Congresso aquece. Aguiar-Branco desafia Martins a ser candidato a Lisboa e Pedro Duarte ao Porto

02-04-2016
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“Caros barões, enfant terribles, ausentes deste congresso, têm que ir a votos. Ou vão a votos ou calem-se para sempre”. O desafio partiu de José Pedro Aguiar-Branco, que defendeu que José Eduardo Martins seria “um grande candidato” à Câmara de Lisboa tal como Pedro Duarte à Câmara do Porto, nas autárquicas do próximo ano.

O ex-ministro da Defesa, garantindo estar disponível para candidatar-se à Assembleia Municipal de Guimarães, insistiu que “o partido tem quadros e não se pode dar ao luxo de desperdiçar pessoas como Nuno Morais Sarmento, Teresa Leal Coelho, Maria Luís Albuquerque, Luís Montenegro, Teresa Morais ou Paula Teixeira da Cruz”.

“Alguém tem dúvidas que José Eduardo Martins é um grande candidato à Câmara de Lisboa e Pedro Duarte à Câmara do Porto? Eu não tenho dúvidas nenhumas”, disse, desafiando dois dos críticos do atual líder do partido, Pedro Passos Coelho.

Segundo Aguiar-Branco, as eleições autárquicas têm que ser o tema principal deste congresso e o PSD deve seguir a mesma estratégia de Marcelo Rebelo de Sousa em 1997, quando liderava o partido e pôs todos os principais dirigentes a serem candidatos a câmaras. Até José Luís Arnaut a Mértola, onde “o resultado não foi espetacular”.

“No PSD, quem quer ser barão vai a votos, só é barão quem vai a votos por muito que apareça na televisão. Em linguagem militar, não se passa de praça a general sem antes mostrar o seu valor e os autarcas são os verdadeiros generais do nosso partido”, atirou o ex-ministro da Defesa, condicionando as intervenções esperadas para este sábado de José Eduardo Martins e Pedro Duarte.

Carreiras coordenador autárquico

As sugestões e a disponibilidade de Aguiar Branco serão geridas por Carlos Carreiras, convidado entretanto por Pedro Passos Coelho para ser o coordenador do processo autárquico. O atual vice-presidente do PSD e atual presidente da câmara de Cascais chefiará a equipa que vai organizar o processo autárquico de 2017. Primeiros problemas a resolver: arranjar um candidato para Lisboa e outro para o Porto.

Em Lisboa, Assunção Cristas já se mostrou pré-disponível para poder vir a assumir uma candidatura, mas o PSD/Lisboa já rejeitou taxativamente a hipótese de vir a apoiar a presidente do CDS. Em declarações ao Expresso, há uma semana, o líder da concelhia social-democrata garantia que já tem um nome em vista e que a escolha será tornada pública o mais tardar em setembro (quando faltar um ano para as eleições).

Há muitos nomes a correr, de Jorge Moreira da Silva a José Eduardo Martins, de Marques Mendes a Santana Lopes (o antigo lider do PSD, atualmente à frente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é esperado esta tarde em Espinho, e deverá falar cerca das 18h00), de Carmona Rodrigues a Carlos Barbosa.

No Porto, a questão é igualmente complexa. Com o CDS e o PS a manifestarem apoio ao atual presidente da Câmara, o independente Rui Moreira, os sociais-democratas procuram um nome que possa estar à altura. Paulo Rangel é o nome de quem se fala.

Um congresso a olhar para as autárquicas

Com Passos reeleito e a oposição interna em “hold” (aguardam-se ainda as intervenções, esta tarde, de José Eduardo Martins e de Pedro Duarte, uma vez que nem Rui Rio nem Morais Sarmento virão ao Congresso), o 36º Congresso do PSD decorre em aparente tranquilidade, com os olhos já postos nas autárquicas de 2017.

Pedro Passos Coelho, ontem, pôs alta a fasquia: o PSD tem de ganhar as próximas autárquicas. “Ganhar”, neste caso, só tem um significado: obter o maior número de câmaras, recuperar, ainda que simbolicamente, a liderança da Associação Nacional de Municípios.

Não podia ficar-se por menos: excluídas as regionais dos Açores, em setembro deste ano (e onde se afigura estreita a margem para Duarte Freitas, líder do PSD local, conseguir evitar a reeleição do socialista Vasco Cordeiro), o primeiro grande desafio eleitoral que o PSD enfrenta são as autárquicas. E Passos tem de sair vencedor se quiser, como diz querer, disputar as próximas legislativas.

“Caros barões, enfant terribles, ausentes deste congresso, têm que ir a votos. Ou vão a votos ou calem-se para sempre”. O desafio partiu de José Pedro Aguiar-Branco, que defendeu que José Eduardo Martins seria “um grande candidato” à Câmara de Lisboa tal como Pedro Duarte à Câmara do Porto, nas autárquicas do próximo ano.

O ex-ministro da Defesa, garantindo estar disponível para candidatar-se à Assembleia Municipal de Guimarães, insistiu que “o partido tem quadros e não se pode dar ao luxo de desperdiçar pessoas como Nuno Morais Sarmento, Teresa Leal Coelho, Maria Luís Albuquerque, Luís Montenegro, Teresa Morais ou Paula Teixeira da Cruz”.

“Alguém tem dúvidas que José Eduardo Martins é um grande candidato à Câmara de Lisboa e Pedro Duarte à Câmara do Porto? Eu não tenho dúvidas nenhumas”, disse, desafiando dois dos críticos do atual líder do partido, Pedro Passos Coelho.

Segundo Aguiar-Branco, as eleições autárquicas têm que ser o tema principal deste congresso e o PSD deve seguir a mesma estratégia de Marcelo Rebelo de Sousa em 1997, quando liderava o partido e pôs todos os principais dirigentes a serem candidatos a câmaras. Até José Luís Arnaut a Mértola, onde “o resultado não foi espetacular”.

“No PSD, quem quer ser barão vai a votos, só é barão quem vai a votos por muito que apareça na televisão. Em linguagem militar, não se passa de praça a general sem antes mostrar o seu valor e os autarcas são os verdadeiros generais do nosso partido”, atirou o ex-ministro da Defesa, condicionando as intervenções esperadas para este sábado de José Eduardo Martins e Pedro Duarte.

Carreiras coordenador autárquico

As sugestões e a disponibilidade de Aguiar Branco serão geridas por Carlos Carreiras, convidado entretanto por Pedro Passos Coelho para ser o coordenador do processo autárquico. O atual vice-presidente do PSD e atual presidente da câmara de Cascais chefiará a equipa que vai organizar o processo autárquico de 2017. Primeiros problemas a resolver: arranjar um candidato para Lisboa e outro para o Porto.

Em Lisboa, Assunção Cristas já se mostrou pré-disponível para poder vir a assumir uma candidatura, mas o PSD/Lisboa já rejeitou taxativamente a hipótese de vir a apoiar a presidente do CDS. Em declarações ao Expresso, há uma semana, o líder da concelhia social-democrata garantia que já tem um nome em vista e que a escolha será tornada pública o mais tardar em setembro (quando faltar um ano para as eleições).

Há muitos nomes a correr, de Jorge Moreira da Silva a José Eduardo Martins, de Marques Mendes a Santana Lopes (o antigo lider do PSD, atualmente à frente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é esperado esta tarde em Espinho, e deverá falar cerca das 18h00), de Carmona Rodrigues a Carlos Barbosa.

No Porto, a questão é igualmente complexa. Com o CDS e o PS a manifestarem apoio ao atual presidente da Câmara, o independente Rui Moreira, os sociais-democratas procuram um nome que possa estar à altura. Paulo Rangel é o nome de quem se fala.

Um congresso a olhar para as autárquicas

Com Passos reeleito e a oposição interna em “hold” (aguardam-se ainda as intervenções, esta tarde, de José Eduardo Martins e de Pedro Duarte, uma vez que nem Rui Rio nem Morais Sarmento virão ao Congresso), o 36º Congresso do PSD decorre em aparente tranquilidade, com os olhos já postos nas autárquicas de 2017.

Pedro Passos Coelho, ontem, pôs alta a fasquia: o PSD tem de ganhar as próximas autárquicas. “Ganhar”, neste caso, só tem um significado: obter o maior número de câmaras, recuperar, ainda que simbolicamente, a liderança da Associação Nacional de Municípios.

Não podia ficar-se por menos: excluídas as regionais dos Açores, em setembro deste ano (e onde se afigura estreita a margem para Duarte Freitas, líder do PSD local, conseguir evitar a reeleição do socialista Vasco Cordeiro), o primeiro grande desafio eleitoral que o PSD enfrenta são as autárquicas. E Passos tem de sair vencedor se quiser, como diz querer, disputar as próximas legislativas.

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