antreus: Marretas de olhos semi-cerrados...

09-04-2019
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Eurogrupo ataca Comissão Europeia pela proteção aos "pecadores do défice"

 A troca de “mimos” entre o presidente
do Eurogrupo e o presidente da Comissão Europeia só confirma o que qualquer
jornalista interessado verdadeiramente em esclarecer a hipocrisia da
perseguição aos deficites excessivos já poderia ter feito.

Mas não se encontrou um aqui pelo
burgo que o dissesse alto e em bom som porque não interessava estragar este
marmanjar dos políticos de direita e eurocratas na discussão empolada sobre as
décimas do deficite.

Que a França, a Alemanha e outros
países mais ricos viram perdoados deficites excessivos ou prolongados prazos
para os cumprirem enquanto forçaram a Grécia a ajoelhar e Portugal com a
direita a ser massacrado na austeridade porque não eram tão ricos ou “pesavam
pouco” - figura adoptada hoje por Sérgio Sousa Pinto em entrevista ao Público
ao arrepio de invocadas disposições comunitárias em sentido inverso – era conhecido
de todos mas para alguns dava jeito não relembrar.

E ainda de décimas se fala ao
pretender ler nalgumas delas um suposto relançamento económico europeu.

Portugal apresenta os indicadores
económicos que apresenta porque a Europa há muito que está em queda por força
de políticas neoliberais e porque quatro anos de tamanha austeridade vai
impedir durante anos que se possa atingir um relançamento da economia
significativo, tanto mais que o desvario bolsista e as reservas ao aumento de
relações com a Rússia, a China, bem como o resto do Oriente o impõem, porque
isso escapa à lógica desta UE a destroçar-se, à lógica da NATO e aos interesses
dos EUA.

Um pensamento partidário estreito e as vinculações
cada vez mais indesejadas não são bom caldo de cultura para sair do ponto em
que estamos. Há que abrir os olhos à realidade.

Eurogrupo ataca Comissão Europeia pela proteção aos "pecadores do défice"

 A troca de “mimos” entre o presidente
do Eurogrupo e o presidente da Comissão Europeia só confirma o que qualquer
jornalista interessado verdadeiramente em esclarecer a hipocrisia da
perseguição aos deficites excessivos já poderia ter feito.

Mas não se encontrou um aqui pelo
burgo que o dissesse alto e em bom som porque não interessava estragar este
marmanjar dos políticos de direita e eurocratas na discussão empolada sobre as
décimas do deficite.

Que a França, a Alemanha e outros
países mais ricos viram perdoados deficites excessivos ou prolongados prazos
para os cumprirem enquanto forçaram a Grécia a ajoelhar e Portugal com a
direita a ser massacrado na austeridade porque não eram tão ricos ou “pesavam
pouco” - figura adoptada hoje por Sérgio Sousa Pinto em entrevista ao Público
ao arrepio de invocadas disposições comunitárias em sentido inverso – era conhecido
de todos mas para alguns dava jeito não relembrar.

E ainda de décimas se fala ao
pretender ler nalgumas delas um suposto relançamento económico europeu.

Portugal apresenta os indicadores
económicos que apresenta porque a Europa há muito que está em queda por força
de políticas neoliberais e porque quatro anos de tamanha austeridade vai
impedir durante anos que se possa atingir um relançamento da economia
significativo, tanto mais que o desvario bolsista e as reservas ao aumento de
relações com a Rússia, a China, bem como o resto do Oriente o impõem, porque
isso escapa à lógica desta UE a destroçar-se, à lógica da NATO e aos interesses
dos EUA.

Um pensamento partidário estreito e as vinculações
cada vez mais indesejadas não são bom caldo de cultura para sair do ponto em
que estamos. Há que abrir os olhos à realidade.

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