadores, etc, comuniquem directamente com o Estado? Não aumentará a "eficiência fiscal"? Não é útil haver uma supressão de papelada através da economia de escala que a todos beneficia?Mas porquê parar nos bens e serviços com deduções fiscais? Porque não implementar a factura electrónica e pela varinha do Choque Tecnológico instituir a comunicação obrigatória, automática, instantânea e informatizada das transacções comerciais mais importantes? Afinal, as novas tecnologias não deverão servir para aproximar os cidadãos do Estado, e todos unir em seu redor? E quem não deve não teme?O potencial agressor desta medida ultrapassa largamente as vantagens que proporciona à máquina fiscal.(continua)

5. Diz-se que a informação fiscal já está nas mãos do Estado.A questão imediata é se essa informação específica— relativa aos pormenores salariais da relação laboral privada entre indivíduo e entidades empregadoras— devia ser do conhecimento contínuo das entidades públicas. Se o Estado tem legitimidade para tratar todo o contribuinte como potencial evasor fiscal.O que objecta então que o Estado deixe de ser fazer de despercebido, perca os escrúpulos e comece a utilizar a informação que já dispõe? Afinal, porquê tanta revolta? A "simplificação fiscal" poupa aos cidadãos o preenchimento de meros três campos numéricos, mais indentificação do número de identificação fiscal da entidade empregadora.6. Esta chatice mesmo assim funcionava como "leitura dos direitos". Passará a ser uma mera confirmação, meramente boring, docemente adormecendo o espírito crítico dos contribuintes relativamente à carga fiscal a que estão sujeitos os seus rendimentos— pois aparentará recair sobre as empresas.Mas mais perigosa é a utilização que pode ser feita desta ferramenta. Se um determinado serviço tem um tratamento especial face aos impostos, porque não poderá ser o prestador de serviço a declará-lo directamente ao Fisco, para "simplificação fiscal"?Não será uma "simplificação fiscal" se os nossos médicos, bancos, vendedores de imobiliário, automóveis, computadores, etc, comuniquem directamente com o Estado? Não aumentará a "eficiência fiscal"? Não é útil haver uma supressão de papelada através da economia de escala que a todos beneficia?Mas porquê parar nos bens e serviços com deduções fiscais? Porque não implementar a factura electrónica e pela varinha do Choque Tecnológico instituir a comunicação obrigatória, automática, instantânea e informatizada das transacções comerciais mais importantes? Afinal, as novas tecnologias não deverão servir para aproximar os cidadãos do Estado, e todos unir em seu redor? E quem não deve não teme?O potencial agressor desta medida ultrapassa largamente as vantagens que proporciona à máquina fiscal.(continua)

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