PAN e Bloco querem refeições vegetarianas nas escolas, prisões e hospitais

05-07-2016
marcar artigo

O parlamento vai debater na quinta-feira os projetos de lei do Bloco de Esquerda e do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) para que as cantinas públicas incluam a opção vegetariana nos seus menus. O objetivo é que tenham acesso a refeições vegetarianas nas escolas e universidades, hospitais, prisões, câmaras municipais, lares e outros serviços da administração pública.

O debate foi agendado pelo PAN. O deputado André Silva, autor do projeto de lei, argumenta que “a oportunidade para a inclusão de uma alternativa vegetariana em todas as cantinas públicas tem várias motivações, não só uma função pedagógica, fazendo com que mais pessoas tenham contacto com este tipo de dieta e quais as suas vantagens, motivos ambientais, motivos de saúde, mas também para impedir a discriminação das pessoas que já seguem esta dieta mas que dificilmente conseguem fazer uma refeição fora das suas casas”.

O deputado do PAN defende que “esta questão torna-se especialmente relevante quando se trata de crianças e jovens, os quais são também cada vez mais a seguir este tipo de alimentação e sentem-se muitas vezes discriminados nas escolas, pelos colegas, professores, auxiliares, por comerem comida diferente, necessariamente trazida de casa. Com a introdução desta opção nas escolas, essa discriminação deixa de existir e as restantes pessoas passam a encarar este tipo de alimentação com normalidade”.

Para além das razões ambientais e relacionadas com a saúde, o PAN defende ainda que existe também quem opte por este padrão alimentar por razões éticas. “Quem reconhece direitos aos animais e os respeita não se conforma com o facto de, diariamente, biliões de animais serem abatidos no mundo para entrarem na cadeia alimentar.”

Uma opção crescente O projeto do Bloco de Esquerda é semelhante ao do PAN. Os deputados bloquistas argumentam que “a dieta vegetariana é uma opção crescente” em Portugal e “as cantinas públicas devem dar resposta a esta diversidade e incluir também a opção vegetariana nos seus menus”.

OBE lembra que a Assembleia da República aprovou já um conjunto de medidas para introduzir produção agrícola nas refeições das cantinas públicas e isso demonstra como “as cantinas públicas podem ter um papel positivo na economia e na qualidade e diversidade do serviço que oferecem”.

Petição com 12 500 assinaturas A Associação Vegetariana Portuguesa entregou na Assembleia da República uma petição com quase 12 500 assinaturas a apelar para que “sejam tomadas medidas legislativas que obriguem à inclusão de opções vegetarianas nas escolas, universidades e hospitais portugueses”. Nuno Alvim, autor da petição, diz ao i que desde que a associação lançou a petição tem recebido um apoio significativo de pessoas que “manifestam essa necessidade, seja ao nível da insuficiência de opções, seja ao nível da falta de qualidade e da falta de conhecimento na forma de preparar opções vegetarianas”. O responsável da Associação Vegetariana Portuguesa diz que essa necessidade se sente principalmente nas universidades e nos hospitais.

O último estudo feito em Portugal sobre a população vegetariana foi feito em 2007 e “aponta para 30 mil pessoas”, diz Nuno Alvim. A sensibilidade da associação é que o número de vegetarianos cresceu, até porque “a oferta do mercado aumentou, sobretudo na última década”.

O parlamento vai debater na quinta-feira os projetos de lei do Bloco de Esquerda e do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) para que as cantinas públicas incluam a opção vegetariana nos seus menus. O objetivo é que tenham acesso a refeições vegetarianas nas escolas e universidades, hospitais, prisões, câmaras municipais, lares e outros serviços da administração pública.

O debate foi agendado pelo PAN. O deputado André Silva, autor do projeto de lei, argumenta que “a oportunidade para a inclusão de uma alternativa vegetariana em todas as cantinas públicas tem várias motivações, não só uma função pedagógica, fazendo com que mais pessoas tenham contacto com este tipo de dieta e quais as suas vantagens, motivos ambientais, motivos de saúde, mas também para impedir a discriminação das pessoas que já seguem esta dieta mas que dificilmente conseguem fazer uma refeição fora das suas casas”.

O deputado do PAN defende que “esta questão torna-se especialmente relevante quando se trata de crianças e jovens, os quais são também cada vez mais a seguir este tipo de alimentação e sentem-se muitas vezes discriminados nas escolas, pelos colegas, professores, auxiliares, por comerem comida diferente, necessariamente trazida de casa. Com a introdução desta opção nas escolas, essa discriminação deixa de existir e as restantes pessoas passam a encarar este tipo de alimentação com normalidade”.

Para além das razões ambientais e relacionadas com a saúde, o PAN defende ainda que existe também quem opte por este padrão alimentar por razões éticas. “Quem reconhece direitos aos animais e os respeita não se conforma com o facto de, diariamente, biliões de animais serem abatidos no mundo para entrarem na cadeia alimentar.”

Uma opção crescente O projeto do Bloco de Esquerda é semelhante ao do PAN. Os deputados bloquistas argumentam que “a dieta vegetariana é uma opção crescente” em Portugal e “as cantinas públicas devem dar resposta a esta diversidade e incluir também a opção vegetariana nos seus menus”.

OBE lembra que a Assembleia da República aprovou já um conjunto de medidas para introduzir produção agrícola nas refeições das cantinas públicas e isso demonstra como “as cantinas públicas podem ter um papel positivo na economia e na qualidade e diversidade do serviço que oferecem”.

Petição com 12 500 assinaturas A Associação Vegetariana Portuguesa entregou na Assembleia da República uma petição com quase 12 500 assinaturas a apelar para que “sejam tomadas medidas legislativas que obriguem à inclusão de opções vegetarianas nas escolas, universidades e hospitais portugueses”. Nuno Alvim, autor da petição, diz ao i que desde que a associação lançou a petição tem recebido um apoio significativo de pessoas que “manifestam essa necessidade, seja ao nível da insuficiência de opções, seja ao nível da falta de qualidade e da falta de conhecimento na forma de preparar opções vegetarianas”. O responsável da Associação Vegetariana Portuguesa diz que essa necessidade se sente principalmente nas universidades e nos hospitais.

O último estudo feito em Portugal sobre a população vegetariana foi feito em 2007 e “aponta para 30 mil pessoas”, diz Nuno Alvim. A sensibilidade da associação é que o número de vegetarianos cresceu, até porque “a oferta do mercado aumentou, sobretudo na última década”.

marcar artigo