Artigos do jornal JOÃO SEMANA: Jornal "João Semana" na Assembleia da República [Lisboa, 21 de fevereiro de 2018]

09-04-2019
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Jornal JOÃO SEMANA (01/03/2018)
TEXTO: Fernando Pinto

A Comissão de
Cultura, Comunicação, Juventude e Despor­to da Assembleia da República, em
conjunto com a Associação Portuguesa de Imprensa (API), organizou, na manhã de
21 de fevereiro, no Auditório António de Almeida Santos, a conferência
parlamentar “A Imprensa Centenária na Assembleia da Repú­blica”. Da parte da
tarde, foi inaugurada no piso zero do Palácio de São Bento a exposição
“Publicações Centenárias Portugue­sas”, que está patente até ao próximo dia 16
de março, mostra onde figura o jornal "João Semana".

O
Diretor do "João Semana" (à esquerda), com António Poças e Aníbal dos
Santos Gomes,na exposição inaugurada no Palácio de São Bento

O "João Semana" – periódico ovarense fundado em
1 de janeiro de 1914, pertencente à Associação de Imprensa e Inspiração Cristã
– foi um dos 33 títulos homenagea­dos pela Assembleia da República. 

A representar a equipa do "João Semana" esteve
o padre Ma­nuel Pires Bastos (diretor), o jor­nalista vareiro Fernando Manuel
Oliveira Pinto (diretor-adjunto), e os colaboradores diácono António Carvalho
Teixeira Poças e enfer­meiro Aníbal dos Santos Gomes.

Fernando
Pinto (diretor-adjunto do "João Semana"), ladeado por António Poças e
Aníbal Gomes, na escadaria da Assembleia da República (foto de Manuel Pires Bastos)

“A Imprensa Centenária na Assembleia da República”

A conferência parlamentar que decorreu no Auditório Antó­nio
de Almeida Santos, iniciativa da responsabilidade da deputada Edite Estrela e
de João Palmei­ro, presidente da Direção da API, teve como objetivo sublinhar a
importância da imprensa portuguesa, neste caso particular o excelente trabalho
desenvolvido pelos jornais centenários.

A candidatura destes pe­riódicos a Património Cultu­ral
Imaterial, "que já conta com o apoio do Presidente da República", como
lem­brou Edite Estrela na sessão de abertura, "não deixará de contar
também com o apoio do Parlamento português", como foi confirmado pe­los
representantes dos vá­rios Grupos Parlamentares que estiveram presentes na
sessão de encerramento da conferência (Diana Ferreira, do PCP, Jorge Campos, do
BE, Susa­na Lamas, do PSD, Carla Sousa, do PS, e Vânia Dias da Silva, do
CDS-PP, na foto).

"A exposição e esta confe­rência inserem-se nas
atividades do Ano Português de Imprensa [2017/2018], e o Ano Português da
Imprensa insere-se no Ano Eu­ropeu do Património [2018]", lem­brou João
Palmeiro (na foto, em baixo, à direita). Para o presidente da API, "o que
se deverá traduzir no Património Cultural Imaterial é a confiança que os
leitores ain­da sentem por estas publicações, numa época em que proliferam as fake news (notícias falsas)".

Carlos Correia e Irene Tomé (docentes da Universidade
Nova de Lisboa), António Valdemar (jornalista e investigador) e Artur Anselmo,
presidente da Academia das Ciências, foram convidados a debater o tema
"Publicações Cen­tenárias Portuguesas/Património Imaterial Cultural".

Carlos Correia falou "sobre a emergência dos
chamados siste­mas digitais, da transição entre o analógico e o digital, o
local e o global, a que apelidou de “glo­cal”). A sua colega Irene Tomé abordou
"a emergência do as­sociativismo, os seus percursos, entrecruzando com os
aspetos políticos e socioeconómicos, par­ticularizando o associativismo de
Imprensa, que se espelhou na publicação de jornais, quer o país vivesse ou não
em períodos so­ciopolíticos conturbados".

António Valdemar [na foto] deu a co­nhecer um pouco da história da
imprensa centenária portuguesa e alguns dos seus rostos, e terminou a sua
intervenção referindo que este evento "permitiu uma reflexão necessária em
torno das questões essenciais relativas ao futuro da Comunicação Social e, ao
mesmo tempo, uma tomada de consciên­cia e um alerta em relação às difi­culdades
e incertezas com que se debate este setor, que requer solu­ções adequadas e
urgentes".

Artur Anselmo, presidente da Academia das Ciências,
partilhou alguns episódios sobre a colabo­ração de Camilo Castelo Branco como
primeiro redator do jornal centenário mais antigo do conti­nente, "A
Aurora do Lima” (1855).

Concluído o debate, Carlos Eugénio, diretor executivo da
Vi­sapress, entidade que patrocinou a exposição dos jornais centená­rios, falou
sobre a importância dos Direitos de Autor.

Exposição “Publicações Centenárias Portuguesas”

Após o almoço oferecido aos jornalistas, foi inaugurada
nos corredores do Palácio de S. Bento a exposição “Publicações Cente­nárias
Portuguesas”, evento que presta homenagem aos 33 títulos portugueses que se
publicam há mais de um século sem interrup­ção, mostra que pode ser vista até
ao dia 16 de março.

Para além do "João Semana", os jornais
“Açoriano Oriental” (1835), "Diário de Notícias" (1864), "Jornal
de Notícias" (1888) e "Correio da Feira" (1897) são alguns dos
títulos que testemunham a história da sua região, de Portugal e do Mundo.

Edite Estrela (na foto) lembrou que os jornais
centenários só se mantêm vivos porque se renovam, reinventam, para
corresponderem às expetativas dos públicos.

Artigo publicado no jornal JOÃO SEMANA (1 de março de 2018)
https://artigosjornaljoaosemana.blogspot.pt/2018/03/jornal-joao-semana-na-assembleia-da.html

Jornal JOÃO SEMANA (01/03/2018)
TEXTO: Fernando Pinto

A Comissão de
Cultura, Comunicação, Juventude e Despor­to da Assembleia da República, em
conjunto com a Associação Portuguesa de Imprensa (API), organizou, na manhã de
21 de fevereiro, no Auditório António de Almeida Santos, a conferência
parlamentar “A Imprensa Centenária na Assembleia da Repú­blica”. Da parte da
tarde, foi inaugurada no piso zero do Palácio de São Bento a exposição
“Publicações Centenárias Portugue­sas”, que está patente até ao próximo dia 16
de março, mostra onde figura o jornal "João Semana".

O
Diretor do "João Semana" (à esquerda), com António Poças e Aníbal dos
Santos Gomes,na exposição inaugurada no Palácio de São Bento

O "João Semana" – periódico ovarense fundado em
1 de janeiro de 1914, pertencente à Associação de Imprensa e Inspiração Cristã
– foi um dos 33 títulos homenagea­dos pela Assembleia da República. 

A representar a equipa do "João Semana" esteve
o padre Ma­nuel Pires Bastos (diretor), o jor­nalista vareiro Fernando Manuel
Oliveira Pinto (diretor-adjunto), e os colaboradores diácono António Carvalho
Teixeira Poças e enfer­meiro Aníbal dos Santos Gomes.

Fernando
Pinto (diretor-adjunto do "João Semana"), ladeado por António Poças e
Aníbal Gomes, na escadaria da Assembleia da República (foto de Manuel Pires Bastos)

“A Imprensa Centenária na Assembleia da República”

A conferência parlamentar que decorreu no Auditório Antó­nio
de Almeida Santos, iniciativa da responsabilidade da deputada Edite Estrela e
de João Palmei­ro, presidente da Direção da API, teve como objetivo sublinhar a
importância da imprensa portuguesa, neste caso particular o excelente trabalho
desenvolvido pelos jornais centenários.

A candidatura destes pe­riódicos a Património Cultu­ral
Imaterial, "que já conta com o apoio do Presidente da República", como
lem­brou Edite Estrela na sessão de abertura, "não deixará de contar
também com o apoio do Parlamento português", como foi confirmado pe­los
representantes dos vá­rios Grupos Parlamentares que estiveram presentes na
sessão de encerramento da conferência (Diana Ferreira, do PCP, Jorge Campos, do
BE, Susa­na Lamas, do PSD, Carla Sousa, do PS, e Vânia Dias da Silva, do
CDS-PP, na foto).

"A exposição e esta confe­rência inserem-se nas
atividades do Ano Português de Imprensa [2017/2018], e o Ano Português da
Imprensa insere-se no Ano Eu­ropeu do Património [2018]", lem­brou João
Palmeiro (na foto, em baixo, à direita). Para o presidente da API, "o que
se deverá traduzir no Património Cultural Imaterial é a confiança que os
leitores ain­da sentem por estas publicações, numa época em que proliferam as fake news (notícias falsas)".

Carlos Correia e Irene Tomé (docentes da Universidade
Nova de Lisboa), António Valdemar (jornalista e investigador) e Artur Anselmo,
presidente da Academia das Ciências, foram convidados a debater o tema
"Publicações Cen­tenárias Portuguesas/Património Imaterial Cultural".

Carlos Correia falou "sobre a emergência dos
chamados siste­mas digitais, da transição entre o analógico e o digital, o
local e o global, a que apelidou de “glo­cal”). A sua colega Irene Tomé abordou
"a emergência do as­sociativismo, os seus percursos, entrecruzando com os
aspetos políticos e socioeconómicos, par­ticularizando o associativismo de
Imprensa, que se espelhou na publicação de jornais, quer o país vivesse ou não
em períodos so­ciopolíticos conturbados".

António Valdemar [na foto] deu a co­nhecer um pouco da história da
imprensa centenária portuguesa e alguns dos seus rostos, e terminou a sua
intervenção referindo que este evento "permitiu uma reflexão necessária em
torno das questões essenciais relativas ao futuro da Comunicação Social e, ao
mesmo tempo, uma tomada de consciên­cia e um alerta em relação às difi­culdades
e incertezas com que se debate este setor, que requer solu­ções adequadas e
urgentes".

Artur Anselmo, presidente da Academia das Ciências,
partilhou alguns episódios sobre a colabo­ração de Camilo Castelo Branco como
primeiro redator do jornal centenário mais antigo do conti­nente, "A
Aurora do Lima” (1855).

Concluído o debate, Carlos Eugénio, diretor executivo da
Vi­sapress, entidade que patrocinou a exposição dos jornais centená­rios, falou
sobre a importância dos Direitos de Autor.

Exposição “Publicações Centenárias Portuguesas”

Após o almoço oferecido aos jornalistas, foi inaugurada
nos corredores do Palácio de S. Bento a exposição “Publicações Cente­nárias
Portuguesas”, evento que presta homenagem aos 33 títulos portugueses que se
publicam há mais de um século sem interrup­ção, mostra que pode ser vista até
ao dia 16 de março.

Para além do "João Semana", os jornais
“Açoriano Oriental” (1835), "Diário de Notícias" (1864), "Jornal
de Notícias" (1888) e "Correio da Feira" (1897) são alguns dos
títulos que testemunham a história da sua região, de Portugal e do Mundo.

Edite Estrela (na foto) lembrou que os jornais
centenários só se mantêm vivos porque se renovam, reinventam, para
corresponderem às expetativas dos públicos.

Artigo publicado no jornal JOÃO SEMANA (1 de março de 2018)
https://artigosjornaljoaosemana.blogspot.pt/2018/03/jornal-joao-semana-na-assembleia-da.html

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