É preciso topete

27-07-2018
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Freitas do Amaral, no caso das caricaturas de Maomé, pôs a sua condição de católico à frente da laicidade do Estado e sobrepôs a fé à defesa da liberdade de expressão, facto que o Ponte Europa assinalou e verberou.O problema não é de esquerda nem de direita, como se viu, pela defesa entusiástica da liberdade de expressão pela direita, em especial o CDS, e a surpreendente compreensão da atitude do MNE pelo PCP e BE.Aliás, o Papa parece ter alinhado a sua posição pela de Freitas do Amaral quando, mais tarde, reagiu com indignação às ofensas ao que é sagrado para as religiões.O que surpreende é que o arauto da liberdade e carrasco do fundador do seu próprio partido tenha sido o interpelante Telmo Correia a quem falta passado à altura do interpelado.Não se lembrou Telmo Correia do azedume do CDS contra o preservativo que um caricaturista colocou no nariz do Papa;Não recordou o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Cruz Abecassis, a manifestar-se contra o filme «Je vous salue Marie» e a ameaçar escaqueirar a sala onde seria exibido.Não teve em conta a sanha persecutória do CDS contra as mulheres que abortam e que, até nos casos de violação, malformação do feto e risco de vida para a mãe, votou contra a despenalização.Enfim, um membro do CDS, expulso do PPE (que engloba partidos conservadores e democrata-cristãos) por não merecer garantias de amor à liberdade, não seria o mais credível paladino da liberdade.Mas foi o que aconteceu, Telmo Correia a invectivar Freitas por ser timorato na defesa da liberdade de expressão.É preciso topete – desabafou o visado.


Freitas do Amaral, no caso das caricaturas de Maomé, pôs a sua condição de católico à frente da laicidade do Estado e sobrepôs a fé à defesa da liberdade de expressão, facto que o Ponte Europa assinalou e verberou.O problema não é de esquerda nem de direita, como se viu, pela defesa entusiástica da liberdade de expressão pela direita, em especial o CDS, e a surpreendente compreensão da atitude do MNE pelo PCP e BE.Aliás, o Papa parece ter alinhado a sua posição pela de Freitas do Amaral quando, mais tarde, reagiu com indignação às ofensas ao que é sagrado para as religiões.O que surpreende é que o arauto da liberdade e carrasco do fundador do seu próprio partido tenha sido o interpelante Telmo Correia a quem falta passado à altura do interpelado.Não se lembrou Telmo Correia do azedume do CDS contra o preservativo que um caricaturista colocou no nariz do Papa;Não recordou o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Cruz Abecassis, a manifestar-se contra o filme «Je vous salue Marie» e a ameaçar escaqueirar a sala onde seria exibido.Não teve em conta a sanha persecutória do CDS contra as mulheres que abortam e que, até nos casos de violação, malformação do feto e risco de vida para a mãe, votou contra a despenalização.Enfim, um membro do CDS, expulso do PPE (que engloba partidos conservadores e democrata-cristãos) por não merecer garantias de amor à liberdade, não seria o mais credível paladino da liberdade.Mas foi o que aconteceu, Telmo Correia a invectivar Freitas por ser timorato na defesa da liberdade de expressão.É preciso topete – desabafou o visado.

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