A opinião deste Governo

06-06-2019
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Teresa Leal Coelho, mulher substancial, deputada e vice-presidente do PSD, tem da democracia e da separação de poderes uma exótica conceção. Nos ataques ao Tribunal Constitucional parece uma agitprop que trocou a lota de Matosinhos e o lugar da venda de peixe pelo de ideóloga nómada a deambular pela comunicação social e AR.

Tornou-se conhecida do País, não pelas análises lúcidas mas por diatribes inflamadas. É a voz dos marginais ao sistema democrático e o megafone de quem se inibe por pudor e ética, a voz de Passos Coelho igualmente ignorante e ressentida.

Numa entrevista ao Público, depois de desafiar as decisões do TC confessou que o PSD se apropria das opiniões dos conselheiros que votam vencidos, para as usar contra o TC.

Não tendo capacidade própria de análise, nem legitimidade, nada melhor do que usar as posições vencidas como se devessem ser essas as vencedoras.

Mas a pérola da entrevista resume-se numa frase lapidar, reveladora de que a separação de poderes, para a senhora deputada, deve seguir o figurino das teocracias:

«Se não aceitam estar sob escrutínio jurídico e político [os conselheiros do TC], não têm condições para exercer os cargos de juízes num Estado de direito democrático».

Um condenado não diria melhor.


Teresa Leal Coelho, mulher substancial, deputada e vice-presidente do PSD, tem da democracia e da separação de poderes uma exótica conceção. Nos ataques ao Tribunal Constitucional parece uma agitprop que trocou a lota de Matosinhos e o lugar da venda de peixe pelo de ideóloga nómada a deambular pela comunicação social e AR.

Tornou-se conhecida do País, não pelas análises lúcidas mas por diatribes inflamadas. É a voz dos marginais ao sistema democrático e o megafone de quem se inibe por pudor e ética, a voz de Passos Coelho igualmente ignorante e ressentida.

Numa entrevista ao Público, depois de desafiar as decisões do TC confessou que o PSD se apropria das opiniões dos conselheiros que votam vencidos, para as usar contra o TC.

Não tendo capacidade própria de análise, nem legitimidade, nada melhor do que usar as posições vencidas como se devessem ser essas as vencedoras.

Mas a pérola da entrevista resume-se numa frase lapidar, reveladora de que a separação de poderes, para a senhora deputada, deve seguir o figurino das teocracias:

«Se não aceitam estar sob escrutínio jurídico e político [os conselheiros do TC], não têm condições para exercer os cargos de juízes num Estado de direito democrático».

Um condenado não diria melhor.

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