Estrada Nacional 101: O Costa é que a sabe toda (*)

26-07-2018
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António José Seguro
arrisca-se a ser outro Ferro Rodrigues. Aguentar o embate frontal, fazer a
travessia do deserto e dinamitar o governo para que António Costa, acione o
mecanismo que vai fazer desabar o governo.

O partido socialista tem
esta apetência particular para lutas fratricidas na hora da tentativa de
assalto ao poder com uma intensidade superior – pelo menos pública – que os
outros partidos políticos. O poder sempre foi tentador e o assassínio político
uma ferramenta para a concretização dos objetivos.

Todos sabíamos que Seguro
seria um líder a prazo, a não ser que os tabus – António Costa e António
Vitorino – nada fizessem. António Costa fez, ou melhor, outros fizeram com que
acontecesse. O sempre omnipresente braço direito de José Sócrates, Pedro Silva
Pereira, em conjunto com Francisco Assis e Sérgio Sousa Pinto encarregaram-se
de fazer acontecer agora, “por acaso” a crise de liderança socialista. E vão
manter Seguro em lume brando até ao momento que deixe de ter condições para
liderar. António Costa impõe condições para que Seguro una o partido e ainda
estabelece prazo até ao dia 10 de Fevereiro!

Mas Seguro geriu mal todo o
processo. Começou por tentar desvalorizar os avanços da oposição interna,
deixou subir de intensidade a discussão pública para depois tentar fechar tudo
nos órgãos do partido. Como diria Irina Golovanova, especialista em linguagem
corporal, Seguro dizia uma coisa e o seu corpo mostrava toda a preocupação e
desconforto perante a situação. Da mesma forma, foi interessante analisar o
comportamento de Pedro Silva Pereira no momento em que António Costa proferia
umas declarações à saída da reunião da comissão política e, do meu ponto de
vista, é mesmo uma questão de tempo até Seguro ser afastado.

Em Felgueiras, a câmara
municipal em parceria com a ANIMAR e a ADERSOUSA realizou uma ação de
sensibilização para as redes colaborativas de produção local. Coisa de pouca
monta, dirão alguns, mas muito importante na minha opinião. É com ações como
estas que se mudam as atitudes enraizadas de gerações de negócios em busca de
novos produtos e/ou melhoria dos existentes como forma de criar valor no
produto e assim aumentar as vendas criando ou abrindo novos mercados. Agora só
falta mesmo que surjam ideias, que sejam colocadas em prática e que, mais
importante, os empresários e produtores vejam uma oportunidade de, em conjunto,
se tornarem mais fortes.

(*) Expresso de Felgueiras, 1 fevereiro 2013

António José Seguro
arrisca-se a ser outro Ferro Rodrigues. Aguentar o embate frontal, fazer a
travessia do deserto e dinamitar o governo para que António Costa, acione o
mecanismo que vai fazer desabar o governo.

O partido socialista tem
esta apetência particular para lutas fratricidas na hora da tentativa de
assalto ao poder com uma intensidade superior – pelo menos pública – que os
outros partidos políticos. O poder sempre foi tentador e o assassínio político
uma ferramenta para a concretização dos objetivos.

Todos sabíamos que Seguro
seria um líder a prazo, a não ser que os tabus – António Costa e António
Vitorino – nada fizessem. António Costa fez, ou melhor, outros fizeram com que
acontecesse. O sempre omnipresente braço direito de José Sócrates, Pedro Silva
Pereira, em conjunto com Francisco Assis e Sérgio Sousa Pinto encarregaram-se
de fazer acontecer agora, “por acaso” a crise de liderança socialista. E vão
manter Seguro em lume brando até ao momento que deixe de ter condições para
liderar. António Costa impõe condições para que Seguro una o partido e ainda
estabelece prazo até ao dia 10 de Fevereiro!

Mas Seguro geriu mal todo o
processo. Começou por tentar desvalorizar os avanços da oposição interna,
deixou subir de intensidade a discussão pública para depois tentar fechar tudo
nos órgãos do partido. Como diria Irina Golovanova, especialista em linguagem
corporal, Seguro dizia uma coisa e o seu corpo mostrava toda a preocupação e
desconforto perante a situação. Da mesma forma, foi interessante analisar o
comportamento de Pedro Silva Pereira no momento em que António Costa proferia
umas declarações à saída da reunião da comissão política e, do meu ponto de
vista, é mesmo uma questão de tempo até Seguro ser afastado.

Em Felgueiras, a câmara
municipal em parceria com a ANIMAR e a ADERSOUSA realizou uma ação de
sensibilização para as redes colaborativas de produção local. Coisa de pouca
monta, dirão alguns, mas muito importante na minha opinião. É com ações como
estas que se mudam as atitudes enraizadas de gerações de negócios em busca de
novos produtos e/ou melhoria dos existentes como forma de criar valor no
produto e assim aumentar as vendas criando ou abrindo novos mercados. Agora só
falta mesmo que surjam ideias, que sejam colocadas em prática e que, mais
importante, os empresários e produtores vejam uma oportunidade de, em conjunto,
se tornarem mais fortes.

(*) Expresso de Felgueiras, 1 fevereiro 2013

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