O vendedor de ilusões

08-06-2016
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As virtudes devem ser reconhecidas. E se há virtude que António Costa tem é a de ser um bom vendedor. Um bom vendedor de ilusões.

Costa faz-nos crer que os seus ministros lutam contra os lóbis em nome do interesse coletivo e da verdade democrática. Di-lo com convicção e com uma confiança tal que, por momentos, chegamos a acreditar que, de facto, assim é. Mas, na verdade, o que Costa deveria ter dito é que os seus ministros lutam contra os lóbis em nome dos seus interesses, não fossem os sindicatos manipulados pela extrema-esquerda – em silêncio há seis meses – os maiores lobistas que este país conhece.

Costa fala em tornar Portugal no epicentro do empreendedorismo, da competitividade e do tecido empresarial, fazendo-nos crer que já amanhã o seu governo anunciará medidas de captação de emprego, de competitividade fiscal, de desburocratização que permitam mais investimento, mais emprego e maior competitividade. Mas a ilusão dura pouco quando lembramos que o seu governo recuou na reforma do IRC, que justamente criava as bases para o aumento daquilo que propõe.

Costa fala num Portugal de igual para igual na Europa. Na mesma Europa a quem assume bater o pé, tornando-a a grande adversária do governo. Usa chavões como “submissão”, “neoliberalismo”. Mas não explica como e de que forma o seu governo, que está obrigado a um acordo que nos salvou da bancarrota, exercerá esse papel.

Costa não fala da realidade. Das dificuldades orçamentais, das exigências do PEC, do combate ao desemprego e do que fará se alguma coisa não correr como previsto. É um “falinhas-mansas”. Prefere a leveza clemente da irrealidade à dureza da realidade. Como qualquer bom vendedor de ilusões.

Escreve à segunda-feira

As virtudes devem ser reconhecidas. E se há virtude que António Costa tem é a de ser um bom vendedor. Um bom vendedor de ilusões.

Costa faz-nos crer que os seus ministros lutam contra os lóbis em nome do interesse coletivo e da verdade democrática. Di-lo com convicção e com uma confiança tal que, por momentos, chegamos a acreditar que, de facto, assim é. Mas, na verdade, o que Costa deveria ter dito é que os seus ministros lutam contra os lóbis em nome dos seus interesses, não fossem os sindicatos manipulados pela extrema-esquerda – em silêncio há seis meses – os maiores lobistas que este país conhece.

Costa fala em tornar Portugal no epicentro do empreendedorismo, da competitividade e do tecido empresarial, fazendo-nos crer que já amanhã o seu governo anunciará medidas de captação de emprego, de competitividade fiscal, de desburocratização que permitam mais investimento, mais emprego e maior competitividade. Mas a ilusão dura pouco quando lembramos que o seu governo recuou na reforma do IRC, que justamente criava as bases para o aumento daquilo que propõe.

Costa fala num Portugal de igual para igual na Europa. Na mesma Europa a quem assume bater o pé, tornando-a a grande adversária do governo. Usa chavões como “submissão”, “neoliberalismo”. Mas não explica como e de que forma o seu governo, que está obrigado a um acordo que nos salvou da bancarrota, exercerá esse papel.

Costa não fala da realidade. Das dificuldades orçamentais, das exigências do PEC, do combate ao desemprego e do que fará se alguma coisa não correr como previsto. É um “falinhas-mansas”. Prefere a leveza clemente da irrealidade à dureza da realidade. Como qualquer bom vendedor de ilusões.

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