A defesa da caridade pelos extremistas mais insuspeitos

14-11-2015
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A defesa da caridade pelos extremistas mais insuspeitos

Posted on Julho 9, 2015 by Maria João Marques

O meu texto de ontem no Observador.
‘Hoje tinha um ótimo tema para a minha crónica: a assessora de Ada Colau, presidente de câmara de Barcelona, que se fez fotografar a urinar no meio de uma avenida de Múrcia. A senhora – proveniente da inevitável extrema-esquerda que tem assolado as costas mediterrânicas nos últimos anos – é uma ‘ativista pós-porno’ (se o caro leitor não souber o que é, é melhor googlar porque também não faço ideia). Pretendia eu ilustrar como a nossa queriducha extrema-esquerda pós-isto-e-aquilo é afinal tão tradicionalista. Porque, como comentava no Facebook um blogger conhecido da nossa praça, a sua avó fazia o mesmo (urinar na rua) no tempo em que pastava cabras.
Mas como a extrema-esquerda tem para comigo cuidados intermináveis e nunca cessa de me dar temas para crónicas, pude cingir-me ao material pátrio.
(Extrema-esquerda, é conveniente definir, presentemente engloba boa parte do PS. Nos últimos dias tivemos o porta-voz do PS e conselheiro dileto de António Costa, Porfírio Silva, alinhando-se com a extrema-esquerda holandesa na crítica ao social-democrata Dijsselbloem. E Tiago Barbosa Ribeiro, líder da concelhia do Porto do PS, mimou ainda mais o presidente do Eurogrupo: chamou-lhe ‘direitista’ – eu tive de confirmar se estava a ler sobre as purgas maoistas ou o twitter português. E a seguir postou um comentário de Zizek – filósofo marxista com palavras brandas para o uso de violência – sobre a novela grega.)
Bom, mas a extrema-esquerda (ver definição acima) tornou-se irremediavelmente tradicionalista (como a incontinente de Múrcia). Por estes dias não fez mais do que apelar a que praticássemos a caridade com a Grécia.’
O resto está aqui.
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Esta entrada foi publicada em Insurgentes nos media, Socialismo, União Europeia por Maria João Marques. Ligação permanente.

A defesa da caridade pelos extremistas mais insuspeitos

Posted on Julho 9, 2015 by Maria João Marques

O meu texto de ontem no Observador.
‘Hoje tinha um ótimo tema para a minha crónica: a assessora de Ada Colau, presidente de câmara de Barcelona, que se fez fotografar a urinar no meio de uma avenida de Múrcia. A senhora – proveniente da inevitável extrema-esquerda que tem assolado as costas mediterrânicas nos últimos anos – é uma ‘ativista pós-porno’ (se o caro leitor não souber o que é, é melhor googlar porque também não faço ideia). Pretendia eu ilustrar como a nossa queriducha extrema-esquerda pós-isto-e-aquilo é afinal tão tradicionalista. Porque, como comentava no Facebook um blogger conhecido da nossa praça, a sua avó fazia o mesmo (urinar na rua) no tempo em que pastava cabras.
Mas como a extrema-esquerda tem para comigo cuidados intermináveis e nunca cessa de me dar temas para crónicas, pude cingir-me ao material pátrio.
(Extrema-esquerda, é conveniente definir, presentemente engloba boa parte do PS. Nos últimos dias tivemos o porta-voz do PS e conselheiro dileto de António Costa, Porfírio Silva, alinhando-se com a extrema-esquerda holandesa na crítica ao social-democrata Dijsselbloem. E Tiago Barbosa Ribeiro, líder da concelhia do Porto do PS, mimou ainda mais o presidente do Eurogrupo: chamou-lhe ‘direitista’ – eu tive de confirmar se estava a ler sobre as purgas maoistas ou o twitter português. E a seguir postou um comentário de Zizek – filósofo marxista com palavras brandas para o uso de violência – sobre a novela grega.)
Bom, mas a extrema-esquerda (ver definição acima) tornou-se irremediavelmente tradicionalista (como a incontinente de Múrcia). Por estes dias não fez mais do que apelar a que praticássemos a caridade com a Grécia.’
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