ABSONANTE

20-03-2019
marcar artigo


CONGRESSO DO CDS (II) O Congresso do CDS/PP, motivado pela demissão de Paulo Portas, é já no próximo fim de semana. Até agora, já ultrapassada a data limite para a entrega de moções, apareceram dez documentos deste tipo. Candidatos a Presidente do partido, temos apenas um, a quem poucos militantes dão atenção ou credibilidade. Esta situação parece esquisita. Ainda mais se dissermos que este único candidato, Miguel Matos Chaves, não entregou qualquer moção de estratégia. Os outros possíveis candidatos, de quem alguns meios de comunicação falam, são Telmo Correia (também sem moção de estratégia), Ribeiro e Castro e, desde há apenas dois dias, Nuno Melo. Nuno Melo tem pouca história no partido; é uma revelação recente e só não está no mesmo pé de Miguel Matos Chaves porque tem sido, ultimamente, líder parlamentar. Parece que só avançará se Telmo Correia o não fizer. Telmo de Noronha Correia é bem conhecido e, para quem só ultimamente lida com ele - "ou seja, o novo partido" de Paulo Portas -, é um bom candidato.Para os mais antigos isso já não é linear. Todos se lembram quando Telmo Correia, ainda na JC, "largou" Manuel Monteiro e o seu grupo, depois de muito apoiado por estes, inclusivamente numa candidatura, em idade quase adolescente, à Concelhia de Lisboa, que perdeu. Manteve-se apoiante de Adriano Moreira mas no congresso do Altis apoiou Basílio Horta. Ganhou Manuel Monteiro como se sabe (apesar de dúvidas na votação, que se realizou altas horas da madrugada e com duvidosas procurações, já que nem creditação tinha havido e o presidente da mesa não as podia confirmar - na realidade, correspondiam aos militantes que, devido ao adiantado da hora, tinham abandonado a sala do congresso e que prestimosos apoiantes de MM foram apontando). Passado algum tempo, com muito jeito e alguma "cara de pau", Telmo Correia passou a ser, outra vez e para espanto de todos, um homem do Manel. Indispensável.Até aparecer no horizonte a presidência possível de Paulo Portas. Mais um golpe de rins, mais uma "facadita" e aí temos Telmo Correia apoiante de Paulo Portas e a lutar, mais uma vez, contra MM. Apesar das "duas facadas" é um produto da escola da JC do Manuel Monteiro. Apenas ambição e tacticismo. Nada mais. Supomos que nem princípios.Já Ribeiro e Castro é um homem do CDS de 1974. Tem mantido uma postura correcta, cheia de bom senso e, mesmo nos anos em que se manteve afastado do partido, nunca lutou contra ele. Tem sido um óptimo deputado europeu. Apenas mantemos dúvidas quanto ao posicionamento político e ideológico em que colocará o CDS se vier a ser eleito. Não nos é caro se o partido se vier a afastar da Direita e se começar a dizer centrista. Quem sabe? Perante tais candidatos, o que é que sucederá ao CDS/PP?


CONGRESSO DO CDS (II) O Congresso do CDS/PP, motivado pela demissão de Paulo Portas, é já no próximo fim de semana. Até agora, já ultrapassada a data limite para a entrega de moções, apareceram dez documentos deste tipo. Candidatos a Presidente do partido, temos apenas um, a quem poucos militantes dão atenção ou credibilidade. Esta situação parece esquisita. Ainda mais se dissermos que este único candidato, Miguel Matos Chaves, não entregou qualquer moção de estratégia. Os outros possíveis candidatos, de quem alguns meios de comunicação falam, são Telmo Correia (também sem moção de estratégia), Ribeiro e Castro e, desde há apenas dois dias, Nuno Melo. Nuno Melo tem pouca história no partido; é uma revelação recente e só não está no mesmo pé de Miguel Matos Chaves porque tem sido, ultimamente, líder parlamentar. Parece que só avançará se Telmo Correia o não fizer. Telmo de Noronha Correia é bem conhecido e, para quem só ultimamente lida com ele - "ou seja, o novo partido" de Paulo Portas -, é um bom candidato.Para os mais antigos isso já não é linear. Todos se lembram quando Telmo Correia, ainda na JC, "largou" Manuel Monteiro e o seu grupo, depois de muito apoiado por estes, inclusivamente numa candidatura, em idade quase adolescente, à Concelhia de Lisboa, que perdeu. Manteve-se apoiante de Adriano Moreira mas no congresso do Altis apoiou Basílio Horta. Ganhou Manuel Monteiro como se sabe (apesar de dúvidas na votação, que se realizou altas horas da madrugada e com duvidosas procurações, já que nem creditação tinha havido e o presidente da mesa não as podia confirmar - na realidade, correspondiam aos militantes que, devido ao adiantado da hora, tinham abandonado a sala do congresso e que prestimosos apoiantes de MM foram apontando). Passado algum tempo, com muito jeito e alguma "cara de pau", Telmo Correia passou a ser, outra vez e para espanto de todos, um homem do Manel. Indispensável.Até aparecer no horizonte a presidência possível de Paulo Portas. Mais um golpe de rins, mais uma "facadita" e aí temos Telmo Correia apoiante de Paulo Portas e a lutar, mais uma vez, contra MM. Apesar das "duas facadas" é um produto da escola da JC do Manuel Monteiro. Apenas ambição e tacticismo. Nada mais. Supomos que nem princípios.Já Ribeiro e Castro é um homem do CDS de 1974. Tem mantido uma postura correcta, cheia de bom senso e, mesmo nos anos em que se manteve afastado do partido, nunca lutou contra ele. Tem sido um óptimo deputado europeu. Apenas mantemos dúvidas quanto ao posicionamento político e ideológico em que colocará o CDS se vier a ser eleito. Não nos é caro se o partido se vier a afastar da Direita e se começar a dizer centrista. Quem sabe? Perante tais candidatos, o que é que sucederá ao CDS/PP?

marcar artigo