CDS-PP: Concelhia de Lisboa

27-10-2018
marcar artigo

Teresa Caeiro, deputada do CDS-PP e ex-secretária de Estado, respondeu esta manhã às perguntas dos leitores do PortugalDiário. Num chat realizado para assinalar o Dia Internacional da Mulher, a parlamentar, conhecida pelo seu trabalho em causas sociais e por estar envolvida na resolução de questões como as barrigas de aluguer, falou sobre as dificuldades com que as mulheres se deparam diariamente.Sendo uma das poucas mulheres a exercer o papel de deputado na Assembleia da República, Teresa Caeiro lamenta que «a representação das mulheres em cargos de decisão política» e até noutros sectores da sociedade, seja «muito inferior à sua representação populacional». E cita como exemplo o hemiciclo do Parlamento, em que «apenas 17 por cento» dos lugares são ocupados por mulheres e o actual Governo que tem apenas duas ministras. A deputada considera que «decisões tomadas apenas por homens não representam toda a sociedade, apenas metade dela».Para incentivar a participação na vida pública, a parlamentar considera que é necessário criar «medidas de conciliação» da profissão com as outras vertentes da vida das mulheres (família, lazer, participação cívica). Teresa Caeiro afirma ainda que «o trabalho da mulher em casa deve ser reconhecido» e defende a criação de uma reforma para as mulheres que decidam abdicar da profissão para ficar em casa. «É um trabalho tão digno e exigente como qualquer outro».Considera que nunca foi discriminada por ser mulher, mas também «não gostaria de pensar» que tem um «determinado cargo por ser mulher». Contudo, Teresa Caeiro nota algum «paternalismo» dos homens, em relação às mulheres que estão em profissões «masculinas». E afirma que as mulheres «têm de trabalhar muito para mostrar o que valem».Membro de um partido que se manifesta contra a legalização do aborto, Teresa Caeiro, foi questionada sobre o assunto. «Não concordo com a criminalização, mas recuso aceitar que a interrupção de uma vida seja considerada como qualquer outra intervenção cirúrgica», afirmou a deputada que adianta que «a esquerda comete esse terrível erro».Grávida de oito meses, a parlamentar foi questionada sobre o aumento da licença de maternidade, para permitir às mães passar mais tempo com os recém-nascidos. Teresa Caeiro considera que «aumentar drasticamente a licença de parto poderia desequilibrar ainda mais o acesso da mulher ao mercado de trabalho».Teresa Caeiro falou ainda da situação das barrigas de aluguer, que está a ser discutida no Parlamento, da comparticipação dos métodos de reprodução medicamente assistida e sobre a redução do IVA das fraldas.Questionada sobre a sua posição em relação à legalização da prostituição, a deputada foi peremptória: «Nunca concordarei com a legalização». Em contrapartida, defende a «reintegração» da mulher noutro tipo de vida e que lhes sejam proporcionados «os cuidados médicos» adequados», porque duvida «que haja mulheres que se prostituem por gosto».A deputada falou ainda sobre as condições de vida das mulheres iraquianas, que considera terem melhorado «com o derrube do regime totalitarista de Saddam» e que irão ser ainda melhores quando a democracia se consolidar no país. Contudo, considera que ainda é preciso «paciência, persistência e bastante sofrimento» antes que isso aconteça.PD

Teresa Caeiro, deputada do CDS-PP e ex-secretária de Estado, respondeu esta manhã às perguntas dos leitores do PortugalDiário. Num chat realizado para assinalar o Dia Internacional da Mulher, a parlamentar, conhecida pelo seu trabalho em causas sociais e por estar envolvida na resolução de questões como as barrigas de aluguer, falou sobre as dificuldades com que as mulheres se deparam diariamente.Sendo uma das poucas mulheres a exercer o papel de deputado na Assembleia da República, Teresa Caeiro lamenta que «a representação das mulheres em cargos de decisão política» e até noutros sectores da sociedade, seja «muito inferior à sua representação populacional». E cita como exemplo o hemiciclo do Parlamento, em que «apenas 17 por cento» dos lugares são ocupados por mulheres e o actual Governo que tem apenas duas ministras. A deputada considera que «decisões tomadas apenas por homens não representam toda a sociedade, apenas metade dela».Para incentivar a participação na vida pública, a parlamentar considera que é necessário criar «medidas de conciliação» da profissão com as outras vertentes da vida das mulheres (família, lazer, participação cívica). Teresa Caeiro afirma ainda que «o trabalho da mulher em casa deve ser reconhecido» e defende a criação de uma reforma para as mulheres que decidam abdicar da profissão para ficar em casa. «É um trabalho tão digno e exigente como qualquer outro».Considera que nunca foi discriminada por ser mulher, mas também «não gostaria de pensar» que tem um «determinado cargo por ser mulher». Contudo, Teresa Caeiro nota algum «paternalismo» dos homens, em relação às mulheres que estão em profissões «masculinas». E afirma que as mulheres «têm de trabalhar muito para mostrar o que valem».Membro de um partido que se manifesta contra a legalização do aborto, Teresa Caeiro, foi questionada sobre o assunto. «Não concordo com a criminalização, mas recuso aceitar que a interrupção de uma vida seja considerada como qualquer outra intervenção cirúrgica», afirmou a deputada que adianta que «a esquerda comete esse terrível erro».Grávida de oito meses, a parlamentar foi questionada sobre o aumento da licença de maternidade, para permitir às mães passar mais tempo com os recém-nascidos. Teresa Caeiro considera que «aumentar drasticamente a licença de parto poderia desequilibrar ainda mais o acesso da mulher ao mercado de trabalho».Teresa Caeiro falou ainda da situação das barrigas de aluguer, que está a ser discutida no Parlamento, da comparticipação dos métodos de reprodução medicamente assistida e sobre a redução do IVA das fraldas.Questionada sobre a sua posição em relação à legalização da prostituição, a deputada foi peremptória: «Nunca concordarei com a legalização». Em contrapartida, defende a «reintegração» da mulher noutro tipo de vida e que lhes sejam proporcionados «os cuidados médicos» adequados», porque duvida «que haja mulheres que se prostituem por gosto».A deputada falou ainda sobre as condições de vida das mulheres iraquianas, que considera terem melhorado «com o derrube do regime totalitarista de Saddam» e que irão ser ainda melhores quando a democracia se consolidar no país. Contudo, considera que ainda é preciso «paciência, persistência e bastante sofrimento» antes que isso aconteça.PD

marcar artigo