NOS pagou viagens a 14 pessoas. Só cinco eram colaboradores da empresa

08-09-2017
marcar artigo

Apesar das “políticas e regras em vigor” da empresa de telecomunicações não preverem o pagamento de deslocações a não colaboradores, a NOS admite que, em junho de 2015, pagou os voos de nove pessoas que visitaram a sede da Huawei

A NOS pagou os voos Lisboa-Hong Kong de nove pessoas, que não são colaboradoras da empresa e que, em junho de 2015, viajaram até à sede da Huawei, na China. Depois do Expresso ter avançado que a operadora de telecomunicações tinha aberto uma auditoria interna, a NOS confirma que está a apurar o enquadramento do pagamento.

“A NOS confirma também a existência de um pagamento das viagens aéreas da referida visita a um total de 14 pessoas, sendo 5 dessas, colaboradores da empresa”, disse ao Expresso fonte da empresa. “A política e regras em vigor na NOS, não preveem a possibilidade da empresa suportar, mesmo que parcialmente, custos de deslocações que não os dos seus próprios colaboradores. Perante isto e face às informações entretanto vindas a público, a Comissão Executiva das NOS prontamente decidiu apurar internamente o enquadramento e detalhe de um eventual envolvimento da empresa na referida viagem.”, acrescenta.

Segundo fonte da NOS, a viagem em que os cinco colaboradores participaram era de trabalho e tinha como “único objetivo” a partilha de “conhecimento e melhores práticas na área da saúde”. Do programa fazia parte a visita à sede da Huawei.

No sábado, a manchete do Expresso dava conta que cinco dirigentes do Ministério da Saúde estiveram na China, com despesas suportadas por empresas privadas, incluindo bilhete de avião, estada e despesas de alimentação. A viagem foi paga, em parte, pela Huawei, mas as passagens aéreas foram suportadas pela NOS, que só esta segunda-feira confirmou o pagamento.

O ministro da Saúde já pediu a “intervenção urgente da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS)”, uma vez que é necessário “clarificação ao nível do seu contexto ético, jurídico e institucional”. E, depois de várias reuniões ao longo do dia, os dirigentes em causa colocaram “à disposição os respetivos lugares, em particular pelos senhores presidente e vogal do Conselho de Administração da SPMS”.

Há duas semanas, o Ministério Público anunciou ter aberto um inquérito às viagens à China feitas por políticos que terão sido custeadas pela empresa de telecomunicações chinesa, depois de notícias do “Observador”. Segundo o jornal online, políticos como Paulo Vistas, presidente da Câmara de Oeiras, Nuno Custódio, vice-presidente do PSD-Oeiras, Rodrigo Gonçalves, vice-presidente do PSD-Lisboa, Sérgio Azevedo, um dos vice-presidente da bancada do PSD, Luís Newton, presidente da junta de freguesia da Estrela, Ângelo Pereira, presidente do PSD-Oeiras ou João Mota Lopes, ex-diretor do Instituto de Informática da Segurança Social fizeram viagens com tudo pago.

Apesar das “políticas e regras em vigor” da empresa de telecomunicações não preverem o pagamento de deslocações a não colaboradores, a NOS admite que, em junho de 2015, pagou os voos de nove pessoas que visitaram a sede da Huawei

A NOS pagou os voos Lisboa-Hong Kong de nove pessoas, que não são colaboradoras da empresa e que, em junho de 2015, viajaram até à sede da Huawei, na China. Depois do Expresso ter avançado que a operadora de telecomunicações tinha aberto uma auditoria interna, a NOS confirma que está a apurar o enquadramento do pagamento.

“A NOS confirma também a existência de um pagamento das viagens aéreas da referida visita a um total de 14 pessoas, sendo 5 dessas, colaboradores da empresa”, disse ao Expresso fonte da empresa. “A política e regras em vigor na NOS, não preveem a possibilidade da empresa suportar, mesmo que parcialmente, custos de deslocações que não os dos seus próprios colaboradores. Perante isto e face às informações entretanto vindas a público, a Comissão Executiva das NOS prontamente decidiu apurar internamente o enquadramento e detalhe de um eventual envolvimento da empresa na referida viagem.”, acrescenta.

Segundo fonte da NOS, a viagem em que os cinco colaboradores participaram era de trabalho e tinha como “único objetivo” a partilha de “conhecimento e melhores práticas na área da saúde”. Do programa fazia parte a visita à sede da Huawei.

No sábado, a manchete do Expresso dava conta que cinco dirigentes do Ministério da Saúde estiveram na China, com despesas suportadas por empresas privadas, incluindo bilhete de avião, estada e despesas de alimentação. A viagem foi paga, em parte, pela Huawei, mas as passagens aéreas foram suportadas pela NOS, que só esta segunda-feira confirmou o pagamento.

O ministro da Saúde já pediu a “intervenção urgente da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS)”, uma vez que é necessário “clarificação ao nível do seu contexto ético, jurídico e institucional”. E, depois de várias reuniões ao longo do dia, os dirigentes em causa colocaram “à disposição os respetivos lugares, em particular pelos senhores presidente e vogal do Conselho de Administração da SPMS”.

Há duas semanas, o Ministério Público anunciou ter aberto um inquérito às viagens à China feitas por políticos que terão sido custeadas pela empresa de telecomunicações chinesa, depois de notícias do “Observador”. Segundo o jornal online, políticos como Paulo Vistas, presidente da Câmara de Oeiras, Nuno Custódio, vice-presidente do PSD-Oeiras, Rodrigo Gonçalves, vice-presidente do PSD-Lisboa, Sérgio Azevedo, um dos vice-presidente da bancada do PSD, Luís Newton, presidente da junta de freguesia da Estrela, Ângelo Pereira, presidente do PSD-Oeiras ou João Mota Lopes, ex-diretor do Instituto de Informática da Segurança Social fizeram viagens com tudo pago.

marcar artigo