Mário Soares foi o mais citado, à frente de Ary, Zeca e Salgueiro Maia

14-12-2018
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O ex-Presidente da República Mário Soares, que morreu em janeiro, foi a personalidade mais citada nos discursos do PS na sessão solene do 25 de Abril, mas também do PSD e do CDS. As outras bancadas, mais à esquerda, tiveram outras opções e mais diversificadas, de poetas e cantores, Sérgio Godinho, Ary dos Santos, Natália Correia, mas também o dirigente bloquista Miguel Portas, que morreu há cinco anos.

De Soares, fundador, líder histórico e ex-Presidente, foi o CDS, através de Isabel Galriça Neto, a recordá-lo como "figura central da nossa democracia". Depois, foi Alberto Martins, do PS, a lembrar Soares. "Cumpro o dever histórico, de honrar a memória de quem, este ano nos deixou, e da liberdade fez sua bandeira, quer na resistência à ditadura, quer na fundação do regime democrático do 25 de Abril. Um homem que cruzou a sua vida com o destino da Pátria: Mário Soares", disse.

Minutos depois, pelo PSD, a deputada Teresa Leal Coelho, relembrou o ex-líder socialista que "desbravou o rumo" para Portugal, na luta pela democracia e na opção europeia. E também lembrou a poetisa Sophia de Mello Breyner, para dizer que é preciso estar "à altura de 'habitar livremente a substância do tempo'". Tanto o PSD como o CDS referiram os seus fundadores: os sociais-democratas recordaram Francisco Sá Carneiro, que é hoje agraciado pelo Presidente a título póstumo, e Adelino Amaro da Costa, fundador do CDS e sua figura de referência. Ambos morreram na queda de um avião, em dezembro de 1980.

Ferro Rodrigues, presidente do parlamento, como fez mais tarde Marcelo Rebelo de Sousa, também evocou a memória de Mário Soares. Mas Ferro lembrou igualmente Salgueiro Maia, o capitão de Abril que aceitou rendição de Marcelo Caetano na tarde de 25 de abril de 1974, Manuel Alegre, poeta e ex-deputado do PS, e também Zeca Afonso.

Os outros partidos optaram por citar Sérgio Godinho, como o PCP, "Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir". Joana Mortágua, do Bloco, lembrou Miguel Portas, antigo dirigente bloquista com a frase: "Sonhamos? Não sonhamos nada, somos mesmo os únicos realistas deste filme." Já Heloísa Apolónia, do PEV, evocou o poeta Ary dos Santos para descrever o "Portugal suicidado" antes da "Revolução dos Cravos". E André Silva, do Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) recordou Maria de Lourdes Pintasilgo, primeira mulher a chefiar um governo em Portugal.

O ex-Presidente da República Mário Soares, que morreu em janeiro, foi a personalidade mais citada nos discursos do PS na sessão solene do 25 de Abril, mas também do PSD e do CDS. As outras bancadas, mais à esquerda, tiveram outras opções e mais diversificadas, de poetas e cantores, Sérgio Godinho, Ary dos Santos, Natália Correia, mas também o dirigente bloquista Miguel Portas, que morreu há cinco anos.

De Soares, fundador, líder histórico e ex-Presidente, foi o CDS, através de Isabel Galriça Neto, a recordá-lo como "figura central da nossa democracia". Depois, foi Alberto Martins, do PS, a lembrar Soares. "Cumpro o dever histórico, de honrar a memória de quem, este ano nos deixou, e da liberdade fez sua bandeira, quer na resistência à ditadura, quer na fundação do regime democrático do 25 de Abril. Um homem que cruzou a sua vida com o destino da Pátria: Mário Soares", disse.

Minutos depois, pelo PSD, a deputada Teresa Leal Coelho, relembrou o ex-líder socialista que "desbravou o rumo" para Portugal, na luta pela democracia e na opção europeia. E também lembrou a poetisa Sophia de Mello Breyner, para dizer que é preciso estar "à altura de 'habitar livremente a substância do tempo'". Tanto o PSD como o CDS referiram os seus fundadores: os sociais-democratas recordaram Francisco Sá Carneiro, que é hoje agraciado pelo Presidente a título póstumo, e Adelino Amaro da Costa, fundador do CDS e sua figura de referência. Ambos morreram na queda de um avião, em dezembro de 1980.

Ferro Rodrigues, presidente do parlamento, como fez mais tarde Marcelo Rebelo de Sousa, também evocou a memória de Mário Soares. Mas Ferro lembrou igualmente Salgueiro Maia, o capitão de Abril que aceitou rendição de Marcelo Caetano na tarde de 25 de abril de 1974, Manuel Alegre, poeta e ex-deputado do PS, e também Zeca Afonso.

Os outros partidos optaram por citar Sérgio Godinho, como o PCP, "Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir". Joana Mortágua, do Bloco, lembrou Miguel Portas, antigo dirigente bloquista com a frase: "Sonhamos? Não sonhamos nada, somos mesmo os únicos realistas deste filme." Já Heloísa Apolónia, do PEV, evocou o poeta Ary dos Santos para descrever o "Portugal suicidado" antes da "Revolução dos Cravos". E André Silva, do Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) recordou Maria de Lourdes Pintasilgo, primeira mulher a chefiar um governo em Portugal.

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