LETRAS E CONTEÚDOS: Comissão de educação da AR visitou o conservatório nacional de música

24-09-2019
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Eu e a deputada Gabriela Canavilhas integrámos, pelo PS, a delegação da comissão de educação ciência e cultura da AR que visitou no dia 11 de março o conservatório nacional de música para se inteirar do estado de degradação do edifício, sito em Lisboa, no bairro Alto.

É uma evidência a degradação que já impôs o encerramento de diversas salas e é lamentável que o ministro Nuno Crato não tenha, até agora, recebido a direção do conservatório.

Dessa visita fica a notícia da LUSA:

«As primeiras obras no Conservatório Nacional de música para
remendar telhados, teto e pátio vão custar cerca de 43 mil euros, revelou hoje
a diretora daquela escola, sublinhando que se trata de uma intervenção
paliativa.

O anúncio foi feito no final da visita dos deputados da
Comissão de Educação, Ciência e Cultura à Escola de Música do Conservatório
Nacional (EMCN), que se encontra em avançado estado de degradação e tem já dez
salas encerradas por questões de segurança.

"Foi aprovado o orçamento apresentado ontem, que são
pouco mais de 43 mil euros e que vão servir para remendar telhados, teto e o
pátio", contou aos jornalistas a diretora da EMCN, Ana Mafalda Pernão,
explicando que agora vai pedir a verba e, caso seja aceite, a empreitada poderá
ser adjudicada no final do mês.

No entanto, tanto a direção da escola, como professores,
encarregados de educação e deputados sublinharam que estes trabalhos serão
insuficientes.

"A única coisa autorizada foram obras absolutamente
urgentes para tentar evitar os problemas mais graves de infiltrações e a
recuperação das salas afetadas. Mas as obras desta escola vão muitíssimo para
além disso", sublinhou a presidente da associação de pais, Elsa Maurício
Childs.

Uma posição partilhada também pelos deputados: "São um
paliativo para a situação da escola, são as obras absolutamente urgentes",
afirmou o presidente da comissão parlamentar, Abel Batista (CDS-PP), no final
da visita, marcada por simbólicas ações de protesto.

Na porta principal da ENCN um cartaz informava sobre o
"uso obrigatório de capacete de segurança" e, por isso, a cada um dos
deputados foi entregue um capacete para que pudessem visitar as instalações,
onde mais de 800 alunos têm aulas.

O edifício do século XVII, onde há 180 anos funciona o
Conservatório Nacional, está em avançado estado de degradação, até porque
"as últimas obras foram há 70 anos", disse o professor de canto,
António Wagner Dinis, lembrando que desde a revolução de abril "todas as
direções (escolares) dirigiram para todos os ministros pedidos e até agora não
houve resposta nenhuma".

"Estamos condenados a ir caindo", desabafou o
professor em declarações à Lusa.

Hoje, os deputados foram recebidos por dezenas de alunos que
jaziam silenciosos no hall principal do conservatório ao som do quarteto de
cortas de Dvorák.

Ao peito, cada um dos estudantes transportava um cartaz onde
se podia ler algumas das consequências da degradação da escola: "Não tive
aula de Flauta", "Não tive aula de História", "Não tive
aula de... Português, Música Antiga, Expressão Dramática, História, Inglês,
Matemática, Coro....".

"Não dei aula de Piano", "Não dei aula de
Formação Musical" ou "Não pude afinar um piano" eram algumas das
mensagens dos professores.

No final, a escola disse que iria continuar a lutar até ser
recebida pelo ministro da Educação, Nuno Crato, uma exigência compreendida
pelos deputados.

A deputada do PCP Rita Rato sublinhou a urgência de a
direção ser recebida por Nuno Crato e de o Ministério da Educação garantir
verbas para a recuperação do edifício e criar um plano a longo prazo para a
ENCN.

A posição foi partilhada também pelo PS, com a deputada
Gabriela Canavilhas a sublinhar que "a degradação grita por uma
intervenção de fundo".

O deputado do Bloco de Esquerda, Luis Fazenda, sugeriu hoje
aos colegas da comissão que fosse assinado um documento conjunto para que Nuno
Crato recebesse a direção.

"É um processo que nos envergonha coletivamente do
ponto de vista do país. É um processo que tem de ser resolvido e que deve ser
atendido", afirmou a deputada do PSD Ana Sofia Bettencourt.

Para já fica garantindo que o assunto será discutido em
plenário da Assembleia da República, uma vez que a petição em defesa do
Conservatório Nacional lançada na passada sexta-feira já ultrapassou as quatro
mil assinaturas necessárias.

"Como os gauleses: Só temos medo que nos caia o teto em
cima", afirmavam em silêncio alguns docentes e estudantes através dos
cartazes que carregavam ao peito.»

Eu e a deputada Gabriela Canavilhas integrámos, pelo PS, a delegação da comissão de educação ciência e cultura da AR que visitou no dia 11 de março o conservatório nacional de música para se inteirar do estado de degradação do edifício, sito em Lisboa, no bairro Alto.

É uma evidência a degradação que já impôs o encerramento de diversas salas e é lamentável que o ministro Nuno Crato não tenha, até agora, recebido a direção do conservatório.

Dessa visita fica a notícia da LUSA:

«As primeiras obras no Conservatório Nacional de música para
remendar telhados, teto e pátio vão custar cerca de 43 mil euros, revelou hoje
a diretora daquela escola, sublinhando que se trata de uma intervenção
paliativa.

O anúncio foi feito no final da visita dos deputados da
Comissão de Educação, Ciência e Cultura à Escola de Música do Conservatório
Nacional (EMCN), que se encontra em avançado estado de degradação e tem já dez
salas encerradas por questões de segurança.

"Foi aprovado o orçamento apresentado ontem, que são
pouco mais de 43 mil euros e que vão servir para remendar telhados, teto e o
pátio", contou aos jornalistas a diretora da EMCN, Ana Mafalda Pernão,
explicando que agora vai pedir a verba e, caso seja aceite, a empreitada poderá
ser adjudicada no final do mês.

No entanto, tanto a direção da escola, como professores,
encarregados de educação e deputados sublinharam que estes trabalhos serão
insuficientes.

"A única coisa autorizada foram obras absolutamente
urgentes para tentar evitar os problemas mais graves de infiltrações e a
recuperação das salas afetadas. Mas as obras desta escola vão muitíssimo para
além disso", sublinhou a presidente da associação de pais, Elsa Maurício
Childs.

Uma posição partilhada também pelos deputados: "São um
paliativo para a situação da escola, são as obras absolutamente urgentes",
afirmou o presidente da comissão parlamentar, Abel Batista (CDS-PP), no final
da visita, marcada por simbólicas ações de protesto.

Na porta principal da ENCN um cartaz informava sobre o
"uso obrigatório de capacete de segurança" e, por isso, a cada um dos
deputados foi entregue um capacete para que pudessem visitar as instalações,
onde mais de 800 alunos têm aulas.

O edifício do século XVII, onde há 180 anos funciona o
Conservatório Nacional, está em avançado estado de degradação, até porque
"as últimas obras foram há 70 anos", disse o professor de canto,
António Wagner Dinis, lembrando que desde a revolução de abril "todas as
direções (escolares) dirigiram para todos os ministros pedidos e até agora não
houve resposta nenhuma".

"Estamos condenados a ir caindo", desabafou o
professor em declarações à Lusa.

Hoje, os deputados foram recebidos por dezenas de alunos que
jaziam silenciosos no hall principal do conservatório ao som do quarteto de
cortas de Dvorák.

Ao peito, cada um dos estudantes transportava um cartaz onde
se podia ler algumas das consequências da degradação da escola: "Não tive
aula de Flauta", "Não tive aula de História", "Não tive
aula de... Português, Música Antiga, Expressão Dramática, História, Inglês,
Matemática, Coro....".

"Não dei aula de Piano", "Não dei aula de
Formação Musical" ou "Não pude afinar um piano" eram algumas das
mensagens dos professores.

No final, a escola disse que iria continuar a lutar até ser
recebida pelo ministro da Educação, Nuno Crato, uma exigência compreendida
pelos deputados.

A deputada do PCP Rita Rato sublinhou a urgência de a
direção ser recebida por Nuno Crato e de o Ministério da Educação garantir
verbas para a recuperação do edifício e criar um plano a longo prazo para a
ENCN.

A posição foi partilhada também pelo PS, com a deputada
Gabriela Canavilhas a sublinhar que "a degradação grita por uma
intervenção de fundo".

O deputado do Bloco de Esquerda, Luis Fazenda, sugeriu hoje
aos colegas da comissão que fosse assinado um documento conjunto para que Nuno
Crato recebesse a direção.

"É um processo que nos envergonha coletivamente do
ponto de vista do país. É um processo que tem de ser resolvido e que deve ser
atendido", afirmou a deputada do PSD Ana Sofia Bettencourt.

Para já fica garantindo que o assunto será discutido em
plenário da Assembleia da República, uma vez que a petição em defesa do
Conservatório Nacional lançada na passada sexta-feira já ultrapassou as quatro
mil assinaturas necessárias.

"Como os gauleses: Só temos medo que nos caia o teto em
cima", afirmavam em silêncio alguns docentes e estudantes através dos
cartazes que carregavam ao peito.»

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