João Soares

11-01-2016
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Antes pelo contrário

Há escolhas técnicas ou de mérito que são incógnitas políticas, como Mário Centeno nas Finanças, Manuel Caldeira Cabral na Economia, Adalberto Campos Fernandes na Saúde e Tiago Brandão Rodrigues na Educação. Há escolhas que, apesar de alguns riscos, são uma surpresa positiva, como Francisca Vandunen na Justiça. Há desadequações totais da pessoa ao cargo, como Augusto Santos Silva nos Negócios Estrangeiros, Azeredo Lopes na Defesa e João Soares na Cultura. Sendo que ao primeiro todos reconhecem inteligência, ao segundo todos reconhecem capacidades políticas e o terceiro reconhece em si próprio estas duas qualidades. Há escolhas que são apostas seguras, como Vieira da Silva na Segurança Social, Pedro Marques no Planeamento e Infraestruturas e Manuel Heitor na Ciência. Com a coordenação com a maioria parlamentar e a coordenação interna, respetivamente, Pedro Nuno Santos e Mariana Vieira da Silva são jovens apostas, mas também seguras, em cargos-chave para a sobrevivência do governo. Mas tirando a escolha do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, não parece haver qualquer preocupação em tentar construir pontes políticas com os dois partidos que garantem a maioria a Costa. Não se trata de ser um governo demasiado PS, que até nem é. Trata-se da composição do governo parecer ignorar a natureza da maioria que o suporta. E isso pode, independentemente da qualidade de cada ministro, revelar-se um erro fatal

Antes pelo contrário

Há escolhas técnicas ou de mérito que são incógnitas políticas, como Mário Centeno nas Finanças, Manuel Caldeira Cabral na Economia, Adalberto Campos Fernandes na Saúde e Tiago Brandão Rodrigues na Educação. Há escolhas que, apesar de alguns riscos, são uma surpresa positiva, como Francisca Vandunen na Justiça. Há desadequações totais da pessoa ao cargo, como Augusto Santos Silva nos Negócios Estrangeiros, Azeredo Lopes na Defesa e João Soares na Cultura. Sendo que ao primeiro todos reconhecem inteligência, ao segundo todos reconhecem capacidades políticas e o terceiro reconhece em si próprio estas duas qualidades. Há escolhas que são apostas seguras, como Vieira da Silva na Segurança Social, Pedro Marques no Planeamento e Infraestruturas e Manuel Heitor na Ciência. Com a coordenação com a maioria parlamentar e a coordenação interna, respetivamente, Pedro Nuno Santos e Mariana Vieira da Silva são jovens apostas, mas também seguras, em cargos-chave para a sobrevivência do governo. Mas tirando a escolha do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, não parece haver qualquer preocupação em tentar construir pontes políticas com os dois partidos que garantem a maioria a Costa. Não se trata de ser um governo demasiado PS, que até nem é. Trata-se da composição do governo parecer ignorar a natureza da maioria que o suporta. E isso pode, independentemente da qualidade de cada ministro, revelar-se um erro fatal

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