Futura Lei Eleitoral

27-09-2019
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Divergências dominam debate do PS sobre sistema eleitoralO objectivo do PS era apresentar um estudo académico sobre reforma do sistema eleitoral, que encomendou aos especialistas em ciência política André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira. Para isso organizou uma conferência onde, além dos autores do estudo, participaram o líder parlamentar Alberto Martins, o porta-voz da direcção do partido, Vitalino Canas, e os académicos Marina Costa Lobo, Manuel Braga da Cruz, Jorge Reis Novais, António Araújo e Vital Moreira.O resultado foi a sensação de que tão cedo não haverá reforma nenhuma do sistema eleitoral, assim como fortes dúvidas sobre se o estudo encomendado pelos socialistas (publicado pela Editora Sextante sob o título Para a Melhoria da Representação Política.As intervenções foram todas críticas, variando apenas no tom e nos argumentos, tendo Vital Moreira sido o mais corrosivo: "Este estudo é importante para mostrar o que não se deve fazer."As críticas centraram-se na diminuição da governabilidade, na lista nacional, na agregação de distritos nos círculos locais e no voto preferencial em lista fechada e não bloqueada nos círculos locais, que permite os eleitores indicarem a ordenação da eleição dos deputados.No final, visivelmente irritados, Meirinho e Freire responderam às intervenções.Assumindo um tom também crítico à forma como o estudo foi tratado pelos oradores, Freire chegou ao ponto de refutar "caricaturas" e de alertar: "É preciso ler as propostas."Já sobre os medos manifestados em relação ao voto preferencial, Freire demarcou-se do que tinha sido dito e sugeriu que a proposta apresentada segue os sistemas usados em muitos países europeus: "Somos o patinho feio que nunca podemos adaptar o que há em toda a Europa, que a esmagadora maioria da Europa tem, mas nós não podemos, porque os nossos deputados são uns malandros que vão oferecer frigoríficos", ironizou, para concluir: "Temos um grave problema, pois as nossas elites acham que não temos capacidade (...).Eu não encaro o meu país assim, porque, no limite, isso iria levar-nos ao 'somos incapazes para a democracia'."Freire lançou o alerta sobre o descrédito do tema:"Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos e as pessoas estão fartas de esperar.Adiar mais uma vez para esperar pela regionalização é adiar sine die." "Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos, as pessoas estão fartas de esperar", afirmou André Freire|Público|


Divergências dominam debate do PS sobre sistema eleitoralO objectivo do PS era apresentar um estudo académico sobre reforma do sistema eleitoral, que encomendou aos especialistas em ciência política André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira. Para isso organizou uma conferência onde, além dos autores do estudo, participaram o líder parlamentar Alberto Martins, o porta-voz da direcção do partido, Vitalino Canas, e os académicos Marina Costa Lobo, Manuel Braga da Cruz, Jorge Reis Novais, António Araújo e Vital Moreira.O resultado foi a sensação de que tão cedo não haverá reforma nenhuma do sistema eleitoral, assim como fortes dúvidas sobre se o estudo encomendado pelos socialistas (publicado pela Editora Sextante sob o título Para a Melhoria da Representação Política.As intervenções foram todas críticas, variando apenas no tom e nos argumentos, tendo Vital Moreira sido o mais corrosivo: "Este estudo é importante para mostrar o que não se deve fazer."As críticas centraram-se na diminuição da governabilidade, na lista nacional, na agregação de distritos nos círculos locais e no voto preferencial em lista fechada e não bloqueada nos círculos locais, que permite os eleitores indicarem a ordenação da eleição dos deputados.No final, visivelmente irritados, Meirinho e Freire responderam às intervenções.Assumindo um tom também crítico à forma como o estudo foi tratado pelos oradores, Freire chegou ao ponto de refutar "caricaturas" e de alertar: "É preciso ler as propostas."Já sobre os medos manifestados em relação ao voto preferencial, Freire demarcou-se do que tinha sido dito e sugeriu que a proposta apresentada segue os sistemas usados em muitos países europeus: "Somos o patinho feio que nunca podemos adaptar o que há em toda a Europa, que a esmagadora maioria da Europa tem, mas nós não podemos, porque os nossos deputados são uns malandros que vão oferecer frigoríficos", ironizou, para concluir: "Temos um grave problema, pois as nossas elites acham que não temos capacidade (...).Eu não encaro o meu país assim, porque, no limite, isso iria levar-nos ao 'somos incapazes para a democracia'."Freire lançou o alerta sobre o descrédito do tema:"Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos e as pessoas estão fartas de esperar.Adiar mais uma vez para esperar pela regionalização é adiar sine die." "Esta é uma reforma que se aguarda há 11 anos, as pessoas estão fartas de esperar", afirmou André Freire|Público|

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