Escala Política: A segunda vida da concelhia de Aveiro do PPD

31-08-2019
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Sem surpresa alguma, justificada por mera estratégia política, a Comissão Política Concelhia do PPD/PSD antecipou, num ano*, as eleições internas.Desse modo, e salvo algum imponderável que escape ao recandidato, será Vítor Martins a definir os candidatos às autárquicas de 2013. Tem, até lá, dois anos para preparar um vasto e complexo processo para ser o melhor possível que culmine, obrigatoriamente, na vitória à Câmara Municipal. Esse é o desígnio mais forte.Mas até esse momento de grande importância política, será bom avaliar aquilo que foi feito neste primeiro período-Vítor Martins, nesta, denomino eu, primeira vida da actual concelhia aveirense.A equipa que o acompanhou foi, toda ela, escolhida pelo líder. Perspicaz e audacioso em se fazer acompanhar por duas vice-presidentes femininas, numa operação de charme e tentar dar entender que ia muito além das famosas cotas de mulheres.Como é seu hábito de trabalho, procurou centralizar as acções e decisões na sua pessoa, tendo, nalguns casos, sucesso evidente. O ciclo de debates que organizou é prova disso mesmo. O PPD/PSD foi o partido político que marcou a agenda. Facto positivo.Teve um bom desempenho nas legislativas, contribuindo para o sucesso nacional do PPD/PSD, ganhando em freguesias tradicionalmente viradas mais à esquerda. Neste particular, é de salutar a realização de Plenários com relativa frequência, sendo mesmo elogiado por levar à discussão a escolha do candidato indicado pela concelhia que, naturalmente, só poderia ser Ulisses Pereira, o grande obreiro de um PPD/PSD ganhador em Aveiro.Mas nem tudo correu bem. Não há que esconder e, até, servir como exemplo para evitar futuros deslizes. Como o militante Cavaco Silva disse um dia, há o lado mau da moeda. E esse lado mau da moeda de Vítor Martins foram as divisões no seio do executivo autárquico. De que modo? A forma atabalhoada, tardia e inócua como geriu o comportamento dos vereadores desalinhados, sobretudo o elemento indicado pelo PPD/PSD.Julgo mesmo que Vítor Martins, enquanto presidente da estrutura concelhia e homem bastante chegado ao presidente da Câmara, não teve a habilidade política para pôr cobro ao desalinhamento político e feito algo que desviasse as atenções relativamente a um assunto que pode deixar marcas no futuro. Facto negativo.Terá a oportunidade de limpar a imagem que ainda se mantém. A oportunidade chama-se dossier autárquico onde deverá, definitivamente, colocar os interesses de Aveiro acima de qualquer interesse pessoal. Estou certo que Vítor Martins saberá fazer isso mesmo.* Sem qualquer alteração no meu estado psíquico, queria escrever dois meses e saiu-me um ano. Não bate a letra com a careta, eu sei, mas a antecipação do acto eleitoral é, obviamente, bem mais curta no tempo.


Sem surpresa alguma, justificada por mera estratégia política, a Comissão Política Concelhia do PPD/PSD antecipou, num ano*, as eleições internas.Desse modo, e salvo algum imponderável que escape ao recandidato, será Vítor Martins a definir os candidatos às autárquicas de 2013. Tem, até lá, dois anos para preparar um vasto e complexo processo para ser o melhor possível que culmine, obrigatoriamente, na vitória à Câmara Municipal. Esse é o desígnio mais forte.Mas até esse momento de grande importância política, será bom avaliar aquilo que foi feito neste primeiro período-Vítor Martins, nesta, denomino eu, primeira vida da actual concelhia aveirense.A equipa que o acompanhou foi, toda ela, escolhida pelo líder. Perspicaz e audacioso em se fazer acompanhar por duas vice-presidentes femininas, numa operação de charme e tentar dar entender que ia muito além das famosas cotas de mulheres.Como é seu hábito de trabalho, procurou centralizar as acções e decisões na sua pessoa, tendo, nalguns casos, sucesso evidente. O ciclo de debates que organizou é prova disso mesmo. O PPD/PSD foi o partido político que marcou a agenda. Facto positivo.Teve um bom desempenho nas legislativas, contribuindo para o sucesso nacional do PPD/PSD, ganhando em freguesias tradicionalmente viradas mais à esquerda. Neste particular, é de salutar a realização de Plenários com relativa frequência, sendo mesmo elogiado por levar à discussão a escolha do candidato indicado pela concelhia que, naturalmente, só poderia ser Ulisses Pereira, o grande obreiro de um PPD/PSD ganhador em Aveiro.Mas nem tudo correu bem. Não há que esconder e, até, servir como exemplo para evitar futuros deslizes. Como o militante Cavaco Silva disse um dia, há o lado mau da moeda. E esse lado mau da moeda de Vítor Martins foram as divisões no seio do executivo autárquico. De que modo? A forma atabalhoada, tardia e inócua como geriu o comportamento dos vereadores desalinhados, sobretudo o elemento indicado pelo PPD/PSD.Julgo mesmo que Vítor Martins, enquanto presidente da estrutura concelhia e homem bastante chegado ao presidente da Câmara, não teve a habilidade política para pôr cobro ao desalinhamento político e feito algo que desviasse as atenções relativamente a um assunto que pode deixar marcas no futuro. Facto negativo.Terá a oportunidade de limpar a imagem que ainda se mantém. A oportunidade chama-se dossier autárquico onde deverá, definitivamente, colocar os interesses de Aveiro acima de qualquer interesse pessoal. Estou certo que Vítor Martins saberá fazer isso mesmo.* Sem qualquer alteração no meu estado psíquico, queria escrever dois meses e saiu-me um ano. Não bate a letra com a careta, eu sei, mas a antecipação do acto eleitoral é, obviamente, bem mais curta no tempo.

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