Catroga: Passos Coelho “tem tido uma postura muito passiva”

07-05-2016
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Eduardo Catroga não está satisfeito com a atitude que Pedro Passos Coelho tem assumido desde que está na oposição. Numa entrevista à TSF, o ex-ministro das Finanças começa mesmo por dizer que Passos “tem tido dificuldade em se pôr no novo papel de chefe da oposição”. Apesar de ter “vindo a melhorar”, Catroga considera que a postura do líder do PSD “tem sido muito passiva”.

Acho que ele não deve fazer ao PS aquilo que o PS lhe fez a ele. O PSD deve fazer propostas, aliás como o CDS. Deve disponibilizar-se para fazer propostas concretas, deve criticar aquilo que tem a criticar e deve concordar com aquilo que é bom para o país. Deve ter uma postura ativa e construtiva.”

E se Passos é “passivo”, já António Costa é, nas palavras de Catroga, “pragmático e virado para a ação”. Mas isto não quer dizer que o primeiro-ministro fique longe das críticas do ex-conselheiro de Passos Coelho. Para Catroga, é assente nesse “pragmatismo” que António Costa “vai gerindo essa coligação de interesses, essa coligação tática não estratégica, até encontrar um momento em que ele próprio vai provocar eleições”.

Uma estratégia que, considera, é “contrária aos interesses do país”. Por isso Catroga deixa o aviso:

Este governo vai durar, mas não vai governar estrategicamente. Não me preocupa tanto a meta orçamental, o que me preocupa nas economias é que às vezes a economia até parece que está bem, como por exemplo no tempo do Guterres, mas estava mal. Isto é, estavam-se a criar silenciosamente as raízes de um cancro que mais tarde ou mais cedo explode na economia portuguesa”.

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Eduardo Catroga não está satisfeito com a atitude que Pedro Passos Coelho tem assumido desde que está na oposição. Numa entrevista à TSF, o ex-ministro das Finanças começa mesmo por dizer que Passos “tem tido dificuldade em se pôr no novo papel de chefe da oposição”. Apesar de ter “vindo a melhorar”, Catroga considera que a postura do líder do PSD “tem sido muito passiva”.

Acho que ele não deve fazer ao PS aquilo que o PS lhe fez a ele. O PSD deve fazer propostas, aliás como o CDS. Deve disponibilizar-se para fazer propostas concretas, deve criticar aquilo que tem a criticar e deve concordar com aquilo que é bom para o país. Deve ter uma postura ativa e construtiva.”

E se Passos é “passivo”, já António Costa é, nas palavras de Catroga, “pragmático e virado para a ação”. Mas isto não quer dizer que o primeiro-ministro fique longe das críticas do ex-conselheiro de Passos Coelho. Para Catroga, é assente nesse “pragmatismo” que António Costa “vai gerindo essa coligação de interesses, essa coligação tática não estratégica, até encontrar um momento em que ele próprio vai provocar eleições”.

Uma estratégia que, considera, é “contrária aos interesses do país”. Por isso Catroga deixa o aviso:

Este governo vai durar, mas não vai governar estrategicamente. Não me preocupa tanto a meta orçamental, o que me preocupa nas economias é que às vezes a economia até parece que está bem, como por exemplo no tempo do Guterres, mas estava mal. Isto é, estavam-se a criar silenciosamente as raízes de um cancro que mais tarde ou mais cedo explode na economia portuguesa”.

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