Vá de Retro, Santanáz!: Cavacada de Santana (ou santanada no Cavaco)

12-07-2018
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Começamos mal. Cometemos um erro pior do que o Luís Osório, pois logo nos primeiros dois dias demos barraca ao confiar numa «fonte fidedigna e necessariamente anónima». O director da Capital sempre esteve dois meses antes de fazer uma enorme argolada.
Portanto, serve a presente, para vos contar a verdade: inventámos. Arriscámos e saiu-nos o tiro pela culatra (o que tem laivos de militar) e fizemos papel de palhaço (o que tem laivos de espectáculo). Confessamos, portanto: aquilo que aconteceu na nomeação de Teresa Caeiro para a secretaria de Estado das Artes e Espectáculos não foi assim como contámos. Na verdade, à filha e neta de militares (currículo que é raro em Portugal e condição sine qua non para ir para o Ministério da Defesa) calhou-lhe mesmo no sorteio acompanhar o seu colega Paulo Portas.
A sua transferência para a pasta das Artes e Espectáculos (lugar onde, porém, também tem um excelente currículo, por ser bisneta de um figurante de uma peça de teatro, tetraneta de um alfarrabista e pentaneta de um bobo da Corte) acabou por fazer parte de um estratagema de Santana Lopes. Com efeito, o que tinha sido inicialmente convidado para a secretaria de Estado das Artes e Espectáculos foi, sim, Aníbal Cavaco Silva. E o homem caiu na esparrela de aceitar. Fez mal: Santana Lopes não mais quis do que se vingar da desfeita do antigo primeiro-ministro que em meados dos anos 90 não o promoveu de secretário de Estado da Cultura para Ministro da Cultura. E assim, no momento em que Cavaco Silva se aprestava para entrar no Palácio de Belém para tomar posse como secretário de Estado, Santana Lopes retirou o nome da lista. O novo primeiro-ministro confidenciaria mesmo que «se eu não servia para ministro dele, ele nem para ajudante meu serve».
P.S. Coloquei, pelo lapso cometido, o meu lugar à disposição. Fica sempre bem, quando não temos vontade de sair e assumir as responsabilidades pelo erros cometidos.

Começamos mal. Cometemos um erro pior do que o Luís Osório, pois logo nos primeiros dois dias demos barraca ao confiar numa «fonte fidedigna e necessariamente anónima». O director da Capital sempre esteve dois meses antes de fazer uma enorme argolada.
Portanto, serve a presente, para vos contar a verdade: inventámos. Arriscámos e saiu-nos o tiro pela culatra (o que tem laivos de militar) e fizemos papel de palhaço (o que tem laivos de espectáculo). Confessamos, portanto: aquilo que aconteceu na nomeação de Teresa Caeiro para a secretaria de Estado das Artes e Espectáculos não foi assim como contámos. Na verdade, à filha e neta de militares (currículo que é raro em Portugal e condição sine qua non para ir para o Ministério da Defesa) calhou-lhe mesmo no sorteio acompanhar o seu colega Paulo Portas.
A sua transferência para a pasta das Artes e Espectáculos (lugar onde, porém, também tem um excelente currículo, por ser bisneta de um figurante de uma peça de teatro, tetraneta de um alfarrabista e pentaneta de um bobo da Corte) acabou por fazer parte de um estratagema de Santana Lopes. Com efeito, o que tinha sido inicialmente convidado para a secretaria de Estado das Artes e Espectáculos foi, sim, Aníbal Cavaco Silva. E o homem caiu na esparrela de aceitar. Fez mal: Santana Lopes não mais quis do que se vingar da desfeita do antigo primeiro-ministro que em meados dos anos 90 não o promoveu de secretário de Estado da Cultura para Ministro da Cultura. E assim, no momento em que Cavaco Silva se aprestava para entrar no Palácio de Belém para tomar posse como secretário de Estado, Santana Lopes retirou o nome da lista. O novo primeiro-ministro confidenciaria mesmo que «se eu não servia para ministro dele, ele nem para ajudante meu serve».
P.S. Coloquei, pelo lapso cometido, o meu lugar à disposição. Fica sempre bem, quando não temos vontade de sair e assumir as responsabilidades pelo erros cometidos.

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