Governo: Cultura cria nova secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media

21-10-2019
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Governo: Cultura cria nova secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media

21 out 2019 12:48

Atualidade

MadreMedia / Lusa

O Ministério da Cultura do XXII Governo Constitucional vai contar com dois secretários de Estado, com Ângela Ferreira a tutelar o Património Cultural e Nuno Artur Silva a ficar com a pasta do Cinema, Audiovisual e Media.

O primeiro-ministro indigitado, António Costa, apresentou hoje ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a equipa governativa para o XXII Governo Constitucional, com Graça Fonseca a manter-se como ministra da Cultura.Ângela Ferreira também continua como secretária de Estado, sendo agora designada especificamente como Adjunta e do Património Cultural. Nuno Artur Silva ficará como secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.Desde o XVI Governo Constitucional, liderado por Pedro Santana Lopes, que não havia dois secretários de Estado na tutela da Cultura. Na altura, José Amaral Lopes assumiu a secretaria de Estado dos Bens Culturais e Teresa Caeiro a das Artes e Espetáculos.Nuno Artur Silva, 57 anos, assume um cargo governativo cerca de um ano e meio depois de ter cessado funções como administrador da RTP, onde foi responsável pelo pelouro dos conteúdos entre 2015 e 2018.Lisboeta, licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, o novo secretário de Estado ficará com a tutela da comunicação social com participação maioritária do Estado, ou seja a RTP e a Lusa - Agência de Notícias de Portugal.Em maio de 2018, Nuno Artur Silva afirmava, numa audição parlamentar, que é defensor do modelo do Conselho Geral Independente da RTP, porque representou um sinal de independência e apontou que o problema da empresa é o financiamento."A RTP cumpriria melhor se houvesse dinheiro para fazer melhor", afirmou Nuno Artur Silva.Numa entrevista com a revista Visão, em setembro, questionado sobre o futuro do jornalismo e o seu modelo de negócio, Nuno Artur Silva disse que “se a democracia precisa de jornais, o Estado tem de cobrar uma taxa qualquer para que se paguem projetos jornalísticos, não haverá outra possibilidade”.Também este ano, ao Observador, Nuno Artur Silva considerou que “o cinema português despreza a televisão porque a considera comercial, e não artística, e a televisão portuguesa considera o cinema português elitista, sem ambição de público”, algo que encara como um “divórcio” que “tem sido trágico para o desenvolvimento de formatos audiovisuais”.Argumentista, produtor, empresário, Nuno Artur Silva foi cofundador das Produções Fictícias, do canal televisivo Canal Q e do jornal satírico O Inimigo Público, e tem o nome ligado a vários programas de humor, nomeadamente "Herman Enciclopédia", "Contra informação" e "Os Contemporâneos".Apresentou alguns programas de televisão, entre os quais o de debate "Eixo do Mal".Em 2014, Nuno Artur Silva dizia, num encontro com jornalistas, que se considerava um "artista de variedades" que já fez quase tudo, isto a propósito de um espetáculo a solo que protagonizou, intitulado "A Sério?".Esta faceta de autor de palco deveria ser novamente revelada em novembro próximo, em Lisboa, no espetáculo "Onde é que eu ia?", adiado 'sine die' devido à nomeação para secretário de Estado."Onde é que eu ia?" tinha sessões marcadas para os dias 08 e 09 de novembro no Teatro Capitólio.Nuno Artur Silva também comissariou este ano a programação da Feira do Livro do Porto e o programa "O Fascínio das Histórias", que no próximo sábado ocupará vários espaços da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com debates, leituras e cinema.


Governo: Cultura cria nova secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media

21 out 2019 12:48

Atualidade

MadreMedia / Lusa

O Ministério da Cultura do XXII Governo Constitucional vai contar com dois secretários de Estado, com Ângela Ferreira a tutelar o Património Cultural e Nuno Artur Silva a ficar com a pasta do Cinema, Audiovisual e Media.

O primeiro-ministro indigitado, António Costa, apresentou hoje ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a equipa governativa para o XXII Governo Constitucional, com Graça Fonseca a manter-se como ministra da Cultura.Ângela Ferreira também continua como secretária de Estado, sendo agora designada especificamente como Adjunta e do Património Cultural. Nuno Artur Silva ficará como secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.Desde o XVI Governo Constitucional, liderado por Pedro Santana Lopes, que não havia dois secretários de Estado na tutela da Cultura. Na altura, José Amaral Lopes assumiu a secretaria de Estado dos Bens Culturais e Teresa Caeiro a das Artes e Espetáculos.Nuno Artur Silva, 57 anos, assume um cargo governativo cerca de um ano e meio depois de ter cessado funções como administrador da RTP, onde foi responsável pelo pelouro dos conteúdos entre 2015 e 2018.Lisboeta, licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, o novo secretário de Estado ficará com a tutela da comunicação social com participação maioritária do Estado, ou seja a RTP e a Lusa - Agência de Notícias de Portugal.Em maio de 2018, Nuno Artur Silva afirmava, numa audição parlamentar, que é defensor do modelo do Conselho Geral Independente da RTP, porque representou um sinal de independência e apontou que o problema da empresa é o financiamento."A RTP cumpriria melhor se houvesse dinheiro para fazer melhor", afirmou Nuno Artur Silva.Numa entrevista com a revista Visão, em setembro, questionado sobre o futuro do jornalismo e o seu modelo de negócio, Nuno Artur Silva disse que “se a democracia precisa de jornais, o Estado tem de cobrar uma taxa qualquer para que se paguem projetos jornalísticos, não haverá outra possibilidade”.Também este ano, ao Observador, Nuno Artur Silva considerou que “o cinema português despreza a televisão porque a considera comercial, e não artística, e a televisão portuguesa considera o cinema português elitista, sem ambição de público”, algo que encara como um “divórcio” que “tem sido trágico para o desenvolvimento de formatos audiovisuais”.Argumentista, produtor, empresário, Nuno Artur Silva foi cofundador das Produções Fictícias, do canal televisivo Canal Q e do jornal satírico O Inimigo Público, e tem o nome ligado a vários programas de humor, nomeadamente "Herman Enciclopédia", "Contra informação" e "Os Contemporâneos".Apresentou alguns programas de televisão, entre os quais o de debate "Eixo do Mal".Em 2014, Nuno Artur Silva dizia, num encontro com jornalistas, que se considerava um "artista de variedades" que já fez quase tudo, isto a propósito de um espetáculo a solo que protagonizou, intitulado "A Sério?".Esta faceta de autor de palco deveria ser novamente revelada em novembro próximo, em Lisboa, no espetáculo "Onde é que eu ia?", adiado 'sine die' devido à nomeação para secretário de Estado."Onde é que eu ia?" tinha sessões marcadas para os dias 08 e 09 de novembro no Teatro Capitólio.Nuno Artur Silva também comissariou este ano a programação da Feira do Livro do Porto e o programa "O Fascínio das Histórias", que no próximo sábado ocupará vários espaços da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com debates, leituras e cinema.

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