O FUTURO DE PORTUGAL SEGUNDO O PCP

06-06-2019
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A jovem e simpática deputada do PC Dr.ª Rita Rato publicou hoje no jornal de Coimbra "As Beiras" a sua habitual crónica, que termina assim: "O PCP tem uma profunda confiança na força dos trabalhadores, da juventude e de todo o povo português para, mais uma vez, como em outros momentos essenciais da história de Portugal, tomar o futuro nas suas mãos."

Muito bem. Mas como quer o PCP que o povo português tome o futuro nas suas mãos? Fazendo uma espécie de Revolução de Outubro? Parece-me muito pouco provável!!

Em democracia, teria que ser por via eleitoral. Mas como, se o PCP, que se julga dono da esquerda por direito divino, não consegue mais do que os seus cativos 10 ou 12% dos votos? Mesmo uma aliança do PC com o BE - que hoje, pela voz da não menos jovem e simpática deputada Catarina Martins, em entrevista ao "Expresso", se declarou disposto a formar governo com o PC - não teria mais de 16 ou 17%!

É que "os trabalhadores, a juventude e o povo português" preferem votar no PS! Mas o PC toma o PS como seu inimigo principal, consumindo a maior parte das suas energias a diabolizá-lo, o que torna impensável uma coligação entre os dois. Assim sendo, se o PS não tiver maioria absoluta "os trabalhadores, a juventude e o povo português" terão de continuar a "gramar" a aliança PPD/CDS.

No fundo, parece que é isso mesmo que o PC prefere!


A jovem e simpática deputada do PC Dr.ª Rita Rato publicou hoje no jornal de Coimbra "As Beiras" a sua habitual crónica, que termina assim: "O PCP tem uma profunda confiança na força dos trabalhadores, da juventude e de todo o povo português para, mais uma vez, como em outros momentos essenciais da história de Portugal, tomar o futuro nas suas mãos."

Muito bem. Mas como quer o PCP que o povo português tome o futuro nas suas mãos? Fazendo uma espécie de Revolução de Outubro? Parece-me muito pouco provável!!

Em democracia, teria que ser por via eleitoral. Mas como, se o PCP, que se julga dono da esquerda por direito divino, não consegue mais do que os seus cativos 10 ou 12% dos votos? Mesmo uma aliança do PC com o BE - que hoje, pela voz da não menos jovem e simpática deputada Catarina Martins, em entrevista ao "Expresso", se declarou disposto a formar governo com o PC - não teria mais de 16 ou 17%!

É que "os trabalhadores, a juventude e o povo português" preferem votar no PS! Mas o PC toma o PS como seu inimigo principal, consumindo a maior parte das suas energias a diabolizá-lo, o que torna impensável uma coligação entre os dois. Assim sendo, se o PS não tiver maioria absoluta "os trabalhadores, a juventude e o povo português" terão de continuar a "gramar" a aliança PPD/CDS.

No fundo, parece que é isso mesmo que o PC prefere!

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